Decisões II

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***Gabriel

Eu estava no quarto na companhia de Plínio. Meu namorado estava me ajudando a arrumar o local. Eu estava preparando as coisas para voltar para a sede do Clã Dos Vampiros na manhã seguinte.

Ele claramente não estava muito satisfeito com aquela situação, mas não havia outro jeito, era hora de pararmos de dividir o mesmo teto, e isso também estava me angustiando muito. Com toda a certeza, eu sentiria muita falta de passar mais tempo com aquele garoto que eu tanto amava.

Plínio, que estava com o rosto enfiado dentro do closet, virou repentinamente para mim, ele tinha uma expressão indignada no rosto:

- Poxa, Gabriel! Tem mesmo certeza que precisa ir?

- Já conversamos sobre isso, Plínio... - Questionei. - Você me disse que me entendia! Não me lembro de você ser tão mimado assim.

- Mas não entendo! E... Não sou mimado! - Ele revirou os olhos.

- Eu preciso... - Caminhei até a cama e fiz sinal para que ele se sentasse ao meu lado assim que me acomodei.

- Não venha querer me adoçar! - Ele sentou-se cruzando os braços.

- Posso falar agora? - Fiz um carinho na nuca dele.

- Vai, fala logo!

- Tem gente demais aqui. E também eu preciso ver como está a casa que funciona a sede. Depois daquele alagamento, aquilo lá deve estar precisando de uma boa reforma! E se fosse por mim, eu ficaria por você! Mas eu tenho que pensar nos membros do meu Clã, eu tenho minhas responsabilidades. Eles precisam de um canto pra eles, precisam de uma certa privacidade pra eles... E eu tenho obrigação de zelar pelo bem estar de cada um.

Plínio deu um suspiro, me abraçou e apoiou o queixo no meu ombro, em seguida sussurrou:

- É que eu me acostumei tanto com a gente passar tanto tempo juntos... Vou sentir muita falta. Mas eu entendo que como um bom líder, você tem suas obrigações.

- Pois é... Nem tudo são flores nesse negócio de liderar. Pra te ser honesto, eu diria que são mais espinhos. - Sorri.

- Seus companheiros de Clã não sabem a sorte que têm de ter você como líder deles. - Ele se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

- Para! Assim você me deixa até sem jeito, não sou tudo isso!

- É sim! Apesar de ser cabeça dura, você é super amigo, protetor, faz sempre o que pode para ajudar seus amigos... Ser sexy e bonitão é só um bônus.

- Seu bobo. - Comecei a rir. - Para de me elogiar assim, fico sem graça.

- Ora, ora! O senhor cheio de si fica sem jeito com meus elogios? Essa é nova!

- Eu ter autoconfiança e ficar fazendo piadinhas me enaltecendo é uma coisa, ouvir outra pessoa dizer é totalmente diferente, inaceitável pra mim. - Confessei.

- Mas pode ir se acostumando porque eu vou passar a te elogiar cada vez mais! - Plínio me empurrou e eu caí de costas no colchão. Em seguida ele começou a me beijar por várias partes do meu rosto dizendo coisas entre os intervalos. - Sempre que eu estiver com você... Eu vou te chamar de lindo... Atencioso... O melhor... O mais gostoso... O mais cheiroso!!!...

Eu segurei a cabeça dele com as duas mãos e dei um beijo ardente nele, daqueles que eu já sabia que o deixavam sem ar. Quando nossos rostos se afastaram, eu o olhei profundamente naqueles olhos cor de esmeralda e disse:

O Belo e O Fera: Despertar [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora