Não faça isso!

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A verdadeira questão é:
quanta verdade consigo suportar?

- Então! - ela se senta ao sofá, aponta para a parte a sua frente para eu me sentar. - Precisamos conversar! - Ao ouvir suas palavras meu coração aperta e faço o que ela pede. Caroline olha em meus olhos e fala - Eu sei de tudo! 

Não sei o que responder diante dessas palavras, então opto por ficar calada.
Após algum tempo me observando ela pousa sua mão sobre meu coração e diz - Está sentindo? Sim, eu estava, meu coração estava inundado de sentimento, sua imagem e sua voz em meu pensamento faziam meu coração acelerar e então algumas lágrimas rolam em meu rosto.

Carol logo então me abraça e sussurra em meu ouvido - Obrigada! - Questiono o porquê disso, e então ela completa sua frase

- Obrigada por aprender a lutar por ela, obrigada por lutar por alguém digno de receber amor. Obrigada por proteger e lutar pela minha mãe! - Ela para de falar ao perceber que estou chorando, seca minhas lágrimas com os polegares e continua. - Obrigado por lutar por quem te ama.

Eu dou um sorriso e pergunto o porquê ela veio até mim, Carol então me responde .

- Eu pensei muito bem sobre tudo e queria vir falar com você antes de qualquer coisa, mas isso não quer dizer que estou de acordo com tudo! - Caroline disse chorando.

- Como você descobriu? - questiono impressionada e assustada.
Carol então se aproxima do meu ouvido e sussurra

- Eu sei de tudo, lembra? - Ela olha em meus olhos - Você não consegue esconder mais nada de mim! - Sinto um nó em minha garganta com suas palavras. - Você daria a vida por ela. - Caroline já dizia - Tem prova de amor e de confiança mais bonita que essa? Minha mãe soube em quem confiar, e eu também sei! Mas eu estou abalada por tudo que você já fez.

Mais lágrimas caem dos meus olhos, e eu me lembro dela, de mim, de nós, de todas as missões e tudo que se fez presente no nosso passado. 

- Minha visita ainda não acabou fisicamente, mas ainda quero distância de você! - Caroline me solta a última frase, fazendo meu coração explodir de tristeza, logo se levantando e partindo para ir. 

- Não Carol! Por que? - A questiono sem entender.  - Não se vá!

- Você era uma drogada que matava sem dó nem piedade! - Ela começou a gritar. - E eu desistindo da vingança apenas por você! Eu sou muito burra.

- De quanto você sabe? Em? - Aumentei meu tom também.

- De tudo! Isso para mim já basta! Não consegui escutar mais nada sobre esse seu passado. - Ela chorava. - Eu nem me importo com as coisas que fiquei sabendo do meu.

- Você não sabe da missa metade, garota! - Afirmei- Não se engane com quem conta as coisas a você! - Disse passando a mão por meus cabelos. - Quem te contou tudo?

- Não é da sua conta! - Ela disse se aproximando. - Minha vida, minhas regras!

- Não seja tão arrogante ao ponto! - Gritei novamente.

- Tem mais algo que preciso saber? Me diga! - Caroline gritava comigo. 

- Tem milhares de coisas, Carol! - Eu a esse momento já chorava. - Sobre você também.

- Eu já sei que não sou filha Da Rose! - Caroline afirmava isso com dor, dor em seus olhos e em seu coração. - De você quero distância! Fui clara? Você mentiu para mim! Isso eu não perdoo nunca. - Ela disse em direção a porta. - Some da minha vida!

- Não faz isso. - Disse em um sussurro travado. - Me deixa explicar, por favor! E se você ainda quiser partir, eu ajudo você a fazer as malas.

- Não quero saber, fui clara? - Caroline grita comigo novamente.

A chegada do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora