37.

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Ele me girou no ar e minhas lágrimas começaram a cair, enquanto sentia as dele no meu ombro. Ficamos uns bons segundos abraçados, chorando, que nem dois bestas.

- É nossa, minha preta, eu consegui! - falou abafado, no meu ombro

- É nossa, meu amor. Você é o mais foda.

- Sou por nós. Tudo isso aqui é por nós. - disse, se afastando um pouco de mim - É você mesmo? Ou é miragem? To alucinando de felicidade? - eu gargalhei.

- Sou eu. Falei que estaria com você em todos os momentos, né? - ele sorriu e selou nossos lábios, me dando vários selinhos em seguida.

- Eu te amo, minha preta. É campeão, porra! - gritou, novamente me tirando do chão e me girando, eu gargalhei.

- Olha só quem ta por aqui. - Rodrigo disse.

- Eaí, cunha - o abracei - Parabéns! - ele riu.

- Obrigado, Izoca. É nosso, avisei ein - eu ri.

- Tu é cúmplice nesse plano dela é? - Gabriel perguntou.

- Pior que não, viu? Só essa falsa aí. - Apontou pra Gabi.

- Dessa aí eu já nem espero muita coisa - ela riu e mostrou o dedo pra ele, depois se abraçaram. Nós ficamos ali no campo por um bom tempo, mas depois pediram pra gente se retirar. Eu tava amando ver os meninos tão felizes daquele jeito, principalmente Gabriel, meu menino estava parecendo uma criança, com os olhinhos brilhando, pulando pra lá e pra cá, era uma delícia de ver. Dessa vez, voltamos no ônibus com o pessoal e só não voltamos gritando por causa das crianças, mas era minha vontade.

- Amiga... você vai contar quando a gente voltar só, né? - perguntei pra Gabi, que estava rindo olhando os vídeos que gravamos hoje.

- Contar o que? - Eu estalei com a boca - Aaaah... Contar, sim. Amiga, eu esqueço, desculpa - eu ri. - É meio novo ainda, hoje lá na arquibancada eu estava salivando por uma cerveja, esquecia direto.

- Eu só não peguei por você também. - ela riu.

- Uma amiga companheira dessas. Mas sim, vou contar quando a gente voltar. Estava pensando em contar essa noite, mas muita informação pra um dia só, deixa pra depois.

- Ta certa... mas me conta como foi depois, ta?

- Lógico que vou. Já pensou ele não aceita? - falou um pouco mais baixo, com medo de alguém ouvir.

- Ele vai, amiga... Relaxa - acariciei a mão dela, que fez uma caretinha de duvida, eu ri e comecei a ver os vídeos com ela. Só não falo que queria voltar naquela tarde porque o nervoso que passamos não valia, agora temos muito o que comemorar, isso sim. Chegamos no quarto mortas, Gabi tomou banho primeiro, e eu fui assim que ela saiu, estava grudando, precisava, tanto que demorei um bom tempo pra sair. Saí de toalha, cantarolando e com o quarto vazio. Passei meus cremes e coloquei o pijama, assim que deitei na cama, ouvi a porta batendo.

- Entra, menina - disse, imaginando ser a Gabi, até que bateram de novo - Entra, filha. To pelada não.

- Se estivesse, eu ia gostar - Gabriel apareceu, eu ri e levantei.

- Opa, eaí campeão - disse, o abraçando, ele me deu um beijo no pescoço.

- Eaí, talismã - eu ri.

- Para, que hoje você nem sabia que eu estava aqui.

- Mas você estava lá, só isso já importa - eu ri e dei um selinho demorado nele - Troquei de lugar com a Gabi hoje, pode? - disse, jogando a mochila no chão, o abracei por trás.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora