Clichê ou baunilha?

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POV CHRISTIAN 

-"Taylor, peça alguma coisa pronta do Canlis" ordeno assim que Taylor estaciona o SUV na garagem do Escala. 

-"sim, senhor"

Infelizmente, a porra do destino não permitiu que eu pudesse ter um jantar tranquilo e satisfatório. Bem, eu poderia viver sem o tranquilo. 

-"eu sinto muito" Ana murmura assim que percebe que vamos comer em casa, comida de outro restaurante, porque ela simplesmente decidiu que não queria mais permanecer naquele lugar. E, porra, eu estou isento desse sentimento? Nunca fui imaturo e deixei o ciúmes tomar conta de mim? Seria uma hipocrisia do caralho julgar Ana por algo que faço constantemente.

-"Baby..." eu me viro para encarar seu rosto avermelhado pelas lágrimas contidas. Eu odeio todas essas brigas, esse comportamento impulsivo. Mas, acima de tudo, odeio ver minha garota triste.

-"Eu pensei que poderíamos viver constantemente em uma bolha, mas você se recusa a ficar presa na minha torre de marfim" só depois de dizer isso em tom suave vejo um sorriso fraco cruzar seus lábios.

-"E esses encontros podem acontecer ocasionalmente em locais públicos. Isso significa absolutamente nada para mim, porque não sou mais o mesmo homem. Eu odeio quando meu passado colide com meu presente dessa forma" garanto. Por mais que esteja com raiva, e estou, não quero deixar que as sementes da insegurança vinguem em sua cabeça.

-"Eu fiquei com ciúmes porque ela disse que estava com saudades, mas não pareceu que estava apaixonada. Foi só...minha mente esperando o pior" sua voz está baixa, mas sei que ela não irá chorar por esse motivo. Nem tem porquê, já que o primeiro dia da minha vida foi quando eu a vi pela primeira vez.

-"agora eu espero que esteja preparada para o melhor" murmuro. E como minha mulher nunca decepciona, seus olhos logo passam de entristecidos para expectantes. Abro minha porta, já que Taylor está a uma distância respeitosa do carro, aguardando até que a conversa acabe. Ele se prontifica e abre a porta para que Ana saia. Seu andar agora retoma boa parte do que vi mais cedo; uma mulher confiante e maliciosa. Ela não me aguarda, caminha até o elevador com sensualidade descarada. 

Não sei ao certo, mas espero que Taylor esteja mantendo seus olhos longe da bunda de Anastasia. Para o bem de seu emprego. Apresso meus passos para lhe alcançar e chamo o elevador. 

Ana assume uma postura mais confiante. Não resta muito da garota sensível de minutos atrás. Eu a vejo pela minha visão periférica assim como ela me vê, mas eu tenho uma vantagem.

Retiro o controle do bolso discretamente. Aperto o botão inicial para acordar seus sentidos antes de dar continuidade ao meu plano. Acho que podemos esquecer as merdas anteriores. 

-"puta merda!" Ela exclama ao mesmo tempo que as portas se abrem.

-"senhora?" Taylor murmura. Balanço a cabeça para indicar que não temos um problema maior que minha capacidade de resolução, e ele entende. E como entende. 

Entro no elevador juntamente com minha mulher. Ela junta um pouco os joelhos para controlar a intensidade da vibração, mas não creio que isso ajude. 

Quer brincar, Sra. Grey?

Enfio a mão no bolso para alcançar o controle novamente. Nível dois. Digito o código e as portas se fecham.

-"oh, meu Deus!" Ela suspira. Anastasia fecha os olhos com força e se apoia na parede do elevador. Isso me faz lembrar de alguns momentos que já tivemos nesse espaço.

Quando ela abre os olhos, seus lábios se separam também. Isso é como um chamado para meu ataque. Não espero uma segunda vez, apenas teclo o painel e paro o elevador. Seguro Anastasia pela cintura e prendo seu corpo contra a parede do elevador. Ela está trêmula, sinal de que está quase gozando. Seus lábios nos meus são como uma bênção depois de tanto tempo. 

50 Tons de PuniçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora