capítulo 14

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Christian tenta passar pela porta, mas eu não permito. Não quero que ele se aproxime de Eliot com essa raiva que estou vendo nos olhos dele, não quero nem imaginar o que poderia acontecer.

– Deixe-me passar, ou... - Ele passa a mão pelo cabelo visivelmente furioso.

– O que você vai fazer Christian – Digo dando ênfase no Christian.

– Se eu te pegar agora, você não vai andar por uma semana. – Diz-me fuzilando com os olhos.

– Vem comigo – Digo passando por ele, fecho a porta do quarto de Eliot. Abro a porta do meu quarto, fico esperando por ele, mas ele não se move.

– Christian – Chamo. Ele se vira, e me olha e parece que está em uma confusão interna consigo mesmo.

Afasto-me da porta, para que ele possa passar. Ele entrar e fecha a porta a porta, e encosta a cabeça na mesma.

Ele respira fundo várias vezes, como se estivesse se controlando, vira-se para mim, e pergunta.

– Você transou com o meu irmão? – Ele rosna.

Por mais que as circunstâncias possam mostrar que algo aconteceu na noite passada, dói-me saber que ele pense tão pouco de mim.

– Não Christian, eu não transei com Eliot, por que o que ele queria era fazer amor comigo – Digo dando ênfase no Amor. É hoje que você vai fica com o rabo vermelho, diz meu subconsciente.

Christian pega-me pelos meus braços, aperta-os e me joga contra a parede. Ele olha nos meus olhos e por um momento eu penso ter visto dor nos seus olhos.

– Você sabe o que eu vi fazer aqui – ele rosna. Eu nego com a cabeça. Ao mesmo tempo em que sua atitude me irrita, me excita. Depravada, Diz meu subconsciente.

– Eu vim expor todos os meus sentimentos, que estão-me sufocando. Não sei como agir com você, você deixa-me louco, nunca sei qual será o seu próximo passo. Eu não quero te dividir, quero dizer a Eliot tudo o que aconteceu entre nós, quero que ele saiba que você é minha. Você é minha Anastácia. – Ele rosna.

Estou perplexa com suas palavras, ele tem "sentimentos". Ele pode ter sentimentos por qualquer um, diz meu subconsciente, mas eu o ignoro. Ele quer falar com o irmão dele, não sei se estou preparada para esse momento, e também do que adianta falarmos com ele se nós dois não temos nada, além de uma relação de DOM e SUB.

– Quando chegamos em Seattle conversamos com ele, aqui não Christian. Não quero atrapalhar o trabalho dele, ele está em um projeto que é muito importante para ele. Eu vou para búzios hoje e quando eu chegar no sábado, conversamos. Ele me olha... Olha... E não diz nada.

– Christian você está machucando meus braços, olho para suas mãos.

– Você... Transou com Eliot, essa é a última vez que lhe pergunto. – Ele grunhiu.

Uma lagrima involuntária cai do meu olho.

– Não Christian. – Digo num sussurro. Sinto suas mãos afrouxarem um pouco.

– Por que você está vestida assim? Ele me olha dos pés a cabeça. Vejo como a fome crescer nos seus olhos. Suspiro, cansada com essa briga.

– Depois que eu o rejeitei, ele sumiu. Eu estava dormindo aqui no meu quarto e quando apareceu era de madrugada e estava completamente bêbado. Eu o ajudei e acabei dormindo no seu quarto. – Digo cansada.

Vejo alívio nos seus olhos.

– Ele abraça-me. Depois de uns segundos afasta-se de repente, passa as mãos pelo cabelo como se estivesse se recordando de algo ruim.

Cinquenta tons de Desavença.Onde histórias criam vida. Descubra agora