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Tudo parecia tão certo...
Agora eu só quero a minha vingança!
Eu estou dizendo a mim mesmo que eu não estou chorando por isso. Tudo parecia tão bom, nunca pensei que tudo poderia dar
errado.

Sejam bem-vindos a minha mente;
Eu fui pressionada ao meu limite, apenas fragmentos sobraram em minha cabeça, sejam bem-vindos a minha insanidade.

Eu sou sim uma prisioneira dos meus próprios pensamentos, aos poucos estou sendo consumida pelo ódio, já não consigo me reconhecer mais. Os meus valores estão apodrecendo, a sede cobrou o seu preço, tudo o que eu desejo é o vermelho escarlate do sangue dos meus inimigos. Vivo transitando por um pesadelo diário, devo arcar com o peso da minha vingança, então não desperdice as suas lágrimas comigo, afinal, eu sou apenas uma criança perdida. Uma criança perdida dentro do corpo de uma líder!

- Prontos para a batalha? - Questionei observando o semblante de todos presentes naquela sala. - Vitão? - Questionei vendo ele afirmar com a cabeça. - irmão? - Perguntei olhando para Dreicon.

- Eu estou mais que pronto! - Dreicon disse colocando a grande arma em seu ombro.
- Macedo? - Questionei chegando mais perto do homem musculoso. - Está pronto para se vingar? - Perguntei sarcástica. - Vamos nessa que hoje a vingança será feita. - Disse saindo da sala junto com os demais. - Vamos estourar essa merda toda! - Gritei indo ao carro que faríamos a fuga.

Eu sou forte... Eu sou forte... eu repetia isso milhares de vezes para que toda a minha força se me multiplicasse.
Sempre me orgulhei da minha capacidade de suportar, Me considero forte por isso, Apesar de ninguém dar nada por mim, eu sou mais forte do que todo mundo pensa.
Mas ainda sim, eu Sinto dor o tempo todo, e quase sempre não tenho onde me apoiar quando tudo dá errado, mas isso nunca me impediu de ficar de pé, nunca me impediu de continuar seguindo esse caminho perigoso até algo que não sei exatamente o que é. Às vezes eu caio, às vezes me sinto uma completa derrotada, Mas eu sigo, Sempre me mantive de cabeça erguida e de coração erguido.

******************

Nossa equipe havia localizado o inimigo há trinta minutos de onde estávamos, eles estavam se instalando em uma mansão na beira da praia em uma cidade próxima a Sydney.

Nos já havíamos vigiados eles tempo o bastante para saber que três pessoas eram o suficiente para conseguir derrubar quem realmente importava, Mas e o plano? Qual era o grande plano?

Macedo, vitao e Dreicon iriam entrar pelas portas do fundo, enquanto eu puxava a distração toda para mim entrando pela entrada principal, Eles iriam atacar pelas costas enquanto eu atacava pela frente, Todos sabiam de suas funções e das regras que precisavam ser seguidas a qualquer custo.

- Todos se lembram das regras certo? - Perguntei já me instalando em minha posição.
- Regra numero um: - Suspirei olhando para a grande casa. - Não matar o inimigo se você não for a Dayane. - Sorri sarcástica. - Regra numero dois: Nunca morrer! - Disse batendo no ombro de meu irmão sorrindo. - Por último e mais importante. - Regra numero três: Se alguém do time estiver em perigo, seguir em frente e deixar tudo para se salvar. - Falei olhando para o rosto de cada um deles. - Eu não vou deixar que vocês se machuquem. Então não se preocupem comigo, Entendido?
- Sim senhora! - Todos falaram juntos.
- Então Vamos logo com isso...

" Eu sou forte!"
Disse pra mim mesma, firmando a arma em minha cintura e adentrando a sala da casa que o inimigo estava.

- Você e seu egocentrismo achando que nunca seria achada. - Afirmei escorando no batente da porta. - Não se desespere ainda! - Afirmei fazendo sinal com as mãos para a mulher em minha frente. - Temos muito o que conversar!

- Dayane De Lima! - A mulher falou meu nome em um tom repugnante. - Eu já esperava a sua chegada. - Você realmente se parece com o seu papaizinho. - Ela soltou uma gargalhada sarcástica me encarando. - Se ele já não estivesse morto eu iria matar você na frente dele. - Ela Sorri. - Você é repugnante tanto quanto ele. - Ela disse pegando a arma em sua cintura.

- Não faça isso ainda! - Fiz uma cara de piedade. - Eu não terminei com você. - Falei puxando minha arma também. - Eu vou matar você primeiro, Se lembra? - Sorri sarcástica engatilhando a minha arma.

- Eu queria dizer o mesmo sobre você! - a mulher ruiva em minha frente suspira. - Mas me conte primeiro... Como foi para você ver as pessoas que você ama morrendo? - A ruiva mais velha  diz escorando no braço do sofá.

- Eu... - Cerrei meus punhos de raiva e a minha voz quase saiu engasgada. - Eu odeio você! - Gritei atirando para o teto vendo ela se assustar com o barulho. - Se assustou? - Sorri com a ironia que estava sendo usada dentro dessa conversa.

- Me diga como está a minha filha... - Ela gargalha maldosa novamente. - e minha irmã Rose? Como foi o velório dela?

- Rosalita...Rosalita... Não brinque com fogo, pois você vai se queimar. - Disse chegando mais perto dela. - A Caroline? Ela está melhor do que nunca. - Disse socando a cara dela no mesmo segundo. - Isso é por você ser quem você é. - Logo peguei minha pistola e atirei em seu joelho esquerdo. - Isso é por matar a Rose...

- Pare... - Ela gritou fazendo com que todos os seus capangas viessem até ela. - Ou você e seus amigos irão morrer todos. - Ela falou mostrando o controle de uma bomba que havia na casa. - Eu sei Que você não quer levar os seus amigos juntos de você não é? - Rosalita disse após ver os três presos presos nos braços de seus capangas. - Eu deixo eles irem se você ficar. - Ela sorriu sarcástica. - Quero ter você em minhas mãos, assim como fiz com o seu papaizinho. - Ela grita para que todos escutassem.

- Não! - Gritei também. - Eu não vou deixar você tirar mais ninguém de mim. - Gritei jogando minha arma no chão. - Deixe eles irem e eu serei sua. - Afirmei abrindo meus braços e me entregando.

- Seu pedido é uma ordem Lima! - Rosalita disse mandando seus soldados soltar meus amigos.

- Day? - Dreicon questionou perdido sem saber o que fazer. - Eu não posso deixar você aqui.

- Você vai me deixar aqui, Caso contrário todos nós vamos virar cinzas. - Suspirei quase me engasgando com o choro. - Cuide dela para mim. - Gritei para que todos ouvissem. - Diz a ela que eu a amo e que vou voltar! Eu prometo a vocês. - Disse piscando para que Dreicon entendesse o recado. Logo ele se retirou e eu pude comemorar, cada passo feito era apenas mais um peão caído para o grande xeque-mate.
Porque tudo que eu estava fazendo, fazia parte do meu grande plano de matar Rosalita... a mulher que matou o meu pai e todos aqueles que eu amava....

A chegada do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora