Como culpar o vento pela desordem feita, se fui eu quem deixou a janela aberta?
Às três horas da madrugada, no Northwest Hospital & Medical Center, Grace, Carrick, Mia e Ethan esperavam impacientes. Eles estavam em um corredor da ala obstétrica, no terceiro andar. À algumas salas em frente, em uma área onde eles não poderiam entrar, Katherine estava em trabalho de parto. Fazia mais de três horas que a mulher havia entrado na sala, e eles não obtiveram notícia alguma sobre seu estado. Elliot também estava com ela, mas, ele não saíra nem mesmo para beber água.
Foi neste momento que Louis chegou, completamente atordoado e pensando milhões de coisas ruins. Um telefonema havia tirado o homem de órbita, e por mais que não tivesse ligação direta com aquilo, ele se sentiu nervoso ao extremo.
-"meu Deus, que bom que está aqui" Mia exclamou, abrindo os braços para receber o homem em um abraço acolhedor, porém pouco confiante.
-"tem notícias?" Foi a primeira pergunta dele.
-"nada" Ethan respondeu. A respiração pesada de Louis refletiu a ansiedade de todos ali.
Após horas esperando, sem notícias ou indícios sobre Kate, Grace pediu para Mia e Ethan retornarem para casa. Todos estavam cansados, obviamente. Ethan, a princípio, não queria sair e deixar sua irmã, contudo, optou por acompanhar a namorada. Sabiam que Kate seria bem cuidada e que receberiam notícias assim que possível.
Eles pegaram um táxi em frente ao hospital, e voltaram para a mansão Grey. Vovô e vovó Trevelyan estavam lá, assim como todos, ansiosos por informações.
Louis também foi instruído a voltar para seu apartamento, tentar relaxar e esperar por notícias. Mas, como esperado, o homem não quis sair dali. Sua obstinação era para ver Katherine bem, e isso não dependeria de uma chamada.
Minutos depois da saída do casal, Elliot saiu da sala de cirurgia, vulgo a sala em que Katherine estava. Seu semblante remetia derrota e, seu físico, cansaço. Grace levantou-se da cadeira em que estava e correu ao encontro do filho, que retirava a paramentação cirúrgica do corpo, tal como luvas e gorro.
-”Elliot” ela chamou ao alcançá-lo. Grace emoldurou o rosto do filho para o induzir a falar algo. Carrick também o alcançou e, assim como a mãe, ansiava por uma resposta.
Louis permaneceu distante, sabia que não tinha intimidade suficiente para perguntar sobre. Mas ele se manteve atento, nervoso e ansioso.
-”ela nasceu, mamãe” Elliot disse em um suspiro de alívio. Era uma dádiva divina para os avós saberem que sua neta havia nascido, aparentemente bem. O semblante de Elliot era de alguém cansado, mas muito realizado.
-”ela está bem? E como está Kate?” Carrick indagou. Elliot suspirou mais uma vez, e então um sorriso fraco cobriu os seus lábios. Ele olhou para Louis, um pouco enciumado por sua presença, mas decidiu manter o sorriso. Apesar de odiar a forma como Louis parecia estar sempre por perto, como um super-herói, ele sabia que era o melhor que Kate poderia ter.
-”ela está bem… elas estão” murmurou.
-”meu filho” O pai puxou o filho para um abraço apertado. Aquele pequeno gesto significava muitas coisas, como a felicidade da qual partilhavam.
-”parabéns” Carrick sussurrou.
-”obrigado por ficarem” Elliot disse após sair do abraço do pai. Para ele, a presença dos pais, naquele momento, era essencial.
-”estamos aqui para você” Grace afirmou, e ele sabia que sim.
-"Kate ficará feliz quando souber que veio" Elliot disse diretamente para Louis, e era verdade. Louis sorriu em resposta, pois sabia que ver sua quase namorada seria a melhor coisa do seu dia.
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50 Tons de Punição
FanfictionUma história não precisa de fatos, precisa de alguém que a conte. Nesta história, Christian e Anastasia Grey vivem suas vidas, enfrentando dificuldades de um casamento e interferências de velhos inimigos. Quem vos conta a história sou eu, com mudanç...