Trinta e Três - Esclarecimento dos Fatos

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Capitulo Trinta e Três — Esclarecimento dos Fatos

Vigésimo quarto andar. Era ali que o elevador tinha parado. Segundo minha mãe o apartamento tinha o número e cinquenta e dois. Caminhei até lá com minha filha nos braços e sua bolsa passando por meu ombro. Parei em frente a uma porta na cor marrom. Tinha um olho mágico, então bati.

Minha mãe havia pedido para não avisarem que eu estava subindo, e logo eu estava dentro do elevador me encaminhando até o meu namorado.

— JÁ VAI! — ouvi uma voz masculina gritar. Parecia estar com a boca cheia, já que a voz veio abafada.

Que sentimento era esse que fazia parecer que existia um criadouro de borboletas dentro de minha barriga? Havia centenas delas! Talvez azuis, rosas, todas coloridas ou aquelas sem cores. Tinha também aquelas que tinham grandes olhos intimidadores em suas asas, me angustiando. Por que eu estava assim? Seria nervosismo por pedi-lo desculpa? Se era ou não, eu não poderia dizer, pois logo depois a porta foi aberta, revelando um Caio todo bagunçado e descalço.

— Amor? — perguntou. Parecia feliz por me ver ali. — Vem, entra, deixa eu te ajudar.

Depois que Sofia estava em seus braços, eu entrei, conhecendo o local onde meu namorado morava. Era aconchegante. Uma pequena sala de estar, uma cozinha americana com poucos móveis, e uma porta à esquerda, ela estava aberta e revelava parte de uma cama de casal, bagunçada.

Só então reparei em Caio. Ele estava usando uma bermuda jeans, estava descalço e sem camisa. Pela primeira vez em anos eu conseguia ver sua barriga. Estava entrando em forma, já era perceptível os gominhos que acentuavam sua barriga. Aquela visão era maravilhosa e eu ficaria ali eternamente o admirando se um garotinho não invadisse a sala de estar correndo para me abraçar.

Lebea! — Marcus estava ali na sala de estar do meu namorado e pulava para que o abraçasse.

— Marcus? — indaguei curiosa.

— Mamãe saiu e me deixou aqui.

— Depois te explico. — Caio me contou ao ver meu olhar curioso. — Vou colocar Sofia no meu quarto, fiquem à vontade.

Caio saiu e Marcus se encaminhou até a cozinha e abriu a geladeira, pegando um iogurte e trazendo até mim.

— Toma, Tita Lebea, mamãe dixe que dadone faz bein.

— Obrigada meu amor — peguei o iogurte e o abracei. — Mas eu acabei de tomar um lá em casa. Pode ficar para você. — menti.

Marcus pegou o iogurte e tomou, indo em direção ao sofá de dois lugares que ficava em frente à tevê de plasma que passava uma comédia. Caio voltou e aproveitou que Marcus estava com toda a sua atenção no filme e me chamou para a cozinha.

— Como você está? — ele perguntou me abraçando. — Sua mãe me expulsou da mansão. Onde você estava?

— Eu estava no sótão. Depois te levo lá. Precisamos conversar. Eu quero pedir desculpa, não precisava ter saído daquela forma, mas eu senti que a internet iria me rejeitar assim como fez com minha mãe, sabe? Eu me senti um nada.

— Claro que não! Eles te amam. E já te disse muitas vezes para não se preocupar tanto com o que os outros te dizem. Você precisa seguir o seu coração. — Caio me puxou para um abraço, acariciando meus cabelos que ainda estavam presos num rabo de cavalo. — Quer comer alguma coisa? Ou quer sair para jantar?

— Vamos pedir uma pizza aqui mesmo, a gente passa a noite vendo filmes com o Marcus. E por que ele tá aqui? — perguntei ainda abraçada ao meu namorado. Era bom estar ali, me sentia protegida e imensamente amada.

Meu Mais Perfeito Erro (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora