Cap 17 - Pesadelo de Olhos Abertos

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Havia um cheiro forte, denso, de sal, de peixe, de decomposição.

Era como se estivesse na praia, no cais de Velaris, onde esteve apenas uma vez quando seu pai a levou para conhecer todos os lugares da Cidade de Luz Estelar, por mais feio que fosse.

"Essa cidade a pertence, minha princesa! Com todos os seus encantos e desencantos!" -

Exclamou a voz profunda que sempre calava os seus temores, que a confortava.

A voz cheia de autoridade de seu amado pai

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A voz cheia de autoridade de seu amado pai.

Ela reclamara da feiura do lugar, do cheio nauseabundo.

Mas em nada ali parecia ser Velaris, mesmo em seus cantos sujos.

Havia uma escuridão sufocante, de ar estagnado.

O cheiro repugnante de corpos sujos, de imundície, se misturava ao cheiro salgado do mar.

E depois do olfato, fora o seu tato que recebeu as novas impressões.

Havia dor, muita dor em cada centímetro do seu corpo, especialmente nas suas articulações, onde seus ossos despontavam sob a pele fina e delicada.

A sensação de ardência em suas costas veio de mansinho, lá de longe, de um ponto específico em cada omoplata.

Não pôde compreender direito o que era aquela dor, nem sentir toda a sua extensão, quando a sua cabeça latejava nas têmporas, inchada como se estivesse recheada com algodão molhado.

E ela queimava inteira em uma febre escaldante.

Com a pouca força que sentia em seus braços, ergueu-se com dolorosa lentidão

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Com a pouca força que sentia em seus braços, ergueu-se com dolorosa lentidão.

Havia algo minimamente macio sob o seu corpo, porém, ainda assim, era possível sentir a dureza daquele lugar onde estava deitada.

Somente percebeu que se tratava de um catre miserável quando conseguiu sentar e suas pernas penderam, balançando até as pontas dos seus pés descalços encontrarem o chão gelado e áspero.

Quando finalmente sua consciência despertou para a realidade, foi como ser jogada num caldeirão fervente no inferno.

Todas as dores em seu corpo explodiram de uma só vez.

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