Cinquenta tons de Desavença.

Capítulo 7

Por que estou nesse quarto branco? E onde está Christian?

Levanto-me e vou ate o banheiro, maior que meu quarto de dormir. Para que necessita tanto espaço um homem sozinho?

Olho-me no enorme espelho. Sinto-me diferente. Sinto que estou um pouco dolorida. Ele foi tão carinho e intenso ao mesmo tempo.

Só não consigo entender o que estou fazendo aqui sozinha, sinto um aperto no peito. Será que para ele eu fui apenas uma noite. A atração por ele é tão forte, que nem pensei direito. Acabei de entregar a minha virgindade a um homem que nem me ama, e me deixou acordar sozinha em um quarto estranho.

Tomo um banho rápido, pego duas toalhas. Com uma envolvo o cabelo, e com a outra me seco. Coloco um robe de seda, saio para o quarto á procura do meu vestido, mas não acho. Entro em um close que está repleto de roupas femininas, me pergunto de quem será essas roupas. Decido ir encontra ló de robe.

Respiro fundo quando o vejo, Christian está sentado na cozinha lendo um jornal. Sento na frente dele, nem parece aquele homem que me levou café na cama ontem de noite.

Christian eleva os olhos para mim. Vejo que ele estar surpreso por eu estar de robe.

– Anastácia, no quarto que você dormiu tem um close cheio de roupas.

– Eu não vou usar aquelas roupas, por que não são minhas. – digo  completamente irritada, quem ele pensa que é.

Ele me olha, mas não diz nada.

Em silencio, tomo um pouco de suco de laranja, mas não sinto fome. Esse homem frio que está em minha frente não é o mesmo de ontem.

– Anastácia, eu não sou um homem de flores e corações. Não me interessam as historias de amor. Meus gostos são muitos peculiares.

Como ele pode dizer isso, depois de tudo o que nós fizemos.

– E ontem á noite Christian, não significou nada para você?

– Eu gostei, foi o meu primeiro sexo baunilha.

Sexo baunilha?

Ele passa a mão pelo cabelo.

– Tenho que lhe mostrar uma coisa Anastácia, mas só depois que você comer algo.

– Não tenho fome. – disse secamente.

Eu quero saber qual é o problema com ele, o quanto antes.

– Talvez esse seja o nosso ultimo momento juntos. – Ele diz. Meu coração se aperta.

– Por que diz isso?

– Quando você souber, certamente não voltara a me ver.

Deve ser um segredo grave, para eu não querer voltar a ter nada com ele.

– Venha – ele diz frustrado.

Caminhamos ate a sala de estar, sento-me. E ele desaparece por um momento e depois volta com alguns papeis nas mãos.

– Isto e um acordo de confidencialidade – encolheu os ombros, e me entregou.

– O que implica este acordo?

– Implica que não pode contar nada do que aconteça entre nós. Nada a ninguém.

Não é como eu quisesse sair por ai dizendo que troquei um irmão pelo outro. O que ele quer me mostrar deve ser muito ruim, e agora tenho muita curiosidade de saber do que se trata.

– De acordo, assinarei.

Estendeu-me uma caneta.

– Nem sequer vai ler?