Feliz natal ❤
Capitulo Um - A Festa
Tudo começou com a simples frase da minha mãe:
- Filha, vou precisar ficar fora durante uns dias, você ficará bem?
Eu tinha dezesseis anos. Dissera a ela que ficaria muito bem sim e que ela não precisaria se preocupar. Infelizmente eu estava errada. Ela precisaria sim se preocupar comigo e o fato de eu ter mentido para ela, me fizera ficar muito mal. Odeio mentir para a minha mãe, ela é uma ótima pessoa para ser enganada por mim.
Duas noites depois de sua viagem a negócio, eu fiz uma festa em nossa casa; tinha garotos, bebidas, meninas seminuas na piscina... Nunca soube de fato o motivo de ter dado aquela festa, talvez fosse por minha vontade de ser reconhecida na minha escola, ou simplesmente pela vontade de ser tão importante como minha mãe. Eu bebi horrores aquela noite, bebi como se não houvesse o amanhã e isso me gerou muitas consequências, e a pior delas gerou esse livro. No outro dia coloquei todos os empregados para arrumar a casa e continuei vivendo normalmente. Tentei, ao menos.
Eu nunca tive muitos amigos, sempre tive receio de algum deles só querer o status de ser meu amigo, e justamente por isso eu sempre quis ser reconhecida naquela escola como alguém de influência, eu sempre quis ser como minha mãe, ela era alguém de extrema influência no nosso país, isso me atraía, me deixava indecisa sobre a minha existência: eu não sabia fazer nada do que ela fazia, vivia em constante tristeza por tal. Claudia, minha mãe, era apresentadora de tevê já havia dezenove anos, sabia atuar, fazer comerciais de tevê, e eu arriscava dizer que ela também soubesse cantar - hoje sei que realmente isso não acontece, seu dom para música é inexistente. Há exatos cinco anos ela conseguiu seu próprio programa da tarde, um programa nacional que era exibido todas as tardes de domingo, o que muito colaborou para que pudesse ser uma das mulheres mais influentes do Brasil e mais ricas também. Nós sempre moramos em São Paulo, na capital paulista, eu amava essa cidade, e mesmo querendo morar no exterior, nunca tive sequer coragem de fazer um intercâmbio, gostava do Brasil, sempre amei.
Rebeca Volaes Trenton, quem era? Bom, Rebeca Volaes - como era conhecida por todo mundo - para você, sou eu, mas para o Brasil era a filha de Claudia Volaes. Eles não sabiam meu nome, não sabiam que cor de cabelo eu tinha e muito menos que idade eu tinha, eu gostava disso, minha mãe gostava disso, nós achávamos exagero eu ser tão nova e o país já me conhecer, entretanto, na escola eu não queria que fosse assim, a escola era meu espaço longe da minha mãe, meu lugar, meus amigos, todavia, como a maioria dos adolescentes, meu ensino médio não foi tão fácil. A princípio, a escola inteira queria minha amizade quando descobriram de quem eu era filha, e isso me irritou mais do que o esperado, e como ninguém gosta de amigos interesseiros, logo fui afastando um a um, fiquei com fama de irritada, chata, estressada, e aos poucos todos aqueles que se aproximaram, foram distanciando até o momento de não restar nenhum.
Posso dizer que eu gostava de estar sozinha, porém nem sempre era bom fazer os trabalhos gigantescos sozinha, ou quando precisava apresentar os seminários; a pior parte eram as feiras de ciências e as peças de teatro onde a turma inteira se transformava em um só grupo. Eu sempre ficava com a parte de bancar alguma coisa ou de desenhar algo, não tenho como reclamar, sempre amei desenhar e sem me gabar muito, fazia isso com maestria e minhas excelentíssimas notas na matéria de artes na escola me confirmava isso, entretanto, ser a garota que sempre desenha ou que sempre paga tudo não é uma coisa legal. Eu tive o azar de ser a garota mais rica da escola, então tudo o que envolvia dinheiro nos trabalhos em grupo todas as vezes era eu quem pagava, não por que não existia gente ali com um bom dinheiro também, claro que tinha - o Davi por exemplo, filho dos empresários mais ricos do estado, claro que tinha dinheiro, como não se a escola era a mais cara da região? - a questão era me deixar o mais longe possível de todo o processo de construção, quanto mais longe de mim, melhor para eles.
Eu até que gostava disso, sobrava mais tempo para eu poder ir visitar meu amigo Caio, o meu único amigo. Ele me conhecia por dentro e por fora, sabia de tudo o que eu passava e tudo o que eu vivia, nós sempre fomos ótimos amigos, ele era o único que me entendia. Caio não estudava mais, havia concluído o ensino médio três anos antes, ele tinha dezenove anos, amava cantar, tocar violão e cozinhar, e minha maior paixão era desenhar enquanto ele fazia a tão deliciosa torta de maçã que aprendera com a mãe. A torta de maçã dele me trazia momentos bons, me trazia sorrisos e alegrias. Caio era diferente, amoroso, atencioso, simpático e muito sincero. Me ajudava com ótimos conselhos cujo eu seguia todos à risca. Menos o que envolvia a festa. Ele não havia ido, dissera a mim que cuidaria da mãe, que era idosa e precisava de cuidados redobrados. A festa foi dada apenas para passar o tempo, porém, eu só tinha ficado mal e ainda havia ficado de castigo - uma semana sem computador. Bem que o Caio tentou me avisar que essa festa não seria uma boa ideia, mas eu não o ouvi e me arrependi amargamente.
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Relou, relou! Como vai, pipous?
Espero que gostem dessa nova história! Curtam e comentem! É uma história importante pra mim!
Não esqueçam de me seguir para não perder nenhum aviso ou pequenos spoilers da história ;)
Beijo,
Suully♡25/12/2018♡
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Meu Mais Perfeito Erro (concluído)
Romantizm"Cometer erros para mim nunca foi normal, porém, cometi um que acabou com toda a minha vida." Rebeca se vê presa a uma única opção quando, por pura desobediência, engravida em uma festa. Depois de muito pensar, opta por um aborto, porém, sua mãe, as...