15.

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Gabriel: Rafaella?

Rafaella: Adivinha quem está em terras cariocas e a caminho do seu apartamento?

Gabriel: Pro meu? Agora? Pra que? - Sentei na cama, desnorteado ainda.

Rafaella: É, ué. To indo matar a saudade.

Gabriel: Você ta brincando, né?

Rafaella: Não, gente. Daqui 10 minutos to chegando, beijo, preto. - desligou.

Ai caralho, caralho, caralho.

Levantei, fui pro banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e arrumei o quarto. Por alguns minutos, achei real que ela estivesse brincando, até ouvir a porta bater.

- Recepção dessas. - disse assim que abri a porta, se referindo ao fato de eu estar só de bermuda. - Quanto tempo, preto. - Me abraçou.

- Entra aí - Dei espaço pra ela entrar.

- Iih, ta bravo ainda é?

- Não, bravo não. Dos nossos sei lá quantos términos, pela primeira vez terminamos de boa. Só estou surpreso. - sentei do lado dela no sofá. - Veio fazer o que por aqui?

- Vim passar um tempo no Rio, aproveitei pra te visitar, faz tempo que a gente não se vê. - eu fiquei olhando pra ela, ela riu. - Qual é Gabriel, para de olhar com essa cara, aí. - eu ri.

- Desculpa, só estou surpreso. Quer alguma coisa? Água, suco, sei lá?

- Água, por favor. - Levantei, peguei um copo de água e levei pra ela. - Obrigada. Mas e aí, fala de você, como ta a adaptação aqui?

 Começamos a conversar, falei pra ela como estava sendo tudo, que estava ansioso pelos próximos jogos. Ela contou como estava lá em São Paulo e que tinha vindo pra cá pra resolver algumas coisas do irmão dela. Eu gostava dela como amiga ainda, ela era divertida, tinha um papo legal, além da beleza né, que era algo a parte, mas, era só isso. Não conseguia mais ver nós dois juntos, como namorados. Essas idas e vindas, as brigas, discussões, realmente me desgastaram a ponto de eu perder o encanto.

- Tava com saudade de você, preto... - disse, tocando minha coxa, ela foi se aproximando de mim, eu estava estático, encostado no sofá, passeando meu olhar entre os olhos dela, a boca e o decote. Assim que ela avançou, eu virei o rosto.

- Rafa, a gente não ta mais junto, você sabe...

- Ué Gabriel, e daí? Fala como se fosse a primeira vez que a gente faz isso, já tivemos tantas recaídas... Transar com o ex não é o proibido não, voltar que é o problema, e isso nós já aprendemos, né? - eu ri da forma que ela falou, por um lado, estava certa.

Estamos separados, mas não quer dizer que não podíamos nos divertir juntos quando a vontade batesse. Eu não sentia mais nada, porém, a atração rolava, não da pra negar. Além do mais, apesar dos pesares, eu continuava solteiro, a Iza ainda é um caso mais que incerto.

A puxei pro meu colo pela cintura, ela mordeu os lábios e sorriu, enquanto a beijava. O beijo foi esquentando, as mãos bobas iam rolando e o meu shorts de moletom entregava a minha animação. Mas tinha alguma coisa diferente, eu não estava curtindo o momento completamente, minha cabeça estava a milhão, em outro lugar, querendo outra boca. Seus beijos desceram para o meu pescoço, eu fechei os olhos e inclinei a cabeça pra trás, ela começou a rebolar no meu colo e apertei sua cintura, recebendo um chupão como resposta.

- Ah, Iza - Gemi. Puta que pariu. Ela parou na hora.

- O que? - o quão puta ela vai ficar se eu falar que essa mesma pergunta se passa pela minha cabeça? Que porra foi essa? - Você me chamou do que, Gabriel? - disse, levantando do meu colo.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora