Então, finalmente Emma!

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Mais duas semanas se passaram e Gabriel marcou um horário com Adrien na própria Agreste em uma sexta feira. Nada indicava que fosse algo relacionado a alguma coleção, ou qualquer problema com o afastamento temporário de Marinette. Adrien estava curioso. O que o pai estava aprontando desta vez? A secretária ligou avisando que o pai estava ali e Gabriel logo entrou na sala. Era muito estranho estar sentando aquela mesa em uma posição invertida com ele. De alguma forma ainda lhe parecia estranho estar no comando enquanto Gabriel só se ocupava de croquis, modelos e desenhos. E preferiu estar de pé antes que o pai entrasse.

— Boa tarde, Adrien.

— Olá, pai. — Ele se apoiou de costas para a mesa com as mãos nas laterais do corpo, assumindo uma postura muito menos formal. Sempre achara o tratamento de Gabriel formal demais para com ele e agora que estava oficialmente no comando, preferia usar aquilo de maneira a quebrar a distância que sempre existiu.

— Marinette está bem? Alguma novidade a respeito da chegada de Emma? — O assunto pessoal abordado pelo pai dentro da Agreste era uma algo incomum. Tudo indicava que aquele encontro nada tinha a ver com trabalho então. E Gabriel estava um pouco constrangido? Ele? Sem saber quais palavras escolher?

— Mais dez semanas mais ou menos duas. Ainda fico admirado de pensar como a data de nascimento normal pode variar um mês! Emma é pequena, mas está ótima. Você quis me ver para perguntar da Emma? — Não fazia tanto sentido fazia?

— Na verdade eu quero marcar algo e gostaria que vocês viessem, com Emma, lógico! Uma comemoração. Estaria tudo bem se fosse, digamos, um mês e meio depois do nascimento dela?

— E o que estaria comemorando?

— Vou me casar com Nathalie, será uma cerimônia no civil, mas pensei em reunir algumas pessoas mais próximas apenas para um jantar.

Uau! Já?! Mas... Bem, alguém como Gabriel e Nathalie não precisavam de tempo para se organizar para casar. Ainda assim... Será que eles já estavam envolvidos de antes da estratégia da Marinette? Oh! O que ela ia falar quando contasse?! Civil? Por que civil se tinha insistido tanto numa cerimônia religiosa para eles?! Tudo bem que fosse algo mais discreto, agora, sem padre? Nananina não! Marinette nem era católica e teve que se batizar para que o padre aceitasse fazer a cerimônia deles!

— Mas por que não fará uma cerimônia no religioso? Você achou isso tão importante para mim e para a Mari!

Então percebeu ter tocado em algo... Delicado. Gabriel enfiou as mãos nos bolsos das calças e pareceu um pouco indeciso? Frustrado?

— Você acha que isso seria adequado? Na minha idade e considerando que eu e sua mãe casamos apenas no civil? — Para que tinha aberto mesmo a boca? A questão parecia delicada para Gabriel. Para ele, considerando sua pequena religiosidade aquilo não teria muita importância, e tinha criado um jogo em sua própria festa para ter intimidade com a Mari num lugar tão cheio de gente! Passou a mão pelos cabelos antes de responder.

— Acho que deveria conversar e perguntar a Nathalie antes de decidir, se ainda não o fez. A cerimônia não precisa ser grandiosa se vocês não querem uma grande festa, mas se a troca de votos é importante não vejo porque se restringir por conta de algo que ficou no passado. — Perfeito! Era a melhor resposta dada a situação!

— Bem, depois eu acerto os detalhes com Nathalie! — Adrien estendeu a mão na intenção de parabenizar o pai pela notícia antes que Gabriel saísse. Mas ele aproveitou o gesto puxando Adrien para um abraço efusivo totalmente distinto do comportamento costumeiro.

Marinette ficou exultante com a notícia e logo deu um jeito de falar com Gabriel e combinar com ele. Segundo ela, o noivo não deveria ver o vestido da noiva antes do casamento, dava azar e com essa desculpa se incumbiu de desenhar e providenciar a confecção. Adrien ficava pasmo com as coisas que ela conseguia do pai, e aquilo seria algo para ela se ocupar, se entusiasmar até a chegada da Emma.

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