Christian destranca a porta do quarto vermelho, tão lentamente quanto pode. Suas mãos trabalham com habilidade na fechadura, enquanto ele me fita. Seu olhar é escuro, a personificação do demônio sexual que ele é quando está dentro deste quarto.
-"aqui dentro está o que eu quero que você vista" comunica. Eu aceno com a cabeça, e recebo um olhar repressivo.
-"sim, senhor" confirmo. Me trazer aqui estava em seus planos, pois eu usarei um uniforme para a ocasião. Ele empurra a porta, e estende a mão direita para que eu entre primeiro. Assim que eu entro, sinto o cheiro cítrico de madeira polida. É agradável e reconfortante.
Deixo a toalha cair, enquanto Christian ainda está na porta. O tecido alcança o chão, e estou completamente nua aos seus olhos. Não vejo, apenas sinto seu olhar considerar meu corpo pelo caminho até a cama, acompanhando cada passo, e inflamando a cada segundo. Vamos brincar em igualdade de sedução.
-"você está no topo do fundo" Christian murmura, e então abandona o quarto. Ele também tem sua roupa apropriada. Estar no topo do fundo é algo como ter o poder de decisão, mesmo sendo a submissa. Bem, eu aceito isto.
-"sim, senhor" murmuro, consciente de que ele não está comigo. Pego a roupa sobre a cama, e me surpreendo em vários níveis.
Puta merda!
É um conjunto preto de calcinha e sutiã. A peça espelha ao cisne negro, com toda imponência, porém, muito, eu digo, muito sexy. Há uma espécie de faixa, que contorna o abdômen, e é ligada a calcinha. Nada como veludo ou seda, é bem próximo de plumas negras.
Visto o sutiã primero, de alças finas e detalhes interessantes. Coloco a calcinha, e ajusto a alça que liga a faixa à calcinha, para parecer exatamente perfeita.
Aos pés da cama, está um par de Louboutins pretos, com o salto vermelho. Calço o sapato escolhido, me sentindo uma deusa em figura sexualizada. O que posso dizer? Minha deusa interior está jogando dólares para o céu, como uma vadia cara.
Eu liberto o cabelo do rabo de cavalo, e o agito com a mão, para dar volume.
Christian retorna, agora vestido em seu jeans rasgado. Ele tranca a porta atrás de si, e me observa, não perdendo nenhum detalhe de mim. Seus olhos me bebem com luxúria, e nenhuma outra emoção seria mais apropriada.
-"me diga que o paraíso é melhor do que esta visão, e eu irei discordar profundamente" Christian soa baixo ao pronunciar. Ele caminha para o armário, e escolhe um par de algemas de couro vermelho, como o salto do Louboutin, uma palmatória, e grampos de mamilo. A circunferência da algema parece grande, um pouco desapropriada para meus pulsos, isto me intriga.
Christian joga as algemas sobre a cama, a palmatória, também, e os grampos, como se estivesse descartando, ou guardando para depois. Ele me alcança, e sua proximidade é como atear fogo em explosivos, causando queimação nos extremos do meu corpo.
Sem tocar...
-"eu quero ler você. Quero saber o que seu corpo me diz, não seus lábios" Christian desliza o dedo indicador pela extensão do meu lábio inferior, e eu aproveito o momento para tocar seu dedo com a ponta da língua. Seus olhos imediatamente me fuzilam com uma repreensão repleta de desejo e impaciência.
-"ajoelha" ordena, e eu imediatamente o faço, é como se meu corpo obedecesse à sua voz. O botão está aberto, então Christian apenas desce o zíper da calça. Permaneço estática, esperando seu comando, por mais que eu tenha sugestões. Sua ereção salta para fora, me saudando com excitação. Christian segura meu queixo entre os dedos indicador e polegar, e aproxima meu rosto do seu membro.
-"sem as mãos" ele sugere. É uma proposta tentadora. Rolo todo seu cumprimento para minha boca. Ele fecha os olhos, e trinca os dentes, sua reação me dá prazer em satisfazê-lo! Christian coloca a mão em minha cabeça, afundando os dedos no cabelo, e então força a palma, para aprofundar-se na minha boca.
Volto para trás, o retirando. Cubro seu membro com os lábios, e me empenho em sugar com alguma força. Christian geme, visivelmente afetado. Deslizo quase tudo pela língua, até alcançar a garganta, e retrocedo. Sua mão continua dando impulso, indo e vindo em cada momento.
Fecho os olhos, dando espaço apenas para ações. O único som emitido são os gemidos do meu marido, e o barulho de sucção. Ele flexiona os quadris para alcançar um lugar mais profundo na minha boca. À medida que lhe dou prazer, o calor de seu corpo aumenta, e ele exalava uma fragrância sedutora. Ele me responde com vibrações novas em cada polegada, e em cada uma encontro um calor diferente, um sabor próprio, um gemido novo.
-"basta..." Christian sussurra, e então se retira por completo dos meus lábios. Estamos ambos prontos e excitados para o próximo passo!
