CAPÍTULO 39

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HELENA

Despertei com uma conversa animada ocorrendo na cozinha. Abri os meus olhos e os esfreguei por um momento. Estiquei todo o meu corpo e em respostas ouvi estalos. Olhei pela janela, os raios solares invadiam todo o quarto, a cortina ainda estava aberta. Natália não estava no quarto, provavelmente ela era a dona da risada alta que me acordou. Apenas no domingo eu podia dormir até mais tarde.

Normalmente, acordava 8 da manhã junto com a Maristela e a Naty. Às vezes fazíamos passeios pela cidade na manhã. Mas nesse dia eu acordei mais tarde, tive insônia na noite anterior. Vi que passava das 10 horas. Me arrastei até a porta e girei a maçaneta. Maristela, Bianca e Natália pararam na porta principal da casa como se tivessem sido pegas no flagra.

- Vamos dar uma volta com a Naty, quer ir? - Maristela perguntava, parecendo ainda mais disposta que antes.

Natália estava com o ouvido pregado na barriga da Bianca tentando ouvir o bebê chutar. Eu respondi que queria tomar um banho e ficar em casa hoje. Meus pensamentos sobre a Luna estavam descontrolados ainda e aquela canção não saia da minha mente.

Entrei no banheiro e deixei a água gelada cair no meu corpo. Ouvi a porta da sala se abrindo e pensei que elas tinham voltado. Continuei o meu banho prolongado. Lavando o meu cabelo e assim tentando retirar qualquer preocupação da minha mente.

- Natália eu esqueci a toalha - Disse gritando ainda dentro do box do banheiro. Mas ninguém me respondeu. Eu jurava ter ouvido barulho de a porta abrir.

Sai do box e estava pronta para molhar todo o banheiro e o meu quarto procurando a toalha, quando a porta do banheiro abriu e alguém entrou.

Rodrigo me olhou sem nenhum constrangimento, com seus olhos acinzentados brilhando, mas eu puxei a toalha da sua mão e me enrolei.

- Bianca disse que você está triste. - Disse ele me seguindo até o quarto. - E pelo visto você também está brava.

Continuei ignorando-o, mas senti suas mãos envolverem a minha cintura ainda coberta apenas com a toalha. Ele me virou em sua direção e pressionou contra as portas do guarda-roupa.

- Estou sentindo a sua falta Helena. Desculpa não ter estado mais presente, a investigação está em um momento crucial e...

O interrompi com um beijo, não precisava ouvir mais nada, era o suficiente para eu saber que ele sentia a minha falta como eu sentia a dele. Nosso beijo tomou proporção mais intensa e eu senti suas mãos procurando o nó da minha toalha e o puxando delicadamente. A toalha caiu no chão deslizando por meu corpo. O nosso beijo cessou naquele instante e ele se afastou um pouco. Deixou o seu olhar percorrer cada detalhe do meu corpo nu. Meu rosto esquentou de vergonha, mas eu não o interrompi. Ele me puxou em seus braços e me deitou na superfície macia da cama. Sua boca encontrou com a minha, como se dependêssemos daquele contato tão íntimo. Eu estava cada vez mais apaixonada por ele e sentia que ele também estava por mim.

Eu ainda não estava pronta para contar para a Natália que eu e o Rodrigo estávamos juntos. Então ele foi embora logo em seguida. Combinamos de nos encontrar na exposição de artes do Guilherme, já que, para minha surpresa, ele disse que precisava encontrar com os delegados da investigação lá.

As três mosqueteiras: Natália, Maristela e Bianca chegaram logo em seguida, com algumas sacolas de compras de roupas. Eu fiquei intrigada e me sentei no sofá esperando alguma resposta.

- Helena... Parece mais disposta e feliz. - Disse Maristela sentando-se do meu lado. Eu dei uma piscadinha para a Bianca que entendeu o recado e sorriu de volta.

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