CAPÍTULO 7

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RODRIGO

Fui a uma das Casa de Acompanhantes mais badalada do Rio de Janeiro. Conheci a Casa e a proprietária Vitoriana, quando ainda era policial. Fechei a Casa e prendi a dona por três vezes, mas a senhora loira têm muito poder e dinheiro, sempre conseguia se reerguer e voltar aos negócios. Nunca tive nada contra essa mulher, sabia que mesmo a casa de prostituição sendo um crime no Brasil, Vitoriana tratava cada garota muito bem.

Desci do meu carro gol, duas portas, pneus carecas, de cor desbotada e lembrei com muita raiva da minha vida antiga, quando tinha um lindo Corolla que precisei vender quando comecei a perder tudo e me afundar na vida atual.

- Eu não acredito. Quem está vivo sempre aparece né? Meu filho Rodrigo, como está?

Eu nem tinha passado pela porta do grande salão quando fui recebido com muito carinho. Vitoriana era uma senhora de aparência jovem e muito sábia.

- Bom dia Vitoriana. Eu estou ótimo e a senhora? - Me inclinei para abraça-la, ela retribuiu com muita gentileza. - Precisamos fazer negócio!

Os olhos da senhora brilharam com a expectativa de lucro. Em pouco tempo me encaminhou até o seu escritório particular. Ficava no andar de cima do grande salão e tinha móveis escuros e muito chamativos.

No caminho vi várias garotas treinando as danças sensuais, mesmo por canto de olho, isso me exitou. Já fazia uma semana que não tinha uma mulher me envolvendo. Mas creio que com o encontro de noite, com a secretária, isso logo mudaria.

- Amo negócios Rodrigo. Ainda mais quando é lucrativo. Conte-me tudo.

Vitoriana serviu uma dose de Whisky puro e sentou em uma poltrona de couro vermelha. Eu descansei o corpo em um largo sofá da mesma cor.

- É um novo caso que eu peguei. Você deve entender quando digo que não posso dar muitas informações.

Vitoriana sorriu com os dentes perfeitos emoldurados por um batom vinho, enquanto tomávamos uma dose de Whisky.

- Diga o que precisa, meu gato, estou disposta a ajudar.

Ponderei cada palavra, sabia que Vitoriana era uma mulher séria, mas sabia que não podia confiar em ninguém.

- Preciso alugar duas garotas por um mês, depois verei qual vou escolher.

Ponderei por um momento para ler a sua expressão corporal, mas por enquanto ela estava muito calma e bebendo o Whisky apetitosamente. Decidi continuar: - A que não for escolhida voltará a trabalhar aqui, a que for escolhida terá uma vida de princesa.

Vitoriana mexeu na cadeira e me encarou muito séria: - Não gosto que machuque as minhas meninas. No passado eu fui uma delas, e o dono do estabelecimento que eu trabalhava não tinha os cuidados que eu tenho. Em decorrência, tenho marcas na minha pele e no meu psicológico.

- Nunca machucaria uma mulher. - Levantei as sobrancelhas e gesticulei com as mãos em sinal de pacificação. Eu repudiava qualquer violência. - Dou a minha palavra que cuidarei muito bem das duas. Nada faltará para elas.

Vitoriana concordou, confiava muito em mim, mesmo eu tendo a prendido no passado. Mas quando fui exonerado e perdi tudo, vivia na casa atrás de companhia.

Em pouco tempo, fechamos um valor para cada garota e qual preço seria para aquela que fosse escolhida. Concordei com os valores pedidos, já imaginava quantos seriam.

_ Vou chamar as minhas duas melhores meninas.

Vitoriana deu um pulo da cadeira, mas eu a segurei a tempo.

- Espere. Eu preciso de duas garotas com a mesma descrição.

Vitoriana prestou atenção.

- Pele branca, cabelo liso preto, olhos escuros, 21 anos de idade e muito confiável.

Ela sabia exatamente quem chamar. Passaram alguns minutos quando a senhora voltou com duas garotas da mesma descrição.

- Raquel e Jaqueline. Já adiantei o assunto com elas e estão preparadas para irem.

Logo percebi que ambas estavam animadas quando me viram. Mas eu não podia ter nenhum envolvimento com elas. Não poderia colocar um negócio desses em jogo por causa de um desejo controlável.

Ambas levaram pouca bagagem, Raquel estava com duas malas pequenas prateada e Jaqueline com uma mala maior rosa, e as levei até um apartamento no centro da cidade. Disse que elas seriam testadas como atrizes por 1 mês, sem envolvimento sexual e que no final do mês uma seria a escolhida.

Fiquei envolvido com a organização dessa empreitada até tarde. Henrique havia oferecido este apartamento para mante-las seguras. No dia seguinte, o contrato viria e elas não podiam falar sobre esse assunto com ninguém.

As garotas estavam animadas. Teriam uma vida de princesa durante o mês. Muito competitivas, fariam de tudo para ser a escolhida.

🎶

Já era noite quando eu entrei no Bar dos Romanos, ao lado do prédio da advocacia Pottier. Era um local com música alta e só batidas. Com jogo de luz, muitos casais estavam dançando. Havia ainda cinco mesas de sinuca e uma conversa alta e animada ao redor de cada uma.

Reconheci, sentada em um banco azul, a loira linda que conheci aquela manhã.

- Te deixei esperando muito tempo, Fernanda?

A garota virou o rosto de encontro a mim e sorriu largamente.

- Cheguei tem apenas 5 minutos, mas me adiantei pedindo um drink que eu adoro.

A loira me abraçou e o seu perfume doce me envolveu. Conversamos, nos conhecemos melhor. Embora eu sempre fosse raso quando o assunto era a minha vida.

Menos de 2 horas, ambos embriagados, fomos até o apartamento de Fernanda que ficava a três quadras do bar. Ela esqueceu completamente do namorado quando se entregou a mim.

O beijo prolongado foi assumindo toques mais íntimos assim que entramos no apartamento.

Não prestei atenção no ambiente, estava muito envolvido com o corpo perfeito da loira. Sem nenhuma prudência, deslizei a mão e apalpei os seios da moça. Puxei a saia para cima e me deliciei com o bumbum empinado e durinho.

A loira tinha um envolvimento perfeito, rebolava e apertava os próprios seios, ao mesmo tempo que gemia alto.

O êxtase foi envolvente e eu sabia que precisava disso. Estava disposto a manter uma relação sexual com a jovem por mais um tempo. Nunca mais me apaixonei pois sabia que nunca encontraria alguém como Bianca, mas ter alguém disponível era o bastante naquele momento.

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Fim da narração
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Muito longe dali, Helena tremia cada pedaço do seu corpo. Maiky havia descoberto onde ela se escondia. E agora dois capangas a arrastavam na enorme escadaria da favela, puxando-a de qualquer jeito e machucando seu corpo. Ela iria se encontrar com o seu marido, após semanas fugindo. Ele sendo o dono do morro, não estava disposto a perdoar uma traição.

A Canção Perdida ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora