Amor Virtual - Yoonkook

Capítulo 47

   Jungkook

— Por que tratou ele daquele jeito? - disparo assim que consigo arrancar o celular da mão de Jimin e desligar o aparelho.

— Ele mereceu! - sua voz soa irritada e o mesmo se joga na cama.

— Jimin...

— É sério Jungkook. - me interrompe, apontando o dedo em meu rosto. - Ele sequer está se importando com você nesse último mês. Que belo namorado ele é.

— Yoongi está tentando achar a irmã mais velha, é uma coisa importante para ele e eu o entendo.

— E o dia de hoje não era para ser importante? - pergunta arqueando a sobrancelha e simplesmente viro meu rosto para não lhe encarar. - O namoro de vocês não é importante? Você não é importante na vida dele?

Suas perguntas me pegam de surpresa e simplesmente desabo no sofá e cubro meu rosto com as mãos, me sentindo chateado demais para fazer alguma coisa ou racionar direito.

— Por favor, vamos só… fazer alguma coisa.

— Você comprou o piano para ele? - ri baixinho, mas sei que ele está decepcionado também.

— Sim, você sabe que sim.

— Agora ele já deve ter visto e lembrado. - após ouvir suas palavras algo dentro de mim se remexe, sabendo que o menor vai começar a se culpar.

— Tenho que ir, Yoongi deve estar se sentindo mal e-

— Olhe pra você... - Jimin se põe de pé e abre os braços. - Eu gosto muito do Yoongi, mas porra, Jungkook. Desde quando você começou a namorar com ele você não é mais o mesmo.

— O que está​ tentando dizer? - disparo levantando o rosto.

— Você não sai mais, antes você saia bastante. Não vejo mais aquele brilho de diversão em seu rosto, você só vive para trabalhar e só vive para o Yoongi.

— Ele precisa de mim.

— Você precisa de você. Um tempo pra você.

— Eu o amo, não posso deixar ele passar por tudo isso sozinho.

— Ele por acaso está se importando com você? - Jimin ri e pela primeira vez no dia sinto vontade de chorar.

Ele está? Yoongi se importa comigo? Desde quando comecei a me sentir inseguro em relação ao nosso relacionamento?

— Preciso pensar. - simplesmente respondo e puxo meu celular do bolso para mandar uma mensagem pro menor, pedindo para o mesmo não me esperar acordado esta noite.

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Horas depois...

— Droga... - bato com o pé em alguma coisa dura e praguejo baixinho quando vejo uma caixa de areia, me deixando confuso por ter isso dentro de nossa casa.

Arrasto a caixa para o lado e vou em direção a cozinha, me surpreendendo ao ver a mesa arrumada para um jantar e toalhas de mesa cobrindo os recipientes.

— Mas o que… - minha voz fica presa na garganta quando sinto uma pelagem passar em meus pés e rapidamente olho para baixo, vendo um bichano alaranjado miúdo e fofo se esfregando em minha perna.

— Ei garotão, como entrou aqui? - me abaixo e faço carinho em seus pêlos, rindo baixinho ao ver ele se aninhar em minha mão.

— Fui tentar consertar minha burrada. - uma voz soa bem baixinha, mas não me levanto para lhe olhar e nem lhe encaro. - Encontrei ele no meio do caminho e fiquei com pena, trouxe para casa. Você se importa se eu adotar ele? Você se importa de ter um gato na sua casa? E-