31. Casa de repouso Vivant

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I

O dia estava nublado, Alyssa compassava na estreita calçada desgastada, seu coração martelava em seu peito e sua mente era um turbilhão caótico. Ao seu lado, Ethan, Max, Jason e Daniel pareciam preocupados, embora se mantivessem em silêncio. Alyssa era grata por isso, eles entendiam que ela precisava disso, precisava de espaço para tentar acalmar-se.

Há uma semana Ana havia localizado o paradeiro de sua mãe, há uma semana pesadelos atormentavam Alyssa, embora ainda estivessem no outono, muito longe da época em que havia se habituado a eles.

Alyssa lembrava claramente do dia em que recebeu a notícia.

Estava saindo do café com seus costumeiros fones de ouvido quando viu o carro importado de Ana estacionado à alguns metros, Alyssa olhou na direção do café, se certificando de que ninguém a havia visto. Abaixou-se na janela do motorista, Ana a olhou com o semblante sombrio e pediu que ela entrasse no carro.

Mesmo que sua casa fosse a poucos quarteirões de distância, Alyssa fez como lhe foi dito, Ana permaneceu em silêncio durante doto o trajeto, Alyssa preocupou-se que algo havia acontecido com sua avó, de modo que esperou que ela tomasse a iniciativa de falar.

Em seu apartamento, Ana retirou um notebook da bolsa e ligou uma videoconferência com os caras e Ethan, Daniel estava em seu próprio apartamento na ocasião, Max falava de seu celular, dentro de um banheiro, pela sua roupa Alyssa soube que estava trabalhando. Jason estava na sala de descanso da sede dos bombeiros e Ethan em seu escritório.

Ana retirou uma pasta da bolsa e olhou para Alyssa.

— Desde que você me contou sobre a história da sua mãe, eu venho procurando por ela do meu jeito, acontece que o nome que você me deu estava me levando a becos sem saída.

"Quando percebi que isso não me levaria a nada, comecei a fazer uma busca em torno de outro nome citado naqueles documentos, a assinatura do pagamento da conta do hospital e no depoimento do... incidente de seus pais quando você ainda era uma criança.

O fato de o mesmo nome ter aparecido duas vezes, sendo que uma delas deixava claro que sua mãe tinha algum tipo de relação estreita com esse homem, me fez voltar todas as esperanças para ele. Tive resultados, Dr. George O'Connell, que na época era o médico do hospital onde sua mãe foi internada".

Ana observava Alyssa atentamente, que por sua vez, estava com o cenho franzido, suas mãos em punhos fechados sobre o seu colo, havia gotículas de suor acima de seu lábio superior e ela estava pálida. Ana sabia que teria de falar tudo uma vez que começara, mas estava preocupada com a intensidade da reação de Alyssa.

— Penso que se tratava de um amigo, já que você me disse que vocês não tinham familiares vivos conhecidos, a última coisa que encontrei em nome de Katelyn Casey foi um registo de carteira assinada no mesmo ano em que ela assinou os papeis para a sua adoção, era na profissão de secretária, secretária do Dr. George O'Connell.

"Foi então que continuei aprofundando a investigação sobre o doutor e descobri que ele se casou naquele mesmo ano com uma mulher chamada Katelyn Muller. Eu estava entrando em um beco sem saída com a sua mãe porque ela mudou o sobrenome dela para o de solteira e eu não tenho como ter acesso a esse tipo de registros do governo. Pra dificultar ainda mais, logo após isso, Katelyn mudou seu sobrenome novamente para o de seu marido, tornando-se Katelyn O'Connell.

Katelyn foi casada com George durante anos até ele falecer, então ela passou seus bens para que um curador administrasse e internou-se em um asilo. Não sei o motivo, Katelyn tem cinquenta e seis anos atualmente, consideravelmente nova para interditar a si mesma e passar a viver no asilo".

Onde as lágrimas repousam [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora