Antonella

48° ANTONELLA

Esses dois tão achando que eu sou otária só pode, eu já tô na merda não vai adiantar sair agora.

Antonella: esse sócio é o Antônio Vilela, ele vai todo final de semana visitar a filha os Estados Unidos ele sempre traz coisas pra mulher dele de lá, a filha que ele tem é de outro casamento então quando ele volta de lá, ele traz o resto do dinheiro em vez da anta trocar por real ou então gastar por lá mesmo, ele simplesmente coloca no cofre que tem na casa dele, é aí que vocês entram, deve ter só mulher dele em casa ele tá na empresa e saí de lá às oito da noite, vocês montam o plano e ainda ganham uns dólares. - sorri e quando eu parei de falar eles me encararam.

P7: ela tá assistindo filme demais. - deu risada.

G3: certeza, não tenho dúvida nenhuma disso. - da risada também. O Dinho levanta e vai pra fora, eu vou atrás dele.

P7: ei onde você vai? - olhei sério pra ele.

Antonella: vou atrás de quem me leva a sério.- ele ficou sério e eu sai, o Dinho tava sentado. - tu sabe que eu quero ajudar né?

Dinho: sei baixinha, mas não posso fazer isso sozinho. - nós encaramos a rua.

Antonella: eu vou, - ele me olha e ri. - é sério Dinho eu conheço os horários, conheço casa, praticamente cresci lá, deixa eu ajudar.

Dinho: porra baixinha o P7 vai me matar se isso acontecer. - reviro os olhos e volto pra sala do P7.

Antonella: g3 deixa eu falar com ele por favor. - g3 levanta e sai.

P7: e aí o Dinho não quis fazer o assalto? - ele riu.

Antonella: só vim avisar que nós vamos fazer, - ele arqueia as sobrancelhas. - vai eu e ele só, eu só vim te avisar.

P7: você não tá nem louca de fazer uma coisa dessa. - saio da sala e ele, vou pra casa coloco um short uma blusa de frio preta e um tênis, eu sei tô ficando louca, mas acho que tá na hora de ter um pouquinho de ação na minha vida, peguei a chave da volvo e fui pra boca, desci do carro e tava o Dinho, G3 e P7. - onde tu vai? - o Dinho me olha e balança a cabeça.

Antonella: vou encontrar o Vitor, volto com a Yasmin.- falei dei um beijo nele e saí. Fui direto pra casa do sócio, uma casa grande, a única casa verde que tem na rua, sem câmeras, a empregada dona Luzia passa do lado do carro sentido ao mercadinho da esquina, vou pelo lado de trás, passo pela cozinha e vou pro escritório, meu coração tá na boca, batendo cada vez mais rápido, minha boca tá seca e minhas mãos tremem, engraçado é que no meu primeiro roubo eu tô desarmada e morrendo de medo, a porta se abre e eu me escondo.

xxx: aí Antônio porque você não pegou esse documentos, - ela fica em silêncio um tempo. - tá e qual é a senha desse maldito cofre, você sempre muda. - olho pro cofre vejo a senha e a esposa do sr Vilela sai do escritório. Pego o saco que tava no lixo, digito o código do cofre e pego todo o dinheiro que tinha lá, saio do escritório e vou pra parte de cima reviro tudo e não acho mais dinheiro, nas salas também sem cofre, continuo revirando tudo cenário perfeito pra um roubo, amanhã estarei na TV de novo, reviro a cozinha quebro tudo que vejo pela frente, saio e vou pro carro, jogo o saco embaixo do banco e vou pra escola da Yasmin, pego ela e vamos pro morro, conversando e cantando.

Antonella: amor espera aqui tá bom, mamãe já volta. - dei um beijo nela e entrei na boca, um vapor me olha assustado.

xxx: e aí patroa, satisfação Piolho. - sorri, acho que viu dar ideias de apelido de agora em diante.

Antonella: oi, Piolho o P7 tá aí? - ele fica pálido.

Piolho: tá em reunião com o g3 e o Dinho patroa. - eu passo reto e entro na sala, o P7 tá com uma menina, não é a Thay, mas aquela menina tá em cima dele e ele virando o rosto, o Piolho aparece atrás de mim e o P7 me vê.

P7: calma princesa, eu não fiquei com ela eu juro. - ele empurra a mina de cima dele, ela cai no chão e me encara, da risada.

Antonella: porra será que eu virei palhaça, todo mundo rindo da minha cara hoje, que caralho. - eu viro e pego a arma do Piolho.

P7: calma criança, tu não sabe usar isso da aqui vai. - eu reviro os olhos.

Antonella: porra hoje ce tirou o dia pra tira uma com a minha cara. - destravo e atiro na perna da mina, em menos de dois minutos tava os vapor, Dinho e g3 na sala do P7, todos olham pra minha cara e pra menina chorando no chão. - DP leva a moça pro hospital por favor. - falo encarando a menina.

Dp: pode deixar patroa. - pega a menina no colo e sai

Antonella: Piolho leva minha filha pra casa e o resto me deixa com o P7, g3 e o Dinho por favor.- eles saem e eu fico encarando o P7, e eles me encarando.

G3: eu posso saber o aconteceu? - lágrimas caíram, ele abre a boca pra falar.

Antonella: tá aqui. - coloquei o saco na mesa do P7. - vocês não quiseram fazer, então eu fiz, entrei na casa dele e fiz o que tinha que ser feito,- despejo todo o dinheiro na mesa. - trezentos mil dólares, mais de um milhão de reais pronto agora vocês não devem mais ninguém.

Dinho: tu é foda baixinha, o morro tá em dívida contigo. - limpei minhas lágrimas e sorri.

Antonella: não, eu moro aqui agora, sou parte de vocês eu mato e morro por qualquer um aqui. - encarei o P7 e sai.

G3: ei ei ei ei, pera aí criança. - ele pega no meu braço. - o que aconteceu, desde quando tu sabe atirar? - abracei ele e chorei.

Antonella: eu larguei tudo Biel, larguei tudo por causa dele, eu deixei uma empresa pra trás, deixei minha mãe, meu pai tudo por ele, eu roubei uma porra de um milhão de reais por ele, e quando eu viro as costas ele cata uma mina do morro? - ele me abraça forte.

G3: vai pra casa, esfria a cabeça e depois conversa com ele, ele ama você e ele não faria isso. - ele sorri. - principalmente agora que a gente sabe que tu aprendeu atirar nos outros. - abraço ele e vou pra casa, subo pro meu quarto e entro no banho, choro tudo o que eu tenho que chorar, saio e coloco uma camiseta dele prendo o cabelo e vou pra cozinha, olho no relógio são nove da noite.

Yasmin: mamãe cadê o papai? - perguntou quando eu entrei no quarto.

Antonella: tá na rua ainda meu amor, vem vamos dormir. - puxei ela ela é cobri, deitei do lado dela e dormir.

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Acordei no meu quarto, olhei em volta e o P7 não tava, sento na cama e fico pensando no que eu fiz, no que eu vi e em tudo que aconteceu.

P7: acho que a gente precisa conversar. - disse entrando no quarto.