Cap. 42 - Sem Tempo, Sem Vontade

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O máximo que Azriel conseguiu se materializar próximo ao Templo de Seiryû foi no Bosque dos Pessegueiros, na outra margem do córrego

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O máximo que Azriel conseguiu se materializar próximo ao Templo de Seiryû foi no Bosque dos Pessegueiros, na outra margem do córrego.

Ele não percebera que havia salvaguardas poderosas no entorno dos templos, impedindo que atravessasse para dentro da construção, sequer na entrada.

Com um leve impulso, pulou os três metros que separavam uma margem da outra, mal fazendo o mínimo ruído ao tocar os pés calçados por alpargatas no chão de lajotas.

Prestando atenção, foi então capaz de perceber a redoma vibratória que protegia o perímetro dos templos.

Era sutil e poderosa ao mesmo tempo, permeada com energias espirituais que ele não compreendia, mas acreditava que ali estavam para repelir invasores sombrios como ele.

“Só se for para repelir espíritos e demônios, pois não faz sentido uma salvaguarda se é possível entrar fisicamente sem problemas...” – Murmurou.

Assim que começou a subir a pequena elevação gramada, as lembranças do dia anterior teimaram em incomodá-lo.

Quase ouviu a jovem proferindo a sua sentença contra Cassian, de que “não haveria uma próxima vez”. Tal qual Rigel, há 208 anos, lhe dissera que “não haveria um mais tarde”... e não houve mesmo, de fato. Nunca mais.

E aquilo doeu mais uma vez

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E aquilo doeu mais uma vez. Suas cicatrizes estavam abertas de novo... ou nunca se fecharam de verdade.

Ele deve ter jogado a saudade e a culpa para tão dentro de si que pensou não mais existir a dor. No entanto, a dor permanecia nele, em estado latente, até ter encontrado o gatilho que a fizesse eclodir como fosse uma doença.

Sacudiu a cabeça, tentando se desvencilhar de tais lembranças. De nada mais adiantava aquilo. Por mais culpa e remorso que sentisse, isso nunca mudaria o fato de Rigel estar morta. Mesmo que ele próprio entregasse sua vida em expiação à essa culpa, ainda assim Rigel permaneceria morta.

Quando chegou à metade da subida, encontrou em pé, à saída dos fundos do templo, a figura magra, de estatura média, trajando vestes rústicas de cores escuras. Quando percebeu que Azriel o havia notado, Himura se dobrou em uma mesura, mantendo os braços cruzados sob as mangas largas do quimono, descendo a pequena elevação em seguida.

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