Entramos no quarto e ela parecia que estava aqui a primeira vez, eu queria e muito abraçar ela, sentir o gosto do seu beijo e prometer que nunca mais ninguém vai nem pensar em machucar ela, queria muito que ela voltasse pra casa, pra mim, por um instante eu vi uma Antonella totalmente desconhecida pra mim.
Ela não era aquela Antonella que mata, que dá fuga na polícia, que bate em todo mundo, ela era apenas uma Antonella meiga, com feridas abertas e muita mágoa, sim eu via mágoa nos seus olhos e sei que a culpa era toda minha, desde que eu apareci na vida dela, nada da certo proa ela.
Não sou hipócrita ao ponto de não admitir meu erro, por culpa minha ela virou traficante, por culpa minha foi presa, caiu em um rio, levou tiro e teve que escolher matar o pai dela, meus olhos se enchem de lágrimas, tento ao máximo segurar o choro mas o que está preso em mim me sufoca, se eu não por pra fora posso morrer facilmente sufocado.
Antonella : Por... Porque tu tá chorando? - caio de joelhos na frente dela.
P7: me perdoa,- ela me olha sem entender. - perdão por ter aparecido na sua vida, perdão por fazer tu escolher entre eu e sua família, perdão por tudo que eu te fiz sofrer, por cada traição, perdão por ter deixado levarem você, perdão por tudo o que tu sofreu naquele lugar, perdão por ter perdido seu pai, perdão por todas as doenças que tu desenvolveu. - ela se ajoelha na minha frente.
Antonella: porque tu tá falando isso?
P7: porque tudo isso é culpa minha, tudo o que aconteceu e acontece contigo é culpa minha, eu fui otário demais fazendo tu me escolher ao invés da tua família, eu fui fraco demais querendo tu só pra mim, fui fraco demais deixando tu fazer parte de tudo isso, quer dizer era pra tu tá na sua empresa, com seu casamento perfeito e uma família perfeita, sendo a filha, esposa e mãe perfeita. - eu soluçava, limpava as lágrimas no meu rostos, mas outras caiam uma atrás da outra sem permissão. - se tu quiser ir embora eu não vou impedir, eu vou te entender, eu vou...
Ela me beija, um beijo calmo, com gosto salgado, se ela soubesse o tanto de saudade que eu estava dela, o tanto de noite que eu fiquei acordado pensando se veria ela novamente.
Antonella: eu não vou a lugar nenhum, eu vou me curar de tudo isso P7, o único culpado de tudo isso que acontecei comigo tá morto, EU matei ele P7, EU matei com 47 facadas e não me arrependo.
P7: tu não sabe a saudade que eu tava de ti, do seu beijo, do seu toque, do som da sua voz. - ela passa as mãos pelo meu rosto. - eu te amo demais menina, tu não tem noção do quanto eu te amo.
Antonella: eu também te amo.- beijo ela mais uma vez.
(6 meses depois)
É passou uma cotinha já, minha dama tá quase cem por cento e já voltou pro corre, ela tá um pouco mais fria do que antes mas isso já era de se esperar, o meu neto nasceu mlk é lindão, nome dele é Luka homenagem do menó pra um dos cara que sempre fortaleceu a quebrada e que acabou subindo em um confronto.
Mudei de casa, tô em uma menor, só pra mim e minha dama, a outra casa deixei pra Luna e pra Luciana, essa aí mudou de vez pra cá, tá até de rolo com um cara aí, traficante da pesada, amigo nosso.
Dinho tá quase casado, mlk conheceu uma prima da Luna e se encantou pela mina, mina fortalece igual a Antonella, só espero que ela não pise na bola com ele, mlk é gente boa demais pra ser tirado duas vezes.
G3 perdeu a cabeça já, tá comendo Deus e o mundo, Luna falta lamber o chão que ele pisa, já chamei ela varia vezes pra conversar falar pra parar com isso e que ele não volta pra ela mas ela ainda insiste, o Arthur já tá um mlk esperto nem parece ter a idade que tem.
Entro no quarto e ela ainda está dormindo, coloco a bandeja do lado e sento perto dela, nem parece um furacão quando tá acordada.
P7: ei acorda.- beijo o pescoço dela, ela se arrepia.
Antonella: bom dia. - ela sorri.
P7: bom dia aniversariante.- entreguei uma bandeja pra ela, tinha frutas, cereal, suco, tudo o que ela gosta.
Antonella: vou ficar mal acostumada. - ela me dá um selinho.
P7: a gente vai comemorar seu aniversário só nós, só a família. - ela sorri e concorda.
Antonella: hoje é minha última sessão com o Júlio.- ela fala orgulhosa.
P7: minha pequena guerreira,- passo o polegar na bochecha dela. - tu vai pra sua sessão, eu vou buscar teu bolo ok?
Antonella: ok. - ela levanta, vai pro banheiro, sai enrolada em uma toalha, eu deito na cama e fico observando, ela passa hidratante, veste uma lingerie de renda que a deixa incrivelmente linda, põe um short, um tênis e por último uma blusa de moletom minha, faz um rabo de cavalo no cabelo, coloca a lente nos olhos, pega um lápis e passa com todo cuidado nos olhos, passa o rimel, um gloss que é extremamente caro, passa seu perfume que por coincidência é o meu favorito, põe a aliança de vinte e quatro quilates que eu dei.- tu não vai pegar meu bolo?
P7: vou. - sorri e sentei na cama. - eu só me distrai. - ela chega mais perto, passa os braços pelo meu pescoço e me beija, seu beijo com gosto de creme dental pra mim é a primeira maravilha do mundo.
Antonella: eu te amo.- ela sorri e me abraça.
P7: te amo o triplo.
Antonella: vou de moto tá? - assenti.
P7: o Gb e o Yuri vão atrás. - ela me dá um selinho pega a pistola e sai, vou pro banheiro me arrumo e vou pegar o bolo da minha princesa.
G3: e ae. - ele entra no carro, vai me ajudar a pegar o bolo.
P7: tá com cara de morto porque? - ele ri.
G3: noite foi agitada. - neguei com a cabeça, pegamos o bolo e fomos pra casa da Luna.
P7: boa boa. - beijo a cabeça da Luna e a testa da Lu.
Lu: bom dia, e aí tudo certo pra hoje?
P7: tudo nos conforme, facção vai tá em peso, só família nada de estranhos, segurança redobrada, bolo tá aqui. - g3 entra.
Lu: oi. - ela sorri, g3 beija a cabeça dela.
G3: boa boa tia, põe onde esse bolo aqui? - ele parece nem perceber a presença da luna.
Lu: na mesa ali por favor. - ele vai até a mesa e põe o bolo lá, Arthur vem correndo.
G3: e ae gigante. - ele pega o Arthur no colo e logo ri.
P7: Logo menos o povo chega tia. - ela assente e nos vamos saindo, Arthur chora.
G3: qual foi cara, tu tem que ficar, cuida da tua e da sua mãe pra mim, vou me arrumar e já volto. - Arthur e cara ele como se entendesse o que ele diz.
Saímos e fomos nos arrumar pra festa da minha pequena.
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Antonella
Novela JuvenilTá ligada aquelas histórias de princesas e príncipes, onde tem belos cavalos brancos e espadas? Então, aqui é tudo diferente, não tem príncipe tem apenas um puta traficante, não tem princesa tem uma menina curiosa, os cavalos são facilmente substitu...