Cap. 80 - Nada Se Oculta Sob O Sol

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Era fim de tarde e os últimos raios de sol incidiam sobre as lombadas de couro dos livros antigos, refletindo no piso de pedra branca polida, tornando quase impossível enxergar ali com tanta luz e brilhos difusos.

Era fim de tarde e os últimos raios de sol incidiam sobre as lombadas de couro dos livros antigos, refletindo no piso de pedra branca polida, tornando quase impossível enxergar ali com tanta luz e brilhos difusos

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Mas ele preferia assim a se fechar com aquelas cortinas pesadas e escuras. De peso e escuridão já bastavam todos os seus mais de trezentos anos.

Todos, até mesmo seus amigos íntimos, pensavam que ele preferia a noite e a penumbra, pois fora assim que sempre se mostrou, especialmente por viver mergulhado em sombras.

Azriel descansava recostado ao espaldar alto e fino da cadeira feita especialmente para o uso de illyrianos, um presente dado por sua Senhora. Afinal, como ela mesma dissera, a biblioteca era o local onde ele mais passava o tempo enquanto estava no Palácio de Pedra da Lua, e era muito desconfortável estudar com as costas arqueadas e as asas esticadas.

Sobre a mesa longa, de madeira escura, estavam mapas e anotações. Da posição em que estava, conseguia ver o círculo alaranjado do sol sumindo por entre nuvens vespertinas e picos nevados.

Sua introspecção foi quebrada com o ranger da porta sendo aberta, precedido por passos leves que mal faziam barulho.

Azriel arqueou as sobrancelhas em estranhamento quando Rigel entrou na biblioteca sem ao menos lhe dirigir o mínimo olhar.

Ela estava anormalmente séria e compenetrada, seguindo decidida para as prateleiras ao fundo do salão, onde ficavam os livros mais antigos e menos acessados – livros sobre Magia e Ciências da Mente.

Rigel olhou longa e lentamente para cada lombada de livro, começando pela prateleira mais baixa. Com os dedos delicados, alisava as letras em alto relevo, algumas ainda contendo o douramento original.

A maioria, no entanto, ela não conseguia compreender o que estava escrito – era uma linguagem estranha, antiga. Frustrada, arqueou o pescoço para trás, olhando de alto a baixo da estante.

Tinha certeza de encontrar ali o que precisava. Mas ficou com muita raiva por não compreender a maioria das palavras, prometendo a si que faria todo o esforço do mundo para aprender o maior número possível de línguas e idiomas.

 Mas ficou com muita raiva por não compreender a maioria das palavras, prometendo a si que faria todo o esforço do mundo para aprender o maior número possível de línguas e idiomas

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“Precisa de ajuda, Solzinho?”

“Azzy?”

Pela primeira vez em doze anos, Rigel não percebera a presença de Azriel, e aquilo causou um frio em seu estômago. No entanto, o Encantador de Sombras sorriu complacente, levantando-se e seguindo até ela.

“Se a conheço bem, posso apostar que há um turbilhão de dúvidas rodando dentro dessa cabecinha...”

Rigel baixou a vista para os próprios pés quando Azriel parou ao seu lado, ajoelhando-se no chão para ficar ao mesmo nível dos olhos dela.

“O que aconteceu?” – A alegria que sempre sentia na presença da menina se dissipou ante a preocupação. Rigel não estava se comportando de forma normal.

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