Quer jogar mais?

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Marinette estava na cozinha terminando de preparar algo no fogão quando Adrien desceu as escadas. O cheiro estava muito bom e ambos estavam com alguma fome. Quando ficou pronto Marinette serviu o yakisoba em duas cumbucas chinesas e abriu a geladeira.

Marinette: -Prefere vinho branco suave ou tinto seco?

Adrien: -Quais são os vinhos?

Marinette: Huummm branco suave e tinto seco. Rsrsrsrsrs. Sinceramente? Compro qualquer um que pareça bom.

Adrien: -Não sabe nem comprar um vinho?! - Sentou em um dos bancos.

Marinette se apoiou no outro banco e sentou sobre a bancada da cozinha, ficando mais alta que ele.

Marinette: -Pode escolher na geladeira. Ou se preferir, pedir algum para entrega... - Disse depois de se servir com um pouco de tinto.

Adrien: -Quer dizer que como você não encontrou o que queria no D'Votion, voltou comigo para casa? Não faz muito bem para o meu ego saber que só ficou comigo por falta de opção...

Marinette: -Quem disse que eu não encontrei? Estava procurando um "dominante" gato e achei um...

Adrien: -Você é dominante, não estava procurando um sub?!

Marinette: -Não procuro subs normalmente já encontrei alguns, muito masoquistas para o meu gosto, não gosto lhes dar o que querem ou o que buscam. Vou atrás de switchers ou "dominantes" com convicção como a sua.

Adrien: -Convicção como a minha?

Marinette: -Nenhum dom realmente toparia meu jogo. E poucos cairiam no meu ardil antes disso. Um dom não gosta de ir para "território" desconhecido porque isso faz perder o controle, ou usar brinquedos de terceiros dos quais desconhece a segurança. Mas num lugar como o D'Votion há de tudo, desde submissos verdadeiros até pessoas com problemas de autoestima que se acham subs. Dominantes que se preocupam com o bem estar de subs e sádicos que se dizem dominantes, lá têm muito mais entre o baunilha e o BDSM do que se imagina. Para mim, o conceito de confiar irrestritamente a alguém o meu prazer e bem estar é tão estranho quanto ter essa confiança ilimitada de alguém em relação ao que eu farei.

Adrien: -No quarto, se eu não tivesse me aproximado quando você sinalizou e pedisse que você viesse até mim...

Marinette: -Eu poderia tentar te convencer por mais algum tempo ou mudar de lugar, minha cama tem cabeceira de grade, poderia tentar te prender ali em algum momento.

Adrien: -E se não conseguisse? - Marinette deu de ombros.

Marinette: -Normalmente eu consigo se não desse certo você conseguiria do seu jeito. Não era o que eu procurava, ou o que queria naquela hora mas faz parte do jogo, é um risco inerente. Eu tenho isso em mente quando procuro um parceiro.

Adrien: -Sendo domme você se sujeita outro dominante como submissa pelo prazer do "seu jogo"?!

Marinette: -É ... mais complicado que isso. Sou switcher, não domme apesar de ficar como domme quase sempre. Mas não sou sádica, não tenho prazer em causar dor embora saiba fazer e me excita levar alguns tapas às vezes em algumas situações, por mais estranho que seja o conjunto. Mas você é sádico...

Adrien: -Não! Eu sou dom!

Marinette: -Quando você veio comigo para cá, queria ver minha pele rosada. Se eu te obedecesse em tudo que você pedisse, você ficaria satisfeito sem precisar "castigar-me"? Como você avalia se uma sub tem prazer ou não de tapas ou alguma "punição" com chicotes ou açoites o quanto você faz isso para/pelo prazer dela e quanto para o seu próprio? Doms, em teoria, tem os desejos dos subs em primeiro lugar, mas na prática, o sub aceita ou provoca um castigo, supondo que o castigo seja desagradável de alguma forma, para satisfazer o dom ou para se satisfazerem? E essa satisfação vem pelo castigo em si ou pela foda excepcionalmente boa que o dom possa ser capaz de proporcionar durante ou depois do castigo? Creio que talvez faça mais falta no mundo homens que fodam bem do que doms ou subs... Você não é exatamente dominante, ou, isso não é o principal, se fosse, não aceitaria o meu jogo.

Pole DanceOnde histórias criam vida. Descubra agora