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2016

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2016

- Garota, da um tempo - disse, sentindo Gabriela pular em cima de mim.

- Acorda, filha. Dia ta lindo, bora correr na praia. - encarei ela, que riu.

- Nem fudendo.

- Eu sei que você é uma deusa do Ébano e que não precisa disso, mas ajude sua amiga, que é uma mera mortal, a ficar gatinha no carnaval. - eu não respondi, mas senti que ela me encarava.

- Você não vai desistir enquanto eu não for, né?

- Não - eu revirei os olhos e levantei, enquanto ela comemorava. Fui para o banheiro, fiz minhas higienes, me troquei e fui pra cozinha, vendo ela sentada junto com o tio Carlos.

- Bom dia, tio - Beijei a testa dele.

- Bom dia, filhota. - Sentei ao seu lado, pegando uma maçã. - E aí, pra onde as bonitas vão hoje? - ele perguntou.

- Dom Room - Gabi respondeu e eu a olhei com as sobrancelhas arqueadas. - Luiz acabou de mandar mensagem convidando.

- Vai ter o que lá? - perguntei, comendo uma maçã.

- Thiaguinho.

- Ok, acho que vale o esforço - ela riu.

- Fico feliz em ver você saindo de novo, meu amor. Ver esse seu sorrisão de volta, sua alegria, principalmente depois de tudo o que passou. - eu sorri.

- Uma hora a gente tem que seguir em frente, né tio? Tirando que essa sua filha é ligado no 220, não me deixa quieta - eles riram.

- Ah Izoca, mês que vem você nem vai mais estar com a gente, que tipo de amiga eu seria se não te fizesse curtir esse ultimo mês aqui no Brasil? Vamos sair todo dia sim - eu ri e balancei a cabeça negativamente. Realmente fazia muito tempo que eu não saia. Sempre amei sair, me divertir, sou tão ligada no 220 quanto a Gabriela, mas depois que meus pais faleceram, mudei totalmente. Fiquei depressiva por um bom tempo, não saia, não conversava com ninguém, não queria saber de nada. Aos 18 anos me vi sozinha, sem ninguém, não aguentei o baque não. Sou filha única, meus pais eram tudo o que eu tinha, e quando eles se foram, minha vida perdeu o sentido total. Se não fosse a Bruna e a família dela, não sei nem se estaria aqui. Meus pais e os pais dela são amigos de infância, eles estudaram juntos, lá em Niterói. Eles se casaram na mesma época, tia Helena e minha mãe, engravidaram na mesma época, e consequentemente, essa amizade passou pra frente quando eu e Gabi chegamos. Ela era apenas alguns meses mais velha que eu, e considero ela minha irmã. Pra onde ela ia, eu ia, e vice versa, e assim é até hoje. Quando tinhamos 15 anos, Tio Carlos e Tia Helena se separaram, ele veio morar em Santos, então nossa vida ficou lá no Rio durante o ano letivo, e aqui em Santos, nas férias, e esse ano, não foi diferente.

- Bora? - Gabi disse, levantando.

- Agora. Tchau tio, bom trabalho.

- Tchau velhinho - deu um beijo na bochecha dele, que riu.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora