44° ANTONELLA

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Renan: então você me traiu Antonella? - gelei. - eu venho aqui pra gente conversar, tentar voltar e descubro que você me traiu, aposto que foi com aquele bandido. - dei risada.

Antonella: você é muito cara de pau né Renan, você também me traiu, aproveitou que ia ficar sábado sozinho e levou uma qualquer pra dentro da MINHA CASA. - os sócios começaram a chegar. - depois a gente conversa. - olhei pro Vitor e ele saiu com o Renan.

xxx: então dona Antonella, porque a senhora quis essa reunião. - tô nervosa, a maioria aqui me conhece desde que eu nasci, tá o pai da Luna e o da Jully também.

Antonella: eu quero renunciar meu cargo na diretoria da empresa. - todos cochicham entre si, o pai da Luna me encara. - creio eu que não estou preparada pra tomar o cargo que era do meu pai, por isso a minha decisão já foi tomada.

Victor (pai da Jully): e a senhorita acha que quem vai tomar o seu lugar, porque não é assim você fala que vai sair e pronto.

Antonella: eu sei tio. - todos me olham. - eu sei Victor, eu já pensei a respeito também e acho que a melhor pessoa pra ficar no meu lugar é o Daniel (pai da Luna) , até porque ele praticamente construiu essa empresa com meu pai.

Daniel: e você ficaria em posição nessa empresa Antonella? - ele me olha curioso.

Antonella: eu vou sair da empresa tio. - ele abre e fecha a boca várias vezes e mais uma vez os sócios cochicham entre si. - bom essa é a minha decisão, estão todos de acordo? - todos concordam, eu pego minha bolsa e meu celular, deixo meu crachá na mesa e saio.

Vitor: e aí? - perguntou assim que eu sai da empresa.

Antonella: tá feito. - peguei a chave do Renan que era do AP. - agora esse AP vai ficar pra ti, eu vou pra lá arrumar minhas coisas. - ele me abraça e eu saio, chego em casa, arrumo minhas malas, desço e coloco no carro, subo de novo tomo banho, troco de roupa, arrumo meu cabelo, faço uma maquiagem leve e o Vitor chega.

Vitor: achei que tu já tinha ido. - olhei no relógio, sete da noite, ele senta na cama atrás de mim.- incrível como tudo muda em uma semana né.

Antonella: pois é, chifrei, fui chifrada, apanhei, bati, hoje sou Antonella Andrade a patricinha e amanhã Antonella Andrade a primeira dama do morro. - levantei. - bom tô indo, tu toma cuidado aqui sozinho viu e quando quiser me visitar é só ir lá no morro. - ele me abraça forte, eu pego a chave do carro e meu celular e saio, vou pra casa do meu pai.

Vilma: oi meu amor.

Antonella: oi Vilma, meu pai tá aí?

Vilma: tá sim meu anjo, tá lá no escritório e pelo visto tá nervoso. - sorri e saí, fui no meu quarto fiquei lá um tempo lembrando de tudo, de quando eu dormia na sala e acordava no quarto, quando meu pai vinha tomar sorvete comigo no meio da noite, ou quando eu e minha mãe passávamos horas escolhendo roupas pra vestir nas festas da empresa, quando eu e as meninas decidimos que íamos no baile, depois o P7 dormindo comigo, tive bons momentos nesse quarto suspirei e saí fechando a porta atrás de mim.

Antonella: pai? - entro no escritório e ele me olha sério. - o senhor já sabe não é?

João: só me diz porque. - ele me encara.

Antonella: eu vou pro morro pai, essa é a escolha que eu fiz. - lágrimas caem dos olhos dele.

João: a partir do momento que você sair por aquela porta, você vai deixar de ser Antonella Andrade, você vai ser só uma menina procurada pela polícia por associação ao tráfico, você pode ser presa, esse traficante que você diz que ama pode ser preso e ficar muitos anos na prisão, ele pode morrer em troca de tiro, você pode ter um filho dele e seu filho crescer órfão de pai, você tem certeza da sua escolha? - ele chora mais ainda.

Antonella: tenho pai. - começo a chorar. - eu sei de tudo isso, sei que posso ir presa, sei que posso morre junto com ele, sei de todos os riscos mas eu amo ele pai. - eu levanto e coloco uma corrente na mesa dele, quando eu chego na porta.

João: Antonella. - olho pra trás e ele me abraça, um abraço apertado, abraço de despedida. - com muita dor no coração que eu te falo isso. - ele me olha se a as lágrimas do rosto dele. - eu não tenho mais filho nenhum, te dou dez minutos pra você se despedir da Vilma e ir embora. - ele volta e senta na cadeira, saio do escritório assim que fecho a porta escuto ele quebrando um monte de coisa, a Priscila me olha assustada.

Antonella: acho melhor você esperar ele se acalmar.

Priscila: você é o maior desgosto do seu pai. - dei risada.

Antonella: não agora eu sou seu pior pesadelo, cuidado viu. -ela levanta as sobrancelhas.

Priscila: tá me ameaçando? - ela ri.

Antonella: até que você não é tão burra . - ela fica séria e eu saio, vou até a Vilma dou um beijo e um abraço apertado nela. - cuida dele Vilma. - falo e saio, entro no carro e fico vagando pela rua, passo na frente de uma loja de roupa paro e compro algumas roupas iguais pra mim e pra Yasmin, comprei um par de brincos de ouro e duas correntinhas de ouro com o nome da Yasmin, depois compro umas roupas de bebê pro filho da Luna, compro roupas pra Jully e pra Luna, compro um tênis pro G3, pro Dinho uns bonés e pro P7 comprei um Rolex GTM Master, sim eu gastei a maioria do dinheiro que meu pai guardou pra mim. Depois fico mais um tempo na rua aproveitando o resto da minha liberdade, entro no carro cheia de sacola, o carro tá lotado de sacola e mala, vou pro morro e vou direto pra casa do P7, chego lá e quem me atende é a ya.

Yasmin: mamãe que saudade. - ela se joga no meu colo e me da o melhor abraço, eu peço pros vapor colocar as sacolas e as malas no quarto do P7. - porque tudo isso mamãe?- dei risada.

Antonella: mamãe vai morar aqui agora meu amor. - os olhos dela brilham, dou a sacolinha da joalheria pra Ya, ela vê o brinco e já coloca.

Yasmin: nunca mais eu vou tirar. - sorri, dona Diana aparece.

Diana: vamos mocinha tem que dormir.

Yasmin: aaah só mais um pouquinho.

Antonella: vamos lá eu te coloco pra dormir, - dona Diana sorri e sai, eu coloco a Ya na cama, conto historinha, cubro ela é quando ela adormece eu saio do quarto, troco de roupa, coloco minha correntinhas com o nome da Ya e saio. - Dona Diana, ela tá dormindo tá, tô indo pro baile. - dou um beijo na dona Diana e vou pro baile, chego no baile o P7 me agarra e ficamos assim um tempo, ele jurava que eu não viria ele me puxa e eu sento no colo dele, tudo ia mil maravilhas até meu pai começar a maldita invasão.

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