A chegada do Outono

It's me baby.

A vida já valeu só por ter te conhecido!

Haylley POV:

Meu nome é Haylley e eu sou um acidente de trânsito humano. Eu sei... Eu sei que sou feita de desastres e escolhas mal feitas, resumindo, uma pessoa bem mais ou menos. Minha vida é feita de esbarros, uma pitada saudade e uma coleção de decepções. Posso apostar mesmo sem saber que há alguém melhor do que eu por aí, porque sou aquela pessoa otimista que está ao contrário que parece que vive a vida do lado avesso. Eu nasci com a sorte casada com o azar, mas nunca fui de ter os dois ao mesmo tempo, embora eu considere ter tido tudo por mero acaso da vida. As coisas tem tudo pra dar certo mas como sou eu, pode não dar. Então sigo com essa bagagem bem meia boca esperando um tropeço, pra ficar ali no chão e usar de desculpa. Quem sabe alguém passe por cima ou aconteça um milagre e eu continue andando. Afinal seguir em frente dói, mas desistir te destrói mais ainda.

- Oi Estive! - Atendi o meu celular já sabendo que algo de ruim havia acontecido. - Me diz que está tudo bem por aí. - Suspirei preocupada.

- Haylley! Eu queria poder dizer que sim. - O homem indaga do outro lado da linha. - A Agente Lima pediu que eu realizasse essa ligação para armar a tropa.

- Me explique isso corretamente Estive! - Gritei já sem paciência alguma. - É a Vida Da minha melhor amiga que está em jogo e eu espero que você trabalhe direito pois quem morrerá vai ser você. - Falei em um fôlego único.

Vocês aí devem estar se perguntando quem diabos é Estive. Estou certa?

Estive é o comparsa de Dayane que está infiltrado dentro da equipe de Rosalita, a arqui-inimiga de mesma. Ele está dentro da casa com ela para passar as informações para o resto da equipe que está localizada aqui...
Caso vocês ainda estejam confusos, eu digo que se ele me ligou foi porque Dayane está correndo um grande perigo, ou seja, precisamos correr para que possamos salvar aquela mulher.

- Haylley, Dayane exige vocês aqui Assim que a noite chegar. - Ele afirmou baixinho. - Não ouse em trazer a Namorada dela até aqui. - Estive fala mais baixo ainda. - É muito perigoso e Dayane disse que alguém vai morrer.

- Ninguém vai morrer hoje. Avise ela que estaremos aí o quanto antes. - Afirmei desligando o celular.

Eu sei... Eu sei... A força dela pode até se esgotar, mas a esperança, por mais pequena que seja, é a que nos move todos os dias na espera que tudo dê certo. Sei que pode ser algo otimista ou apenas um encheção de linguiça, mas não posso negar que todas as dores que ela sofreu quando criança foram um aprendizado a ela... E todos nós Sabemos que agora colocar o dedo na tomada, correr sem olhar para o chão ou ao redor não é uma boa ideia. E Por mais que doa agora, existe uma esperança, uma saída de que tudo não passa apenas de um momento ruim que um dia irá de ser uma aula de sobrevivência.

- Onde quer que esteja agora Dayane. - Suspirei sentindo o nó se formar em minha garganta. - Suspirei achando coragem. - Erga a sua cabeça e coloque o medo no bolso e siga. Continuar é um ato de amor próprio, e dependendo do caminho que você vai tomar, continuar se tornará um ato de amor com o próximo. Então, continue apesar das dores. - Afirmei olhando para o teto. - Não desista agora!

- O que aconteceu? - Pude observar uma Caroline desesperada e toda largada adentrar o quarto. - É a Day?

- Queria poder te dizer uma coisa boa mas infelizmente não posso! - Suspirei chegando mais perto dela. - A Day realmente pode estar em perigo.

- Ela o que? - Caroline questionou desesperada.

- Isso que você escutou! - Afirmei vendo ela começar a se tremer.

- Você tinha me dito que ela sabia do que estava fazendo. - Senti um empurrão em meu ombro. - Você me disse que tudo estava sobre total controle. - Senti mais um empurrão vindo dela. - Quando eu disse que queria ir atrás dela minguem me escutou. - Caroline já gritava. - Agora você vem me dizer isso? - Ela gritou comigo logo me empurrando mais forte.

- Hey. Hey. - Suspirei correndo para abraçá-la.

- Não é justo tudo isso... - Ela disse já chorando.

- A gente vai salvar ela ok? - Suspirei abraçando ela mais ainda. - Vai dar tudo certo e a gente vai sair de lá bem. Ok? - Sorri tentando tranquilizar a mulher em minha frente.

- Eu preciso salvar ela. E eu vou salvar ela...- Caroline afirma com um sorriso maldoso no rosto junto a um olhar de vingança.

Eu andava pela enorme casa com uma garrafa de água na mão, devaneando pelos cômodos imprensados e pelos móveis bem planejados, algumas músicas tocavam o topo da minha mente e coração, introduzindo pela melodia as palavras em meu corpo e pulmão. A casa continuava a mesma... - Merda - . Assim ficava complicado tentar esquecer. Eu não conseguia Acreditar que até aquela mania boba que ela tinha de deixar o controle da TV em cima do receptor ninguém conseguiu largar?... Tá, eu sei que ela conhecia tudo sobre nós! E que não precisávamos segurar à dor conosco. sei que Não precisávamos carregar o peso do mundo nos nossos ombros, porque ela sempre estará lá por nós. - É a minha hora de te ajudar! - digo baixinho quando relembro das palavras de Day para mim.

"Não importa onde você esteja ou com quem esteja, eu espero que você me leve sempre em seu coração, mesmo que seja dentro de uma caixa jogada no fundo da gaveta. Porque eu irei te levar para sempre em meu coração e em cada esquina lembrarei da nossa amizade e de nossas boas risadas. Serei grata a vida por ter me dando o prazer de ter te conhecido e espero que nunca esqueça que mesmo distante, mesmo a gente não tendo mais nenhum contato você sempre poderá contar comigo. Você sempre terá um abrigo." - Relembro quando relembro as palavras de Day. - Agora é a minha vez de salvar você. assim como você me salvou. - pensei sorrindo ao lembrar do quanto eu amava aquela mulher...

- Caroline! - Gritei de onde estava. Caroline! - Berrei de novo e logo em seguida puder ver a ruiva adentrar a sala correndo. - Está pronta para salvar a sua mulher? - Ri sarcástica para ela. - Se prepare pois iremos a guerra garota...