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Seis em ponto, Gabriel estava na porta do meu serviço, me esperando.

- Eaí, coisa linda - disse, selando nossos lábios.

- Oi, minha pretinha. Preparada pro nosso final de semana de amor? - eu ri.

- Estou. Tava precisando relaxar mesmo.

- Foi cansativa a reunião hoje? - olhando pro coque no meu cabelo.

- Foi - rimos - Mas deu tudo certo.

- Falei que você ia se dar bem, tu é foda, surpresa pra ninguém - beijou minha mão. - Pode escolher a música hoje.

- Nossa, que amor que tu ta hoje. O que rolou? - ele riu.

- Nada... só acordei te amando mesmo. - eu ri e acariciei a nuca dele.

- Coisa linda... - peguei seu celular e coloquei na playlist dele de pagode.

- Melhorou a cólica?

- Melhorou, acordei zeradinha, acredita?

- Ah, que bom, amor. Mas veio já?

- Então, isso que é estranho, ainda não. Achei que fosse vim hoje de manhã... Mas acho que até segunda vem. Só espero que não venha na viagem, não mereço. - ele riu.

- Bem capaz, viu?

- Para, bate na madeira - ele riu. Fui o caminho todo cantando pagode anos 90, enquanto ele só olhava e dava risada. Realmente a cólica tinha ido embora, junto com todo aquele mal estar. Não entendi muito o que tinha acontecido, mas o importante é que passou, agora só esperar pra bonita vir e tudo seguir normal. Chegamos em Búzios depois de duas horinhas, graças a Deus não tinha transito. Fui acompanhando as plaquinhas e segundo elas, iamos ficar na Praia da Ferradurinha. Conforme fomos passando de carro, dava pra ver que o centrinho dela era bem tranquilo, diferente de outras que passamos que estava o fervo já. Paramos em frente a um sobradinho pequeno, era super aconchegante e o quarto tinha uma vista maravilhosa do mar, que ficava bem abaixo da casa.

- To mortão de sono - disse, se jogando na cama.

- Bicho preguiça perde muito pra você - deitei ao seu lado.

- E você ganha de nós dois, né? - eu ri.

- Nós temos hora pra acordar amanhã?

- Eu não, vou acordar quando meu corpo permitir.

- Então dorme, porque se tu acordar tarde, vou sair sem você.

- Olha que abusada - riu - Vai se perder e eu não vou te procurar não, viu? Vai ficar aí.

- Não é nem louco... Peço carona pra algum gringo gato.

- Não precisa amor, eu te levo, acha mesmo que eu ia deixar minha namorada linda aqui? - nós rimos.

- Falso do caralho - ele riu.

- Jura que foi melhor assim, não quer saber de mim. Na boa é muita falsidade dizer que me amooou - cantou Dilsinho, eu ri, levantei e fui pra varanda, olhando de novo aquela vista maravilhosa. Senti ele me abraçando por trás e beijando meu pescoço.

- Amo viajar com você. Volto pra rotina mó bem, sabia?

- Eu também, volto relaxadinha. Na real, qualquer coisa que te envolva me faz muito bem, as vezes tu manda mensagem no meio do serviço, fico boba o resto da tarde - rimos. - Mas quando viajamos assim, parece que o combo é melhor.

- Nem me fale. Trabalhar pra morar em um lugar desses quando ficar velhinho, junto com a pretinha que eu gosto - eu ri.

- Ai é meu sonho, tu sabe.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora