Mentindo para mim?...

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Marinette sentia que sua situação em relação à nova campanha da Agreste, atualizando a imagem, ia de mal a pior. Adrien trabalhava em outro andar e como suas atividades não estavam relacionadas a marketing e a verba para aquele trabalho já estava destinada ele ainda não tinha tido qualquer contato com Nathaniel.

– Mas afinal de contas, Como é o tal Kurtzberg? Já faz uma semana que vocês estão trabalhando juntos... Ele é legal?

– Ah é sim! Muito animado e expansivo acho que tem muito jeito para trabalhar em comunicação. – Ela notou que a expressão de Adrien mudou um pouco em desagrado, ah o ciúme... – Mas olha só, acho que ele gosta de outra coisa, sabe? Joga no outro time...

E aquilo era uma mentira deslavada, mas Adrien não teria como saber e ficaria mais tranquilo. Mas assim que terminou de falar percebeu a merda que tinha feito, se os dois se encontrassem ele poderia notar que ela mentiu... E por que mentiria para ele? Puta que pariu, Nath bem que podia ser gay! Por que raios ela tinha que se enrolar com isso?! Bem, não tinham se encontrado até agora, certo?

[...]

E na Agreste nos momentos que era necessária alguma aprovação de esboço ou avaliação de uma ideia ela e Nathaniel se reuniam sem problemas, às vezes com mais funcionários e outras apenas os dois. Nath não tinha mais falado nada sobre o passado, ou perguntando sobre relacionamentos pessoais. E agora Marinette não sabia mais se era alguma loucura da cabeça dela, ou se talvez ela fosse muito pervertida, mas às vezes tinha impressão que Nath a olhava. Sentia sua pele se aquecer como se a comesse com os olhos. Será que a desejava ou estaria viajando muito? Nunca tinha flagrado esses olhares, na maior parte das vezes que se sentia assim estava de costas. Mas sempre que os olhares deles se cruzavam ele desviava o dele, entrando em alguma conversa trivial. E, às vezes, enquanto conversavam ela se pegava pensando como teria sido se não o tivesse dispensado tão rápido depois da formatura...

Até que um dia, estavam fazendo uma pausa no café, junto com Marlon e Jaqueline da divisão de mídia Nath estava contando alguma piada quando interrompeu no meio o que falava.

– ... Ora, ora! Se não é o conhecido diretor do financeiro! Adrien Agreste, já estava pensando que iria acabar essa campanha sem conhecer você!

Marinette virou para trás a tempo de vê-lo se aproximando deles com o sorrisinho que classificaria como predador. Adrien trocou um aperto de mãos com Nath

– Nathaniel Kurtzberg, da agência MV 15! Prazer em conhecê-lo, Sr. Agreste!

Cumprimentou Marlon e Jaqueline e ao invés de fazer da mesma forma com ela, colocou a mão na cintura de um dos lados e deu um beijinho na bochecha. Ah droga! Estava morrendo de ciúme! Adrien sabia que ela não gostava de demonstrações de afeto nem no café da Agreste, e claro, o que tinha feito não era nada indecente, nem poderia criticá-lo. Mas agora tinha certeza que estava encrencada... Mas Adrien se afastou dela lhe dando espaço, não se portaria de forma possessiva assim ali. Logo Nath voltou à conversa e Adrien pediu um café ficou por ali. Em algum momento perguntou algo sobre a faculdade de Nath e a conversa fluía sem problemas até que o ruivo comentou.

– Mas eu e Marinette eramos os melhores no colégio, lembra Mari, dos elogios do Sr. Durand? – Durand era o professor de artes.

No mesmo instante Adrien olhou para ela. E Marinette não sabia nem o que dizer. Mas ele não falou nada. Até onde ela tinha percebido Marlon e Jaqueline não notaram nada estranho, mas Nath mudou de assunto logo depois. Que droga! Como se não bastasse que Adrien não achasse Nath "lá muito gay", tinha que descobrir que eles tinham estudado juntos?! Após alguns instantes eles precisavam voltar a discutir a campanha. Adrien se despediu e voltou à própria área. E ela passou o restante da tarde preocupada com o que Adrien estaria pensando. Não sabia o que tinha se passado pela cabeça dela para inventar aquela merda! Se quando ele disse que tinha saído para jantar com a Kagami, ela desligou o disjuntor e o fez terminar de tomar banho frio... Ah inferno! Quando chegassem em casa...

Pole DanceOnde histórias criam vida. Descubra agora