Baby

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Eu gosto, à noite, de escutar as estrelas.

- Amor, o bolo está levemente queimado. - Carol disse enquanto dava uma garfada no bolo recheado com recheio de morango.

- Caroline. - Sorri irônica. - você me fez acordar quatro da madrugada só para preparar o bolo que você ama para você. - Disse sorrindo sem graça. - Eu não conseguia nem ler a receita direito. - Falei revirando os olhos.

- Mas amor, eu estou grávida de nove meses. - Ela diz fazendo birra. - Você devia ter mais paciência comigo sabia? - Ela diz ressentida prestando mais atenção ao seu prato com o bolo.

- Ohhh meu dengo! - Falei dando vários beijinhos em seu rosto. - Me desculpe, é que eu não sei muito bem sobre essas coisas de hormônios. - Falei dando de ombros. - Eu te amo e prometo fazer de tudo para você não ficar triste. - Afirmei deixando um beijo casto em seus lábios. - agora vamos logo voltar a dormir.

Então de mansinho ela vem ao meu lado, olha para baixo e depois me olha de banda, sorri largo exibindo suas imperceptíveis covinhas que são adoráveis para mim. - Ok, talvez ela faça isso para me torturar. - É bem capaz.
Com esses olhos de felina que ficam difíceis de sondar, mas eu ainda sentindo que sou sondada por aquele olhar. De repente então ela sugeriu uma história repentina, que eu pensei que sempre odiaria, mas, que por ela eu aprendi a amar.

Abri os olhos devagar, me arrependendo no mesmo instante assim que os raios de sol foram diretos ao me rosto, me fazendo querer matar seja lá quem estivesse batendo campainha na minha casa em plena sete da manhã.

- Amor, vai atender a porta. - Caroline disse virando para o outro lado voltando a dormir, me fazendo ter inveja da mesma.

Me levantei da cama com dificuldade, calçando meus chinelos e indo em direção à porta, xingando de todos os palavrões possíveis quem estivesse ali.

- Surpresa.- Escutei um grito animado e logo um corpo sendo jogado contra mim.
Assim que o corpo se chocou ao meu, pude sentir o perfume de morango vindo de seus cabelos, logo me fazendo arregalar os olhos ao reconhecer aquele aroma.

- Não acredito.- Murmurei entre seus cabelos enquanto lhe abraçava o mais forte possível. - Como chegou até aqui?- Perguntei desentendida a mulher em minha frente.

- Ah, Lima, não me faça responder a uma pergunta idiota dessas.- Ela Disse enquanto empurrava suas malas, entrando na casa.
Revirei os olhos para sua ironia, que por incrível que pareça estava me fazendo falta, enquanto fechava a porta. - Eu sempre consigo o que eu quero. - Ela afirmou com um sorriso estampado na cara.

- Mas, como você está, como você está aqui? - a perguntei sem entender nada.

- Eu consegui alguns meses de folga, pois mandei fazer algumas reformas na empresa, então os funcionários foram dispensados por esse tempinho. - Ela Disse sentada no sofá. - E eu pensei em passar esses meses por aqui. - Ela sorriu de canto. - Eu estava com saudades.

- Meu Deus, eu também estava! - Falei escorando na pilastra da sala, encarando a mulher morena em minha frente. - Faz quanto tempo que a gente não conversa? - Perguntei desacreditada.

- Amor, quem é o ser humano insuportável que estava tocando campainha a essa hora? - Carol pergunta alto enquanto adentra a enorme sala da nossa casa. - Aí meu Deus, Haylley? - Ela disse com um sorriso estampado no rosto.

- Carolzinha? - Haylley disse indo de encontro para um abraço com minha mulher. - você está maravilhosa Grávida. - Ela sorri. - Me sinto orgulhosa da família que vocês estão se tornando.

- Por onde você andou mulher? - Caroline perguntou a Haylley. - você sumiu por meses.

- Por que não perguntou para essa mulher ao seu lado? - Ela diz certa. - Ela sempre sabe por onde eu ando. -

- Haylley, Haylley, eu ainda não sei porque você não apareceu antes.

- Eu estava em Malibu, em minha nova mansão milionária. - Ela diz sorridente. - A filial da empresa de Dayane, está sendo dirigida por mim, por isso eu andei sumida.... - Ela disse orgulhosa. - Eu agora sou uma mulher de negócios.

- Eu fico feliz por isso, já que você sempre andou perdida por ai. - Eu Dayane falei a Haylley. - Pelo menos você conseguiu achar o seu norte.

- O meu norte, ele sempre foi você minha amiga... - Ela disse sorrindo indo para perto de Carol.

- E esse garotão? Como ele está? - Haylley perguntou animada acariciando a barriga de minha noiva. - Estou animada para poder ver a carinha desse meu afilhado.

- Ele está melhor do que nunca, e mais animado ainda para sair daqui de dentro - Caroline afirma animada.

- Qual vai ser o nome do pestinha? - Haylley perguntou curiosa. - Se puxar a teimosia da Carol, podemos nos preparar.

- Alexander Biazin Limns - Falei sorrindo ao pronunciar o nome do meu filho.

- "homens que defendem" ou "protetor da humanidade". Vem do grego (alexo), que significa "defender, ajudar". - Haylley disse completando o significado completo do nome de origem do meu sucessor.

- Como o antigo Rei Alexander! - Falei piscando para Haylley, sabendo que ela entenderia a referência.

- Para que essa piscadinha? - Caroline disse ao perceber que tínhamos trocado referência.

- Essa história a gente deixa para a próxima Fic Carol. - Disse abraçando a minha mulher de lado. - Ela é importante demais para ser resumida em pequenas linhas. - Falei deixando um beijo em sua bochecha.

- Isso tudo me parece com uma ironia do destino.

A chegada do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora