How the hell did we end up like this?You bring out the beast in meI fell in love from the moment we kissedSince then we've been history
Sleeping With Sirens - If I'm James Dean, Then You're Audrey Hepburn
Após colocar a última peça de roupa, Estella passa o zíper ao redor fechando-a. Ela escuta a porta sendo aberta virando-se para trás, mas tudo que ver é Daniel, um ser que nem a surpreende mais.
Com o cenho enrugado, Daniel questiona:
— Por que você fez essa mala? Estella, o que está acontecendo?
Esperar que ele não tornasse as coisas mais difíceis é de fato um desafio, o que custa chegar e falar logo à verdade? Será que não está na cara que Estella já sabe de tudo?
O sangue ferve nas veias de Estella, se tem uma coisa que odeia mais do que mentira, é cinismo. Ela cruza os braços e o lança um olhar frio, mesmo que sua cabeça esteja explodindo de raiva.
— Eu vou te dá a oportunidade de responder antes mesmo que eu diga. Por que você quer tanto se casar comigo?
— Porque eu te amo. Será que não é óbvio? Eu já não demonstrei o suficiente o quanto eu te amo?
As mãos de Estella se fecham, sedentas para deixar uma marca bem no olho esquerdo de Daniel. Infeliz. Ainda tem a cara de pau de se fazer de homem amoroso, quando é na verdade é um baita de um traidor nojento.
— Pelo que sei, faz tempo que você tem um caso com Jaqui, ou vai se fazer de sonso com isso também?
— O que? Isso é um absurdo. Ela é sua amiga. Eu acho que você está ficando maluca.
Ah! Desgraçado.
Deveria mesmo deferir um soco no rosto desse infeliz, pensa Estella. Sua vontade é desfigurar a face de Daniel só para lhe dar a certeza do quão louca ela está, mas Estella é mais generosa no momento em que abre a mão fazendo-a ganhar impulso a ponto de sua mão cortar o ar e parar bem no lado esquerdo do rosto dele, o fazendo girar a cabeça para o lado.
Daniel leva a mão ao nariz, notando que desce um líquido. Está incrédulo, uma mulher com o físico de Estella jamais conseguiria tirar sangue de um homem como ele, mas basta ver o sangue em suas mãos para perceber que está errado. Ele levanta a cabeça a fuzilando com os olhos, pois nem mesmo seu pai fora capaz de tirar uma gota de sangue dele.
— Para de se fazer de sínico comigo! — Reverbera. — Seja sincero ao menos uma vez! — Ela bate no próprio peito. — Eu sei de você e o quanto você me fez de idiota. Eu não sei o que se passa por essa merda que você chama de cabeça, mas nunca mais chega perto de mim. Nunca!
— Você não entendeu nada. — Daniel tenta manter o controle em seu tom de voz, mas Estella sabe que ele a odeia a partir de agora. — Jaqui foi apenas um deslize, não significa nada para mim. Eu pensei que você não fosse se importa, por isso, resolvi não te contar. Me entenda, meu amor. Por favor.
Nojento!
Chega a ser grotesco o quanto Daniel consegue manter tamanho cinismo. Em que momento passou pela cabeça dele que Estella não se importaria com uma traição? Céus! E com Jaqui, uma das pessoas que considerou durante anos como sua melhor amiga.
Estella comprime os lábios sorrindo de tanta raiva, pois se a dissessem que é personagem de um show em um circo, provavelmente não contestaria. Então, ela puxa a mala colocando-a em pé sobre o chão e diz:
— Você não tem direito de exigir que eu te entenda, seu lixo. Eu nunca amei você e em momento nenhum serviu de alguma coisa para mim. Eu até esperava que pudesse ser muito mais do que o homem que conheci, mas não passa de um pedaço de bosta em decomposição. Agora sai da minha frente, não aguento mais olhara par essa sua cara de merda.
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O Duplo Gosto De Um Girassol
Teen FictionEm busca de manter-se longe da conturbada vida pessoal, Tomas decide ir a João Pessoa no intuito de entregar a carta deixada por sua falecida mãe, só não esperava que uma noite na balada fizesse seu caminho cruzar com o de Estella. Uma garota sensív...