Acordei com o telefone do Gabriel tocando, a vontade de jogar longe foi fortíssima. Ele levantou com cuidado, desligou e foi pro banheiro. Depois de alguns minutos, senti seu peso sobre mim e ele beijando minhas costas, ri fraco.
- Não acredito que você botou o celular pra despertar - ele riu e beijou meu rosto.
- Coloquei porque marquei um negócio pra gente fazer.
- Surpresa?
- Boa garota - resmunguei e ele riu. - Bora bebê, levanta. - abri os olhos e levantei, meio perdida ainda, fiz minhas higienes e saí do banheiro.
- Bom dia, maravilhoso- disse, o abraçando e selando nossos lábios.
- Bom dia, pretinha - eu ri e fui pra cozinha, comecei a fazer o café pra gente, montei uma mesinha lá fora. O dia parecia que estava ainda mais bonito que ontem e com certeza estava bem mais calor, se estivesse em casa, estaria sofrendo.
- Fazendo uma pra Deus ver - disse, sentando do meu lado na mesa, eu ri.
- Sempre faço, baby - ele riu e beijou meu ombro. Nós comemos ali naquele clima levinho, entramos, vesti um biquini laranja, um vestido de redinha por cima, fiz um coque, coloquei o óculos e sai. Ele estava me esperando sentado na cama.
- Porra, cada dia mais difícil com você - eu ri.
- Tu não fica muito atrás, viu? - ele riu, levantou, pegou a mochila e nós saimos. Fomos caminhando pela praia mesmo, com ele me empurrando pro mar de 10 em 10 minutos.
- Garoto, eu posso desfilar em paz? Não consigo seduzir os senhores de idade assim.
- Seduzir o que?
- Os senhores de idade que vão me bancar, ué - ele gargalhou.
- Vai trocar um gatão por um velho rico?
- Não, tu vai ser meu amante.
- Aé, Izabela?
- É, vida. Nome disso é investimento. Ó aquele ali ó - apontei com a cabeça pra um senhor, que tinha por volta de uns 60 anos, grisalho, de óculos escuro que me olhava - Ala, nossa chance, vou lá.
- Ah mas não vai mesmo - disse, segurou minhas pernas, me colocou em seu ombro e saiu correndo comigo pela praia, enquanto eu gritava. Apertei a bunda dele, que gargalhou e me botou no chão. - Logo logo vou poder gritar pro mundo que pertencemos um ao outro, e não vai ter velho que te tire de mim - disse, me olhando.
- Ah vai é? Quem muito fala pouco faz, e tu ta falando já tem uns meses - ele gargalhou e me deu um selinho demorado.
- Cê ta gostando, Izinha? - desconversou, passando os braços sobre meus ombros e voltando a andar. - Ta né? Ta comigo - rimos - Não, sério, tu ta curtindo?
- Olha, eu não devia te dar essa moral não, mas eu to amando. Primeiro que aqui é lindo, e segundo que sim, você do lado melhora tudo.
- Nossa, devia ter gravado - rimos.
- Devia mesmo, não vou falar de novo. - ele riu. Logo nos chegamos no pier, hoje estava cheio de lancha, o Gabriel falou lá com o cara que ele tinha alugado e logo nós entramos em uma pequeninha, mas ótima pra nós dois.
- Tu sabe dirigir isso desde quando, menino? - sentei do lado dele.
- Só observa, Izinha - eu ri e ele deu partida, de fato ele sabia conduzir, quando chegamos ali no meio do mar, ele parou.
- Nosso dia vai ser aqui hoje. - eu sorri e fui lá pra fora.
- Pra quem tava com medo de mar ein rapaz - ele riu.
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Talismã || Gabriel Barbosa.
FanfictionQuando a intimidade chega, ir embora é uma opção. Permanecer, também. Escolher ficar é para quem entendeu que a verdadeira magia não está no destino, aliás, não há destino; só existe eu e você.O resto é poesia para o nosso amor. Pra nossa dor. Pra n...