Capítulo 24.

3.8K 168 7
                                    

Kate

Depois de passar uma longa temporada em búzios, mudei totalmente de ares, estou em Aspen. Cheguei na casa de férias dos meus pais domingo, com Ethan no meu encalco. Meus pais, Jorge e Evelin Kavannagh eram só alegria por está com seus filhos. Tivemos um jantar maravilhoso em família.

– E aninha, já encontrou seu amor? Minha mãe perguntou. Minha mãe diz que Ana é muito romântica e vai ser difícil encontrar um homem assim hoje em dia. Se ela soubesse...

– Ana está muito bem, e já encontrou. – Murmurei e minha mãe sorriu. Continuamos conversando por boa parte da noite...

No dia seguinte, fui esquiar com meus pais e Ethan. Dês de pequenina meus pais sempre me levava para esquiar e hoje em dia é uma das paixões que tenho. Quando estava indo para um restaurante, encontrei-me com uma colega da faculdade. O nome dela é Livie. Conversamos por um tempo e ela me convidou para ir ao bar hoje à noite. Topei na hora. Nós marcamos de nos encontrar na frente do bar às oito horas. Ethan chegou e tentou paquerá-la, mas ela não lhe deu chance.

– À noite você não me escapa. – Murmurou enquanto Livie se afastava. Notei que ela estava sorrindo. Provavelmente cairá no papo furado de Ethan. Quando estava indo até o restaurante meu Blackberry tocou, vi que era Anastácia e a fiz esperar um pouco.

– Atende – Ethan murmurou ao meu lado.

– Vou fazê-la esperar um pouco. – Disse e sorrir. Ethan balançou a cabeça e entrou resmungando no restaurante.

– Que demora de atender, Kavannagh.- Murmuro assim que ela atende.

– Depois de todas as minhas ligações, se sinta honrada por eu atender – Digo magoada, mas minha magoa não demora muito tempo. Começamos a conversar e eu lhe contei que chegaria a Seattle no sábado, Ana ficou em êxtase com a notícia. Notei que ela estava tão feliz com o Adão/Christian, que nem falou nada sobre Eliot e eu também nem perguntei, mas imagino que esteja arrasado. Se um homem me tratasse, ao menos metade da forma como Eliot tratava Anastácia eu lhe seguraria e não soltava jamais. Mas como minha mãe diz, é raro encontrar um homem que demonstre verdadeiramente seus sentimentos e se encontrar agarre-o. Sorriu e ignoro meus pensamentos.

Depois do almoço, fui caminhar por Aspen e comprar algumas coisinhas com minha mãe. Durante nossas compras conseguir ser mais consumista que ela. Minha mãe já era senhora, mas tinha uma disposição incrível. Eu ficava admirada com a energia dela. Como meu pai diz, essa mulher tem muita energia. E sinto orgulho de ter puxado isso dela, não consigo fica parada e quieta. Nessas horas lembro-me de Ana, ela disse que ficava cansada só de olhar eu ir para academia.

– Vocês demoraram. – Meu pai diz quando entramos em casa.

Ele se levanta e beija a minha mãe. Vou para o quarto sorrindo ao ver o amor dos dois. Quando chego ao mesmo começo a me arrumar, coloco as minhas roupas que acabei de comprar.

Quando chego à sala de estar, encontro Ethan completamente arrumado.

– Não me lembro de Livie ter-te convidado. – Digo ao passar por ele.

– Eu não preciso de convite – Murmura convencido e assim seguimos para o bar.

Chegamos em frente ao bar exatamente no horário combinado, e no mesmo encontro Livie e mais duas amigas dela. Nanda e Sofia. Quando Ethan tenta pegar na mão de Livie, ela murmura.

– Você não desiste mesmo, né. – Diz e sorrimos. Passamos pelo segurança e sentamos numa mesa próxima ao bar. A pista de dança ficava em baixo de onde estávamos podíamos ver tudo.

Começamos a beber e conversar sobre vários assuntos, e quando estava no quinto copo sentir o efeito do álcool. Levantei-me rebolando e fui para a pista de dança. Joguei minhas mãos para o auto e comecei a balançar os quadris ao ritmo da música. A pista de dança estava escura e com as luzes piscando sobre o meu rosto. Na terceira música meu corpo já começava a suar, continuei dançando e de repente sentir alguém se aproxima por trás. Virei-me e encontrei novamente aqueles olhos verdes e eles tiveram o mesmo efeito que teve na primeira vez...

