No clube

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Depois daquelas frases, ela voltou a ficar quieta por um tempo, sua respiração estava normalizada. Adrien chegou a pensar que teria adormecido, mas ela se virou o surpreendendo e logo tirou o travesseiro que estava entre eles. Apoiou-se em um braço e levou a outra mão até seu ombro apertando próximo ao pescoço, depois desceu ao peito empurrando para que deitasse de costas. Nada daquilo lembrava o que havia ocorrido logo antes, e Adrien já imaginava o que ela estava fazendo. Ela desceu a mão passando pelo elástico da calça e da cueca segurando-o com a mão quente. E seria fácil aceitar aquela distração agora, não estava satisfeito e ela o provocaria até conseguir, desviar do assunto, tirar do foco. Era assim que ela estava sempre tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Mas ela já o tinha abaixado os elásticos e colocado na boca e não dava para manter qualquer linha de pensamento assim... E a língua já passava naquela parte debaixo, a mais sensível...

-Aaahh, Mari! Por... Por favor... Para!

-Para? Você não quer? - Estava um pouco surpresa, afinal, sempre funcionava. Que bom que precisava da boca para falar! Puxou-a para cima, mas ainda assim ou não entendeu ou se fez de desentendida roçando o corpo ao dele. Não era o melhor jeito, mas precisava que ficasse parada, girou ficando sobre ela segurando os braços.

-Achei que você estava animado antes, você me pareceu interessado agora...

-Antes de você ter um ataque de pânico com a cena que propôs? É talvez, mas não quero continuar como se nada tivesse acontecido!

-Desculpe, por estragar o jogo. - Adrien encarava atento aos detalhes e ela desviou o olhar, estava constrangida?

-Foda-se uma cena! Por que diabos você está pedindo desculpa?! Não é como se sexo fosse perfeito sempre ou como se eu nunca tivesse broxado! Mari, para de tentar fazer parecer que é só playroom, nunca foi só isso! -... O que ele foi dizer?! Às vezes sua boca era grande demais! Mas estava cansado de vê-la se afastar e se fechar!

-Mas você estava gostando tanto! - Claro que estava, merda, sua mente era povoada de fantasias sórdidas! Estava tão cego que não pode perceber nada antes, durante todo o tempo que estavam juntos?

-E o que eu conheci além do playroom não foi nada agradável. - Ela tinha medo dele? Antes não, lembrava-se da primeira noite "É um jogo, Agreste, e eu não gosto de perder!" e da primeira vez com o açoite de tiras... Será que tinha jogado tudo pelo ralo naquela manhã? Não parecia, estava confortável... Mesmo que a mantivesse presa.

-Tem medo de mim, Mari?...

-O quê?! Não! Não é algo que tenha feito, sou eu. - Parabéns, sua idiota. Ô frase mais imbecil! "O problema não é com você, é comigo." Não vai dar certo, preciso de espaço! - Adrien... Você não quer agora e eu, com certeza, não quero conversar sobre isso nesse momento. Posso ir para o clube?

Adrien olhou para ela por alguns instantes antes de soltá-la, a sensação era de que o chão faltava sob os pés. Não tinha nenhum direito de dizer "não", na verdade ela só perguntou por que a estava prendendo. Apenas torcia para que o Luka tivesse resolvido não ir lá hoje...

-Você pretende voltar depois? - Ele tinha levantado da cama e ela estava sentada no colchão.

-Claro! Adrien, nada mudou! - Ela levantou indo na direção da porta.

-Vai de táxi, eu te busco lá?... - Ele estava de costas para ela.

-Tudo bem... E Adrien, eu sei que é mais que o play, só preciso sair um pouco. - Antes de ir se arrumar, ela o abraçou por trás distribuindo alguns selares as costas.

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