My Lady!

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No começo daquela semana "Kill Bill" fosse um único hacker, fosse um grupo de pessoas com um objetivo em comum tinha sido, insistente e muito competente. Foram tantas investidas que a divisão de cyber crimes conseguiu uma ligação consistente entre o Mr. Papillion e Robson Ornellas, um alto executivo da área de TI na indústria automotiva de quarenta e sete anos. Mas como não poderia deixar de ser, ele percebeu a movimentação das informações e que a rede se fechava sobre ele. Quando a divisão tinha um mandato e a Interpol estava devidamente avisada Robson já havia saído da Espanha para Taiwan e estava fora de alcance.

Robson Ornellas era um escroque, ao que tudo indicava, pedófilo. Usando regras a seu favor ele havia comprado duas garotas uma de 14 e outra de 17, a primeira da Síria com a qual se casou no próprio país e a segunda da Índia viajando com ela para Marrocos para se casarem se aproveitando das leis locais que permitem poligamia e o casamento com menores de 18. Com a pressa de sair da Espanha em definitivo ele deixou as garotas para trás. A jovem esposa de quinze estava ansiosa para conseguir uma passagem para se juntar ao marido em Taiwan, grávida de seis meses...

Mark Fainstein odiava algumas coisas com as quais tinha contado no trabalho. Essa situação era uma delas. Catorze! Provavelmente não tinha nem frequentado a escola, fora criada para ser esposa e mãe dada em casamento pelos próprios pais por falta de opção ou ganância ou porque para eles era realmente assim. Talvez ela ainda fosse realmente uma garota de sorte entre as conhecidas, que foram vendidasantes com onze ou doze.

Robson tinha frequentado a Miraculous quando foi à França em algum compromisso de negócios. Encantou-se pelas dançarinas mascaradas em anos anteriores e então fomentou aquele leilão inverso conseguindo grupos dispostos a executar o que fosse necessário para pegar as strippers.

Não poderiam alcançar Robson Ornellas em Taiwan, mas ele também não poderia voltar à França.

[...]

Theodore acabou por mandar uma mensagem para Marinette, assim como para as outras dançarinas, explicando suscintamente que a divisão de cyber crimes havia conseguido descobrir o responsável pelo leilão na Deep Web. Ele avisou que, se ela quisesse processar a Miraculous por toda aquela situação deveria usar e manter a própria via do contrato de sigilo, pois ele e Liang haviam destruído esses documentos da boate.

Se Theodore era "Kill Bill"? Não, mas ele tinha seus contatos. Saindo de Paris com Liang ele não tinha tempo ou disposição para aventuras na Deep Web nem se fosse sua expertise. A questão é que apesar de hackers serem criminosos muitos tinham seu próprio código de moral e Robson Ornellas era um exemplo icônico do tipo de pessoa que muitos hackers não gostavam e atacar um evento, que de fato contribuía para ações filantrópicas, despertou os "paladinos digitais" para aquela empreitada.

[...]

Era quarta-feira, Adrien e Marinette tinham jantando em casa e naquele momento ela tinha acabado de colocar as taças de sobremesa na máquina de lavar louça.

— Você quer simplesmente esquecer o assunto?

— Por que, acha que deveria fazer diferente? — Adrien ficou alguns instantes quieto. Conseguir uma indenização da Miraculous seria muito justo, mas isso significava abrir um processo e ir atrás deles. Invariavelmente o sigilo da identidade se perderia, se não soubessem exatamente qual dançaria ela era saberiam que era uma delas.

— Não, era até certo ir atrás disso, mas há momentos que certas coisas são muito mais importantes que o dinheiro, ou, saber quem está certo e quem está errado.

Marinette virou olhando para ele com outras intenções e se aproximou da cadeira onde ele estava colocando o pé, com o lindo salto que usava mesmo estando em casa, entre as pernas dele. Visto que estava sentando "a vontade" pressionando sobre um local um tanto quanto delicado. A predadora... Apoiou as mãos em seus ombros aproximando o rosto.

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