Eliot estava bem atrás de mim, mas não sei se ele me reconheceu, pois não estava na sua melhor condição. Sair do meu estado de torpor e comecei a dançar, ele me fitava com aqueles olhos verdes profundos e começou a dançar comigo. Nossos corpos se movia no mesmo ritmo e às vezes nos esfregávamos um no outro. A química, o desejo, a vontade de se entregar veio como uma avalanche e antes que eu pudesse evitar nos beijamos. Suas mãos começaram a passar pelo meu corpo com uma urgência profunda, em cada toque parecia que ele queria ser amado ou talvez fosse idiotice minha, pois ele estava bêbado. Deixei rolar, quero ver quando ele vai perceber quem eu sou. Quando paramos de nos beijar, ele pegou minha mão e seguimos para cima. Quando chegamos ao bar, ele viu meu rosto.

– Kate? Murmura confuso. Sentir como se ele estivesse decepcionado que fosse eu ali na frente dele.

Fiquei sem graça e ruborizei. Imagine isso, Kate ruborizando. Inacreditável.

– Olá, Eliot – Murmuro. Ele começa a rir e em seguida estou rindo junto com ele. Depois de um tempo ele para de rir e me olha pensativo.

– Vem comigo? Pergunta e nesse momento vejo que ele não se importa se sou amiga de Ana ou não. Pego sua mão e saímos juntos de bar. Cambaleamos e andamos por vários quarteirões. A gente não parava de sorrir, parecendo dois adolescentes que tinham acabado de transar, mas só estávamos bêbados. Eliot parou em frente um hotel, ele me beijou no meio da recepção. Quando dei por mim, já estávamos entrando no quarto. Nesse momento eu já tinha alguma lucidez, porque de alguma forma eu sabia o que estava fazendo e o pior de tudo era que eu não queria volta atrás, porque eu podia sair do quarto agora, mas eu queria ser amada. Minha mente grita desesperadamente para que eu me afaste, mas meu corpo gritava por seu toque. E advinha qual dos dois eu dei prioridade? Ao meu corpo.

Entreguei-me a Eliot e sentir um trasbordo de emoções que não conseguir identificar. Essa foi a noite mais prazerosa da minha vida. Pela manhã sai do quarto enquanto ele ainda dormia. Arrastei-me com a minha culpa e dor de cabeça até em casa. Eu sei que Ana não está mais com ele, mas não conseguir evitar esse sentimento. Se me perguntarem se eu me arrependo, eu diria prontamente, que não. Chego em casa e entro na ponta dos pés, jogo-me na cama e desmaio na mesma...

Sete horas da noite daquele mesmo dia, fui convidada a ir jantar com Ethan e meus pais. Que queria fica em casa, mas minha mãe disse que queria aproveitar tudo que pudesse antes que Ethan e eu fossemos para Seattle.

Quando estávamos na porta do restaurante, não acreditei no que meus olhos viram. Eliot estava chegando com uma morena siliconada.

Viu-me com Ethan e se aproximou. Meu coração parecia que ia saltar do peito. Ethan já sabia o que tinha acontecido entre ele e Ana, e achava que Eliot devia seguir a vida dele e eu achava o mesmo, mas depois de ontem a noite, eu não esperava vê-lo com outra.

– Eliot... – Ethan saudou-o. Eu fiquei muda, apenas observando o cumprimento dos dois. Eliot me olhou de maneira estranha e me cumprimentou.

– Olá, Eliot – Murmurei exatamente as mesmas palavras de ontem a noite. A siliconada me olhou de cima a baixo. Eu ergui meu queixo e a olhei desafiadoramente.

– Há quanto tempo estão aqui? Eliot perguntou. WHAT? Nesse exato momento percebi que ele não se lembrar de nada que aconteceu na noite passada. Minha vontade é de voltar no tempo e apaga tudo que aconteceu na noite passada. Ethan lhe responde, mas eu não ouço nada. Não tinha me arrependido até aquele momento.

– Você está bem? Eliot perguntou-me. Eu tenho vontade de gritar e esbofeteá-lo. Da uma tapa no cérebro dele e fazer com que ele se lembre. Fecho os olhos e respiro fundo.

– Não estou-me sentido bem, vou para casa. – Murmuro para Ethan que me olha confuso. Antes que ele diga algo, faço meu caminho para fora do restaurante.

– Kate... – Ouço a voz de Eliot chamando-me.

– O que? Pergunto rispidamente. Ele me olha confuso e murmura um, "Deixa quieto" e se vai. Caminho até em casa com as lágrimas rolando pelo meu rosto. Eu nem me importo com os olhares das pessoas.

Chego em casa e jogo-me na cama e penso que talvez seja melhor que ele tenha esquecido. Mas no fundo o que eu queria era que ele se lembrasse, e tivesse sentido o mesmo que eu sentir na noite passada.

Cinquenta tons de Desavença.Onde histórias criam vida. Descubra agora