Descumprindo o combinado.

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No dia seguinte Adrien acordou de sobressalto preocupado com o trabalho na Agreste, dele e dela. Mas era cedo, antes da hora, então decidiu preparar algumas coisas. Já que ela lembraria o dia inteiro dessa noite, seria legal começar o dia da melhor forma possível...

Quando o alarme do celular de Marinette tocou estava tudo escuro e por um instante ela se sentiu perdida. Tateou na cama ao redor e sentiu lençóis de textura diferente dos seus. Então levou a mão ao rosto, a venda... Afff dormiu com aquilo e Adrien nem tirou! Será que já tinha saído da cama fazia tempo? A luz do dia entrava pela janela do quarto. Huh o bumbum e as pernas doíam pra caralho, o que não era nenhuma surpresa, afinal. No criado mudo viu um copo d'água com um post-it "Beba-me" e um pires com dois comprimidos diferentes (Tylenol e Advil...) com um post-it "Coma-me, *se não quiser teimar muito" a segunda parte estava escrita em letra pequena. Não estava a fim de teimar com isso, qualquer analgésico seria bem vindo, o dia de trabalho tinha oito horas e muitas cadeiras, mais duas horas de almoço, com cadeiras... Depois de enfiar os comprimidos na boca e beber a água, foi para o banheiro, um banho cairia bem. Assim que entrou, notou que a banheira estava quase cheia, colocou a mão na água, tépida. Oooh cavalheiresco, mas preferia mais quente, mas como não tinha tanto tempo assim, entrou na água submergiu o corpo... Huuumm, ok morna é bem melhor que quente... Então sentiu o cheirinho de camomila da água. Céus! O que diabos tinham feito com Adrien Agreste e quem estava naquele apartamento com ela?!? Não parecia ser um óleo ou perfume, mas o próprio chá. Por que se dar ao trabalho? Huh, não quer que eu fique com medo... Não estava, acho. Quer mais, estou ok com isso... Mais exatamente disso ou mais alguma outra coisa? Depois de sair do banho e passar um pouco do gel, que estava na pia, nas pernas, foi novamente para o quarto entre os espelhos. Hum vai demorar uns dias para isso sumir. Com certeza não dá para fazer isso toda semana... Mas ela tinha um dia de trabalho cheio na Agreste e não podia ficar na frente do espelho especulando sobre qual seria a frequência máxima para deixar um cara se divertir com um açoite nela. Tratou de pegar logo a muda de roupa na mochila, que o Adrien tinha trazido do quarto de hóspedes para lá. Talvez devesse ter se lembrado de colocar num cabide quando chegou, mas escolheu uma sintética que amassava pouco. E muito sabiamente, calças! Se tivesse escolhido uma saia teria dois problemas, colocar uma meia calça e não poderia ser uma saia curta e não poderia subir nada.

Quando foi para cozinha encontrou Adrien terminando de tomar café da manhã. Ela se serviu de um pão com queijo branco e café, estava morrendo de fome! Eles conversaram um pouco de forma amigável.

Depois quando estavam entrando no Range Rover para ir para a Agreste, Marinette fez um movimento mais rápido, sem pensar, no automático para sentar no carro. Ai caralho! Foi foda, e não no bom sentido! E a "travada" que deu ao sentar no banco não passou despercebida...

Adrien: -Tomou os analgésicos que eu deixei? - Disse dando partida no carro. Pareceu estar com a linha do maxilar tensa.

Mari: -Tomei. - Remorsos? - Condoído com meu sofrimento?

Adrien: -Sabe ... imaginar suas pernas agora me dá outro sentimento. - ... lascívia... - Mas você tem uma vida baunilha intensa, se o jogo te atrapalhar não vai mais querer.

Mari: - Você quer outra vez...

Adrien: -Outra vez? Não, outras vezes. E você teria que ser muito mentirosa para dizer que não quer também. - A paisagem passava rápida pela janela enquanto se afastavam do bairro residencial para a Agreste. - Não dá para fazer desse jeito com muita frequência, mas brincadeiras mais leves podem ser tão boas quanto.

Mari: -E eu que sou direta? Claro que quero. - Sexo selvagem e quente, prazer quase sem limites... - Mas só nós dois entre quatro paredes ... eu não quero correr o risco de nos flagrarem em um restaurante por mais que sua companhia seja agradável. - Ele realmente não esperava por isso, não que fosse ruim, envolver a "vida baunilha" com parceiras com suas preferências era algo que ele não gostava de fazer, embora já tivesse feito. Mas elas sempre insistiam nisso, com o tempo pediam por um relacionamento na vida baunilha, sair, para algum lugar conhecer amigos e quando as coisas não funcionavam mais tão bem por qualquer motivo, a separação era sempre complicada.

Pole DanceOnde histórias criam vida. Descubra agora