Capítulo Trinta e Dois

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Baby you're like lightning in a bottle
I can't let you go now that I got itAnd all
I need is to be struck by your electric love

Borns – Electric love

Os primeiros raios de sol iluminam o quarto, através do tecido fino das cortinas que cobrem as enormes janelas despertando Tomas de um breve cochilo, pois a madrugada foi dedicada unicamente para satisfaze-la. Ele a observa adormecida em seus braços, rezando para que tudo não tenha sido um sonho, porque morreria se acordasse do sonho que mais almejou desde que falou com ela a última vez em João Pessoa.

Tomas nunca deixou de ver Estella ao longo dos anos, sempre acompanhou de perto cada desfile que podia, cada noticia, cada passo da carreira de modelo que só crescia mais e mais. Ele se considera o fã número um de Estella e, talvez, seja mesmo. Nunca se quer duvidou de que ela chegaria longe, mas admite para si mesmo o quanto ficou surpreso quando soube notícias dela depois de meses, em um tabloide que a indicava como uma das maiores apostas no mundo da moda.

Tudo parecia tão bem estar ocorrendo tão bem a cada clique que via dela, jamais imaginaria que a realidade era outra. Uma gestação repleta de inseguranças seguida de uma depressão pós-parto, enquanto ele estava empenhado a reerguer as vinícolas deixas pela mãe.

Alana e Tomas se tornaram amigos, mesmo percebendo que ela ainda nutria um sentimento por ele, mas as coisas não poderiam ser mais como antes e, por isso, deveriam seguir por caminhos diferentes em questão de envolvimento, pois quando se trata de trabalho, ambas trabalham muito bem juntos. Alana tornou-se sua secretária pessoal e acompanhante em viagens importantes fora do país, já que Helia não viaja em aviões ou helicópteros.

As pálpebras de Estella se abrem despertando-a do sono, os lábios volumosos dela se curvam em um sorriso no momento em que seus olhos encontram os de Tomas.

Ele acaricia lentamente o rosto dela apreciando a maciez de sua pele clara.

— Você ao menos dormiu? — Questiona ela com uma voz preguiçosa de sono.

— Melhor do que eu imaginava. — Os dedos adentram os fios ondulados e castanhos dela. — Eu quero tanto ficar deitado com você o dia inteiro fazendo amor. Você não tem ideia o quanto eu esperei para viver esse momento de novo.

— Então fique. — Acaricia as linhas que formam a tatuagem do girassol no pescoço de Tomas.

— Eu tenho uma viagem marcada às dez da manhã para a Itália. — Deposita um beijo no seio desnudo dela. — A não ser que você queira ir comigo. — Abocanha o mamilo tirando um profundo suspiro de Estella. — E o Tales também.

Ela sorri tomando a boca dele em um beijo.

— Vai ser uma louca para fazer as malas tão rápido.

— É apenas uma viagem de três dias, não é preciso levar muitas coisas.

Estella morde o lábio inferior pensativa, até que diz travessa:

— Eu vou precisar de um celular, deixei o meu no quarto do Daniel.

Tomas se vira pega o celular na mesinha ao lado da cama e a entrega. Estella, logo, digita o número de Mirela e faz a chamada.

Alo?

— Mi, sou eu, Estella.

Mudou de número desde quando?

— Esse celular não é meu. — Deixa uma risadinha escapar. — Escuta, vou precisar de um favor seu.

O DUPLO GOSTO DE UM GIRASSOL Onde histórias criam vida. Descubra agora