Pole Dance

Lila Rossi

Ele olhou para o celular dela... não deveria, mas tinha que pelo menos desligar o som, pois só pelos barulhos que fazia, sabia que ela também estava recebendo várias mensagens, só não sabia se isso era normal ou não. Pegou na mão abrindo o app, e viu alguns nomes ali com mensagens, e outras tantas em grupos. Não entrou em nenhum, ou o app marcaria como lido. Os nomes que estavam ali, Alya, Sabine, Tom, Nathaniel e Clarice. Foco, já tinha encrenca suficiente para se dar ao luxo de acrescentar mais problemas!! Foi até as configurações e desligou o som. Deitou do lado dela, talvez conseguisse dormir um pouco mais ainda não eram nem nove horas. Não tinha motivos para acordá-la cedo, estava cansada assim como ele e a merda já estava feita, não tinha muito que fazer agora.

[...]

Ele conseguiu adormecer outra vez, e acordou com ela o provocando. Então, ainda não tinha visto. Não teve coragem de continuar sem avisar, tinha mexido até no celular dela. Mas aproveitou o movimento dela para prendê-la por baixo e segurar os pulsos. Falou olhando nos olhos, para saber qual seria sua reação. "Sinto muito, Mari, tem fotos nossas no clube em um artigo da Closer." Primeiro seus olhos se moveram avaliando sua expressão. "É mentira, você está brincando, faz tempo que não publicam nada a seu respeito!" Ele não poderia assumir que aquilo era uma brincadeira e ela quis ver o celular. E ela xingou a Closer, mencionou que os pais iriam perguntar sobre ele, e perguntou o que Gabriel faria em relação a isso. O que esperar dele para o dia seguinte? Talvez ela não tivesse muita noção sobre isso, mas eu tinha.

-Mari, o Gabriel tem em conta altíssima o trabalho que você faz. Eu poderia apostar que ele só vai ficar irritado comigo...

-O que eu digo para ele, se ele perguntar algo? Ele vai investigar isso, não vai? - Claro que ia, ainda mais depois da Lila. Aquilo foi um inferno! - Ele não vai achar... Que eu tenha feito de propósito, vai? Envolver você para conseguir algo, ou...

-Princesa, vou conversar com meu pai hoje ainda. Independente do que qualquer ache ou deixe de achar sobre isso, não é problema de ninguém, só nosso. E eu não vou querer parar por conta do que os outros podem pensar. Por mim, podemos contar o que e da forma que você achar melhor para qualquer um que queira saber.

Ele já não se importava mais de assumir ou não algum compromisso para acalmar a sanha dos bisbilhoteiros, de certo ponto de vista, se assumissem qualquer relacionamento, poderia sair com ela sem ter que se preocupar que alguém visse. Revistas como a Closer não postam fotos comemorativas dos meses de namoro, elas postam as fofocas que o público não sabe. Queria dizer que tinham um relacionamento, não se importava com nomes, amizade com benefícios, namoro, um lance, só pretendia que pudesse durar o suficiente, que passasse mais tempo com ele. Mas Marinette continuava sem querer admitir algo, isso o deixava cada vez mais intrigado e melindrado. Era só com ele ou faria isso com qualquer outro cara? Não ia se preocupar com isso, teria mais tempo, ela não disse que preferia parar. Eles fizeram um brunch antes dela sair de lá, ela iria ver os pais dela depois e ele ficou de conversar com Gabriel. Depois se falariam por telefone.

[...]

Adrien viu todas as mensagens no celular antes de ver a resposta de Gabriel. As mensagens de grupo dos amigos da faculdade se resumiam em algo como "Não acredito, finalmente uma garota que o tirou do sério.", já o Nino escreveu algo que o deixou muito curioso e teria que perguntar mais depois: "Cara, se você realmente conseguiu algo com ela não sei se tenho inveja ou pena de ti, ela é amiga da Alya, quero ver no que vai dar isso, você precisa me contar!" Nino e Alya eram casados fazia três anos, mas Alya sempre implicou com ele, não sabia bem por que, de qualquer maneira não se conheciam muito. Quando ele o via, normalmente era em algum dia de fim de semana com Kim, Max e quem mais estivesse a fim de beber cerveja e jogar um pouco de futebol, sem as respectivas. Será que era essa Alya que havia escrito uma mensagem para ela? Oh, tomara que não fosse, precisava de torcida a favor e não contra. O pai deu uma resposta curta, que era bem comum. "Por algum motivo, não acredito. Venha hoje as 16 hs, precisamos conversar".