Capítulo 12

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Quando estou mais calma, afasto-me dos braços de Eliot que me olha preocupado. Nesse momento estou morrendo de vergonha, pois ele é a ultima pessoa em quem eu devia procurar consolo. Que feio, se consolando nos braços do irmão. Diz meu subconsciente, que resolveu-me atormentar.

– Ana tem que me dizer o que está acontecendo com você, se me deixar no escuro não vou poder te ajudar.

– É melhor você não saber de nada, acredite em mim.

– È melhor para quem, Ana?

Fico calada, não posso-lhe dizer nada. Não hoje.

– No momento eu não posso falar, sinto muito. Digo entristecida.

– Tudo bem. Diz e me abraça.

– Você tem certeza que quer ir viajar comigo?

–Por que não quer que eu vá com você? – E se ele tiver conhecido alguém por lá. Eu nem tinha pensado nessa possibilidade.

– Claro que eu quero, mas quero que você Anastácia tenha certeza do que está fazendo. – Ele diz.

– Nunca quis tanto ir para longe. Digo com toda a sinceridade.

Ele sorri.

– Qual é a cidade que você está trabalhando no seu projeto?

Não quero ser encontrada por Christian, preciso de tempo, para poder pensar e respirar sem vê ló.

– Cidade maravilhosa. – Responde sorrindo.

– Que maravilha... Sou louca para conhecer o Rio De janeiro. – Digo.

E ainda vou poder encontrar com Kate e Ethan em búzios.

– Você vai adorar, vou fazer com que se esqueça de tudo que te faz mal.

Espero que você esteja certo. Penso.

Eliot foi embora e disse que vai passar aqui amanhã de manhã para me buscar. Vou me arrastando para o quarto, entro no banheiro retirando toda minha roupa e entrando debaixo do chuveiro. Deixo a água quente lavar todo o meu corpo, e retirar todo o cansaço, desanimo, tristeza e raiva, levando tudo para o ralo.

Depois de minutos no banho, sai quando meus dedos começaram a enrugar. Coloco minha camisola, pego meu MacBook e sento-me na cama. Abro meus emails e mando um para Kate, e um para Mia.

"Mia, amanha não vou poder sair com você, por que vou viajar amanhã cedo, fique tranquila, pois vou com Eliot, mas não estamos juntos. Vou fica com uma amiga, beijos e até o fim de semana."

Ela vai fica louca por saber dessa viaje assim de repente, vai querer me matar. Não mais que Christian, diz meu subconsciente. Dou risada com o pensamento.

"Kate advinha quem vai chegar amanhã na cidade maravilhosa, Euzinha. Se prepare para dias de alegria e curtição. Beijos da linda e maravilhosa e nada modesta, Ana."

Guardo meu Macbook e deito-me na cama, e com o pensamento na minha viajem adormeço.

Acordei sobressaltada, com o sonho erótico que acabei de ter, sonhei que estava no quarto vermelho com Christian. Eu estava totalmente amarrada enquanto ele me fazia ter orgasmos múltiplos com a língua e boca. Minha deusa interior está se abanando com seu leque. Nem adianta ela se abanar, nem sei se voltarei a entrar naquele quarto algum dia.

Calor...

Levanto-me e vou toma um banho gelado, para esfriar o corpo. Nem um banho gelado conseguiu apagar totalmente o meu fogo pelo Christian. Depois que aquele deus grego lhe tocou nunca mais se esquecera do toque dele. Diz meu subconsciente que realmente está impossível.

Minha mala já está pronta. Visto-me com uma calça jeans azul, blusa, jaqueta e botas pretas. Deixo meu cabelo solto, caindo em cascatas nas minhas costas.

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Meu estômago está reclamando de fome, também não é para menos, ontem não comi praticamente nada. Antes de descer resolve manda um email para Christian.

"Eu não sei muita coisa do seu passado, por que você não me permite, não sei qual é motivo que não gosta de se tocado, ou como tem essas cicatrizes, queria saber mais sobre sua vida e lhe conhecer melhor, por mais que diga que é um fodido eu não acredito, sei que você é melhor que tudo isso Christian, melhor que seu passado fodido e sei que você pode fazer bem mais que o BDSM." Mais Christian Grey não pode se abrir com uma SUBMISSA, realmente é só isso que eu sou para você?

Respiro fundo e clico em enviar. Espero que eu tenha tomado a decisão certa de viajar com Eliot. Nem pense em voltar atrás Steele.

Pego minhas malas e vou para a sala de estar, deixo minha mala na mesma e vou para a cozinha. Faço um sanduíche e bebo uma xícara de chá. Quando estou na sala colocando um livro na minha bolsa, escuto a campanha tocar.

Abro e encontro Eliot na porta, perfeitamente arrumado.

– Bom dia, Ana. Está linda como sempre. – Ele diz.

– Obrigada, e você galante como sempre. – Digo e dou uma piscada para ele.

– Está preparada? Ele pergunta sorrindo.

– Para o que der e vier – Digo sorrindo.

Quando estava saindo, sinto meu celular vibrar. Quando vejo o número meu sorriso some, fico pálida na mesma hora. Eliot percebendo meu desconforto, pega o celular e atende.

– Alô

Agora fudeu...

Cinquenta tons de Desavença.Onde histórias criam vida. Descubra agora