Capítulo 50

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Quando Elena se aproxima de nós, murmuro.

– Elena querida. – Digo fingida.

– Anastácia você me saiu melhor que a encomenda, não dava nada nessa sua cara sem sal, e agora vai casar com Christian. Diz e vejo que Christian fica com raiva.

– Elena isso não é da sua maldita conta. – Diz irado.

– Christian você não vai casar com ela... – Vejo que Elena está prestes a perder o controle. Antes que Christian diga alguma coisa interveio.

– Elena, você não quer fazer um show na frente de todos, né? Principalmente na frente de Grace. – Digo e ela parece cair na real.

Vejo que Grace tá vindo à nossa direção, e antes que ela se aproxime pego Elena pelo braço e a levo até a sala de jantar.

Jogo-a com brutalidade na poltrona, ela cai sentada. Surgiu uma força em mim que nem imaginava que eu tinha.

— Não teria pensado em você como uma adversária à altura, Anastácia. Mas você me surpreende a cada instante. – Diz se levantando.

— Eu simplesmente não pensei em você — minto, friamente.

— Que diabo você pensa que está fazendo, concordando em se casar com Christian? Se você acha por um minuto que é capaz de fazê-lo feliz, está muito enganada.

— O que eu concordei em fazer com Christian não é da sua conta. — Sorrio com uma doçura sarcástica. Ela me ignora.

— Ele tem necessidades, necessidades que você não pode nem começar a satisfazer — ela gaba-se.

— O que você sabe das necessidades dele? — rosno. Meu sentido de indignação explode violento, queimando dentro de mim à medida que uma onda de adrenalina me atravessa o corpo. Como essa vagabunda de merda ousa passar sermão em mim? — Você não passa de uma doente que abusa de crianças, e, se dependesse de mim, eu jogava você no sétimo círculo do inferno e ia embora sorrindo.

— Você está cometendo um grande erro aqui, mocinha. — Ela balança o indicador longo e magro para mim, a unha muito bem-feita. — Como você se atreve a julgar o nosso estilo de vida? Você não sabe de nada, você não tem ideia de onde está se metendo. E se você acha que ele vai ser feliz com uma garotinha tímida e oportunista, que só pensa em dinheiro, feito você... Já chega!

Desfiro uma bofetada na cara dela que a deixa em choque.

— Não ouse me dizer onde estou me metendo! — grito para ela. — Quando você vai aprender? Não é da sua conta!

Ela me encara embasbacada, o horror estampado no olhar.

Ela está prestes a descontar, mas eu sou mais agiu. Seguro sua mão e dou outra tapa no outro lado da sua face. Christian aparece na porta e fica lívido com a cena que vê. Elena com as marcas dos meus dedos no rosto e eu começo a tremer de raiva.

Ele se aproxima e para entre nós duas.

— Que merda que você está fazendo, Elena? — diz.

Sua voz é glacial e repleta de ameaça.

Ela pisca para ele.

— Ela não é a pessoa certa para você, Christian — sussurra.

— O quê? — grita ele, assustando a nós duas. Não posso ver seu rosto, mas todo o seu corpo está tenso, e ele irradia animosidade. — E quem é você para saber o que é certo para mim?

— Você tem necessidades, Christian — diz ela, a voz mais suave.

— Já falei: isso não é da sua conta, porra! — ruge ele.

Cinquenta tons de Desavença.Onde histórias criam vida. Descubra agora