-"levante-se" ordena. Eu me ergo sobre os calcanhares, com cautela pelos quinze centímetros de salto. Ele gira o dedo no ar, indicando que eu devo me virar. Obedeço sua ordem silenciosa, e giro.
-"eu vou amordaçar você. Se estiver incomodada com quaisquer dos atos, dê três tapas na superfície mais próxima" Christian informa. Esta está sendo uma visita inusitada. Sem música, sem trança, sem palavras. Seria um nível elevado? A antecipação faz meu libido aumentar.
-"sim, senhor" murmuro.
Ele retira algo do bolso, que eu não posso ver, e estende a mão para que eu veja o lenço vermelho. Mordaça.
-"separe os lábios" Christian se aproxima do meu ouvido para dizer, roçando seu membro na minha bunda. Solto um gemido involuntário. Somente sua voz, em locais específicos do meu corpo, seria o suficiente para me fazer gozar. Ele passa o lenço por entre meus lábios, e amarra atrás da cabeça.
Christian beija meu ombro, aquecendo a pele abaixo de si. Sou como uma flor que se abre sob seu toque. Ele afasta meu cabelo de seu caminho, e beija todo o percurso até a orelha. É como fogo na chuva, impossível de acender, porém, propício a queimar.
-"eu não quero contato visual, nem palavras" ele anuncia. Submissão completa, eu posso fazer isso.
-"sim, senhor" concordo. Christian agarra minha cintura, e me empurra para cima da cama. O colchão afunda quando meu corpo bate contra ele, e o lençol vermelho agita-se. Surpresa, sim, mas, ao menos por um momento, escolho o silêncio, escondo meu acanhamento e permito que minhas palavras disfarçadas aqueçam os lençóis e instiguem minha imaginação, sem qualquer traço de pudor.
Ele pega as algemas, que eu considerei desproporcionais, e se ajoelha aos pés da cama. Christian segura meus tornozelos, e prende ambas as algemas, deixando os Louboutins intocados. Suas mãos traçam uma linha pela minha perna. Eu ressoou por dentro como um arpejo. Seus dedos trilham até chegar ao ápice das minhas pernas, no ponto de concentração do prazer e perdição. Ele pressiona o dedo indicador em meu sexo, fazendo-me contrair e gemer. Quero sentir seu toque, sem brincadeiras ou jogos, apenas sentir que ele está fundo e profundo em mim.
Christian ajoelha-se ao meu lado, em cima da cama. Ele ergue a mão, e desce a taça do meu sutiã para baixo, assim, meus seios florescem. Christian prende um grampo em cada mamilo, que se alonga com a pressão. Não contenho um gemido, não entre quatro paredes, quando podemos nos entregar fodendo ou amando. Sem restrições, vergonha, pudor...apenas amantes aumentando o desejo.
Após prender os grampos, Christian ajusta o sutiã em seu lugar, cobrindo meus seios.
-"isto..." ele segura a palmatória.
-"é sua punição. Não irei conter suas mãos, porém, não quero que me toque. Toda vez que me tocar, será punida" Christian bate com a palmatória em sua própria mão, que estala com a picada. Isso é estar no topo do fundo, estarei livre para conter a mim mesma.
-"certo...senhor" concordo. Eu evito olhar para seu rosto, obedecendo a ordem de submissão. Sem toque.
Ele agarra minhas pernas, unidas pela algema, e as passa por cima do seu ombro. Christian afasta o tecido da calcinha para o lado, e afunda seu membro excitado em mim.
-"ah! Christian" gemo.
Deitada nesta cama, seminua, esqueço todos os problemas do mundo, imortalizo esse minuto e só consigo pensar: Que homem sensacional!
Cravo as unhas no lençol, para não tocar seu corpo, e ele investe com força, entrando com todo seu cumprimento. Eu quero gemer baixinho e, aos poucos, mais alto, mais forte. Sem medo de acordar os funcionários. Quero que ele me foda com vontade, perca o controle e exploda de tesão.
Me perco em cada impulso do seu corpo. Christian está me possuindo em uma posição difícil, onde eu estou privada de o tocar. Fecho os olhos ao sentir que ele alcança o ponto máximo, um lugar doce em meu ventre. Christian introduz tudo de si, até seus testículos encostar na minha entrada, do topo até a base. Ele prende minhas pernas com uma mão, enquanto a outra segura a silhueta, para impulsionar cada investida. Sinto o corpo dele arrepiar, com a tensão sexual e o desejo reprimido se abrindo entre nós. Christian geme alto, assim como eu, perdido em cada penetração. Estou me contorcendo para o tocar, porque quanto mais conectados, melhor. Porém, não devo. É perturbador em média sórdida. Os grampos tornam a satisfação mais brutal. O trilho entre a dor e o prazer.
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50 Tons de Punição
FanfictionUma história não precisa de fatos, precisa de alguém que a conte. Nesta história, Christian e Anastasia Grey vivem suas vidas, enfrentando dificuldades de um casamento e interferências de velhos inimigos. Quem vos conta a história sou eu, com mudanç...