Sadismo

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Adrien ficou com raiva, foi de propósito, é lógico que foi e não parecia que fosse porque queria mais! Princesa, isso foi muito estúpido! Ele gingou o braço com o açoite e bateu no lugar que lhe parecia mais dolorido. Safeword, Princesa!

Mari: - Um!

Teimosa, feito uma mula! Para, princesa! Quer que eu lhe arranque o couro?! No mesmo lugar outra vez. Safeword!

Mari: Dois!

A terceira vez que ele bateu no mesmo lugar ela perdeu a conta outra vez e começaria novamente. Merda, merda! É segunda, ela trabalha amanhã! Mas, que caralho, foi ela que recomeçou duas vezes! A questão é que ele tinha perdido o controle da cena pelas regras que ele mesmo tinha colocado. Por que ele falou para ela contar afinal de contas? Ele ainda poderia fazer várias coisas diferentes, parar e mandar ela para cama dormir sem qualquer motivo ou explicação. Podia descer a mão e esperar pela safeword, afinal todo mundo tem um limite. Podia se fazer de desentendido e a deixar ir até o catorze, ela não começaria outra vez... Começaria? Oh não! Nada feito! Tinha que entender o que aconteceu!

Adrien: -Chega de olhar, princesa! - Sem esses olhos espertos! Ele buscou e colocou uma venda nela, mas a manteve ali presa. - Por que caralhos você fez isso?!

Mari: Porque eu podia e eu quis! Mestre!

Adrien: -Você sabe que podemos ir até o treze quantas vezes você quiser... É isso que você quer? Não está planejando trabalhar amanhã? - Não estou pensando, se tivesse não deixaria você me algemar aqui! Droga, como iria sentar amanhã? Na minha sala tudo bem, mas duas horas de reunião?!

Mari: -Não... Planejo sim ... Trabalhar amanhã, Mestre. Sinto muito, Mestre.

Adrien: - Não, princesa, um "sinto muito" não vai funcionar. Eu quero saber que ideia brilhante se passou por sua cabeça para fazer isso. O quarto tem um sistema de som, posso te ouvir de onde estiver, se precisar diga a safeword.

Sabia que ele tinha razão. Ela tinha concordado com aquilo e no meio da cena fez algo que ele não esperava. Fosse outro dom não se afetaria, consideraria que ela queria mais e desceria o açoite mais catorze vezes e se ela repetisse, outras catorze ou até a safeword. Mas outro dom não teria ignorado suas demonstrações de não submissão, tão rápido. A verdade é que ela deveria ter parado a cena quando percebeu que ele a colocava entre os espelhos. Aquela cena era um convite direto a sua estupidez e bem, ela veio, não é mesmo? Estragou o jogo sem nenhum motivo claro...

Adrien saiu do quarto, estava irado. Queria que a segunda tivesse sido um bom começo para semana. Não poderia deixá-la lá a noite toda... Por que não? Merecer ela merecia... Mas tinha saído do quarto para entender melhor a sequência de eventos. Ela parecia animada, esperou por ele, mas quando a colocou entre os espelhos ela demonstrou por meio de olhares e respostas "engraçadinhas" que não tinha abaixado a cabeça para o controle dele. Mas ele deixou. Deveria ter feito algo naquele momento. E depois lhe deu a liberdade de mudar a quantidade errando a contagem, se ela fosse uma sub teria feito isso só por querer mais... Mas ela não era! Ela não era e tinha dito isso no jantar. E no fundo, ele a queria como sub e gostaria de tê-la submissa pelo açoite. Sabia que tinha errado alguma coisa. Seria bom forçar a cabeça dela para baixo a menos que ela usasse a safeword? Ele queria fazer isso, mas de uma maneira isso lhe parecia equivocado. Droga!

Errar é humano mas insistir no erro é burrice, não daria certo, era realmente melhor parar sem ressentimentos. Mas ela ainda estava lá no quarto, algemada em pé, de venda e com certeza ardida. É ... talvez sem ressentimentos fosse algo meio complicado agora. Ele foi para o quarto com o gel, um copo de água, advil e tylenol. Quando entrou ela virou a cabeça para porta, ele não tinha entrado em silêncio. Ele deixou o que trazia em um dos lados da cama e foi até onde ela estava.

Pole DanceOnde histórias criam vida. Descubra agora