50 Tons de Punição

Surprise.

Antes que possa pensar mais sobre a questão, Lough abre a porta para que eu saia. Do lado de fora, ajusto meu vestido florido ao corpo. O tecido é leve e curto, revelando boa parte das minhas pernas, contudo o comprimento é compensado pelas mangas longas.

Christian estende a mão e assim caminhamos para dentro da casa. Pensei que estaríamos sozinhos, mas ao abrir as portas principais encontramos uma mulher. Ela é alta e esguia, muito elegante ao caminhar até nós.

Passo o braço esquerdo pela cintura do meu marido territorialmente. A mulher veste um terninho que pende na linha entre sexy e profissional, preto e medianamente decotado. 

-"Sr. Grey, é um prazer conhecê-lo" o que ela diz me agrada, mas logo me repreendo por isso. Não tenho motivos para sentir ciúmes além, é claro, da bela pele bronzeada que ela exibe. 

-"Sra. Grey, ouvi dizer que a casa é um planejamento seu" ela é educada o suficiente para fazer eu me culpar por ter ciúmes. É só o trabalho dela, afinal. 

-"É, sim" concordo.

-"sou Lana Doreen, detalhista da equipe de Elliot Grey" Lana se apresenta formalmente. 

-"e qual é o seu trabalho, Lana?" Pergunto. A curiosidade e o bom senso raramente andam juntos, no meu caso é notável que não.

-"eu cuido dos pontos finais na casa, para que tudo esteja perfeito antes de ser mobiliada" alguns minutos se passam com nossa conversa sobre seu trabalho e o que foi feito na nossa casa. A princípio julgo ser um desperdício de fortuna, mas acabo por me convencer de que ela é uma peça necessária na reforma de uma casa tão grande.

-"eu sou uma preliminar da decoração" ela brinca, por fim. 

Adentramos na sala e Christian conversa com Lana, falam sobre detalhes como material para móveis e modernidade para as cores. Ele é categórico em questões de segurança tecnológica, e cores fechadas. Havíamos falado sobre isso antes e o que pude entender da sua explicação foi que iríamos enjoar de tons pastéis. Opto em alguns detalhes quando sou solicitada, mas a minha atenção real é a lareira. Penso que eu e Christian poderíamos fazer amor aqui, um dia, ou vários dias…

Andamos pelos andares de baixo falando sobre o que deve ou não ser feito em questão de decoração. A sala de estar e jantar tem um esboço perfeito, algo entre o vintage e modernista. 

Ela realmente tem um bom plano para a cozinha, tudo muito moderno e sofisticado, porém não perde a essência da casa, o simples e bonito. 

As áreas ao redor da casa são espaços para serem discutidos outro dia. Segundo Lana, o exterior reflete o interior. 

Há uma sala de cinema na parte de baixo, porém o planejamento é simples. Apenas paredes escuras e o resto será preenchido pela mobília, nada que renda uma discussão. 

Seguimos para a parte de cima. Christian segura minha mão enquanto subimos a escada, com Lana à poucos degraus abaixo. A primeira vista é um espaço de recepção, que pode acomodar uma cristaleira ou aquário. A peça que ocupará esse ambiente irá dizer muito sobre a casa e seus moradores. Logo penso que poderia ter alguns chicotes decorativos na parede. 

Andamos por todos os cômodos; dois quartos, três suítes, sala de jogos e escritório. Infelizmente a sala de jogos será usada para os games e sinuca. Não levamos muito tempo nos quartos, até porque levaria um dia inteiro para explorar todos os detalhes. Existem alguns cômodos, na parte inferior e superior, sem destinação certa. Apenas espaços que podem ser feitos de escritório ou quarto, a depender da necessidade. 

Caminho pelo corredor entre um quarto e outro, vagando pela possibilidade de serem quartos de bebês em algum momento. Talvez Christian considere a hipótese, mesmo que remota. Ele me pega de surpresa ao puxar meu antebraço suavemente, voltando meu corpo para o seu.