27.

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Acordei com o telefone do Gabriel tocando, a vontade de jogar longe foi fortíssima. Ele levantou com cuidado, desligou e foi pro banheiro. Depois de alguns minutos, senti seu peso sobre mim e ele beijando minhas costas, ri fraco.

- Não acredito que você botou o celular pra despertar - ele riu e beijou meu rosto.

- Coloquei porque marquei um negócio pra gente fazer.

- Surpresa?

- Boa garota - resmunguei e ele riu. - Bora bebê, levanta. - abri os olhos e levantei, meio perdida ainda, fiz minhas higienes e saí do banheiro.

- Bom dia, maravilhoso- disse, o abraçando e selando nossos lábios.

- Bom dia, pretinha - eu ri e fui pra cozinha, comecei a fazer o café pra gente, montei uma mesinha lá fora. O dia parecia que estava ainda mais bonito que ontem e com certeza estava bem mais calor, se estivesse em casa, estaria sofrendo.

- Fazendo uma pra Deus ver - disse, sentando do meu lado na mesa, eu ri.

- Sempre faço, baby - ele riu e beijou meu ombro. Nós comemos ali naquele clima levinho, entramos, vesti um biquini laranja, um vestido de redinha por cima, fiz um coque, coloquei o óculos e sai. Ele estava me esperando sentado na cama.

- Porra, cada dia mais difícil com você - eu ri.

- Tu não fica muito atrás, viu? - ele riu, levantou, pegou a mochila e nós saimos. Fomos caminhando pela praia mesmo, com ele me empurrando pro mar de 10 em 10 minutos.

- Garoto, eu posso desfilar em paz? Não consigo seduzir os senhores de idade assim.

- Seduzir o que?

- Os senhores de idade que vão me bancar, ué - ele gargalhou.

- Vai trocar um gatão por um velho rico?

- Não, tu vai ser meu amante.

- Aé, Izabela?

- É, vida. Nome disso é investimento. Ó aquele ali ó - apontei com a cabeça pra um senhor, que tinha por volta de uns 60 anos, grisalho, de óculos escuro que me olhava  - Ala, nossa chance, vou lá.

- Ah mas não vai mesmo - disse, segurou minhas pernas, me colocou em seu ombro e saiu correndo comigo pela praia, enquanto eu gritava. Apertei a bunda dele, que gargalhou e me botou no chão. - Logo logo vou poder gritar pro mundo que pertencemos um ao outro, e não vai ter velho que te tire de mim - disse, me olhando.

- Ah vai é? Quem muito fala pouco faz, e tu ta falando já tem uns meses - ele gargalhou e me deu um selinho demorado.

- Cê ta gostando, Izinha? - desconversou, passando os braços sobre meus ombros e voltando a andar. - Ta né? Ta comigo - rimos - Não, sério, tu ta curtindo?

- Olha, eu não devia te dar essa moral não, mas eu to amando. Primeiro que aqui é lindo, e segundo que sim, você do lado melhora tudo.

- Nossa, devia ter gravado - rimos.

- Devia mesmo, não vou falar de novo. - ele riu. Logo nos chegamos no pier, hoje estava cheio de lancha, o Gabriel falou lá com o cara que ele tinha alugado e logo nós entramos em uma pequeninha, mas ótima pra nós dois.

- Tu sabe dirigir isso desde quando, menino? - sentei do lado dele.

- Só observa, Izinha - eu ri e ele deu partida, de fato ele sabia conduzir, quando chegamos ali no meio do mar, ele parou.

- Nosso dia vai ser aqui hoje. - eu sorri e fui lá pra fora.

- Pra quem tava com medo de mar ein rapaz - ele riu.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora