Cap. 76 - Laço de Parceria?!

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A manhã de segunda-feira, o Dia Lunar, se esvaiu num piscar de olhos, e a tarde se iniciava serena e quente.

Shēnxiù Qī terminava de vestir o fardamento oficial, ajustando as manoplas em seus punhos, refletindo sobre tudo que já havia acontecido em apenas duas semanas do famigerado evento. Ainda havia mais duas semanas pela frente e o tempo jamais lhe pareceu tão longo. Naquele momento, acreditava que seria impossível que os poucos dias restantes para o fim do evento passassem. E tinha certeza que deixariam sequelas eternas.

 E tinha certeza que deixariam sequelas eternas

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Ajoelhou-se ao lado de sua cama. O farfalhar do quimono e do saiote de couro e metais era todo o som que preenchia o quarto vazio. O tagarelar excitado de Ziyi, que vinha da sala, parecia tão distante quanto o gorjeio dos pássaros que pulavam de uma vegetação a outra no jardim. De debaixo da cama, Shēnxiù Qī puxou uma caixa alongada de madeira escura e metal, toda trabalhada em intrínsecos arabescos florais e figuras do Deus-Dragão Seiryu.

Reagindo à identidade energética de Shēnxiù Qī, as duas trancas se abriram magicamente num clique. A feérica levantou a tampa de forma solene, expondo diante de si o conteúdo da maleta estreita e alongada: duas espadas longas, sendo que apenas uma estava acomodada sobre suportes. A bainha em couro rígido era toda trabalhada com prata, tendo os mesmo símbolos magísticos gravados na empunhadura robusta e na guarda, ambos em metal branco.

Tratava-se de Meteoro, irmã gêmea da desaparecida Eclipse, o lendário Sabre Dao forjado por Tengus e que foi o responsável por esviscerar e decapitar Onigen

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Tratava-se de Meteoro, irmã gêmea da desaparecida Eclipse, o lendário Sabre Dao forjado por Tengus e que foi o responsável por esviscerar e decapitar Onigen.

Com solenidade, Shēnxiù Qī puxou a bainha, revelando a lâmina cinzenta e brilhante, com símbolos gravados no metal. Era longa, semi curva, com a extremidade mais larga, se assemelhando à Cimitarra. Aquela espada não era usada há oitenta anos, desde o fim do Bakumatsu, com a vitória na Batalha Boshin. Mesmo não se atrevendo mais a usá-la, a jovem sempre a trazia consigo para onde fosse, como uma espécie de amuleto de proteção.

Retornou a lâmina à bainha, fazendo o estridente som de atritos entre os metais, devolvendo aos suportes de madeira acoplados à maleta.

Humildemente, ao fundo, havia uma Katana, cuja bainha desgastada estava envolvida por uma peça surrada de algodão. Porém, Shēnxiù Qī a ergueu com a mesma solenidade dispensada à Meteoro.

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