5.

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Acordei na mesma posição, levantei com cuidado e sentei na cama.

- Bom dia, coisa linda - ele disse, sem abrir os olhos.

- Não queria te acordar, desculpa - sorri.

- Não tem problema - Beijou meu ombro e eu virei o rosto, selando nossos lábios
.- Vou ver se já estamos liberados - Ele deu uma r e eu saí do quarto, olhei pros dois lados do corredor e entrei rápido no meu, torcendo pra estar vazio. Realmente estava, fui pro banheiro, fiz minhas higienes, coloquei o biquini, passei protetor, coloquei um shorts e desci, estava todo mundo tomando café.

- Eai, seus bebum - disse sentando na mesa.

- Eai, casal da noite - o Luiz disse.

- Perdi alguma coisa? - Gabi disse.

- Perdemos né, por que será?

- Pode parando vocês dois, que se não fosse por nós, vocês iam estar naquela frescuraiada toda ainda. - Gabriel disse e eles riram.

- Fez a boa, confesso. - Lucas disse e geral comemorou, enquanto eu olhava pra Gabi, aí segurava o riso.
A tia Jô começou a colocar mais algumas coisas na mesa pras meninas que por sua vez, ao menos agadeciam. Aquilo esfava me incomodando demais.

- Para de servir esse bando de nego velho e senta aqui com a gente, Jôzinha. - Soltei.

- Vem, senta aqui do nosso ladinho. - Gabi disse.

- Não, que isso, não precisa. - disse rindo.

- Vem, mulher - Gabriel trocou de cadeira, deixando ela sentar entre a gente.
Ela sentou enquanto eu colocava algumas coisas no prato dela.
- E sem almoço hoje, bora pra praia com a gente.
- Isso aí Jô, hoje é dia de pegar marquinha. - Luiz disse, fazendo ela rir, com vergonha. 
Tomamos café naquela nossa bagunça de sempre, pessoal começou a arrumar as coisas pra irmos pra praia e assim que entrei no quarto, encontrando a Gabi.

- Eai sua cachorra - ela disse, assim que me viu.

- Oi safada.

- Você é uma cretina.

- Falei que ia ter volta. Vai falar que não gostou? - ela riu.

- Gostei tanto que vou pra casa dele depois daqui - arregalei os olhos.

- Olha sinceramente, sou um ótimo cupido - ela riu.

- E você e Gabriel?

- Ah... a gente ta se curtindo.

- "Ai, acho ele um porre" - me imitou e eu ri, mostrando o dedo pra ela.
Ela me contou o que rolou durante a noite, que eles conversaram bastante, até série assistiram e só depois ela baixou a guarda, ficando com ele. Assim que terminou de se arrumar, desceu, enquanto eu passava protetor.
O sol iluminava o quarto e eu fui pra janela, vendo o dia lindo que estava fazendo.
Ouvi passos atrás de mim e  seguida,recebi um abraço por trás. Nem precisava virar, reconhecia só pelo cheiro.

- Achei foda.

- O que?

- O que você fez lá na mesa, com a tia Jô.

- Eu não fiz nada demais, Gab. Fiz o mínimo, na real. Sei que ela mora aqui, mas não acho legal não dar folga pra ela por isso, muito menos ela ficar servindo a gente. Acho esquisito.

- E eu concordo. Mas é que sei lá... Achei foda da sua parte.

- Você que só se relaciona com mulheres onde essas coisas são normais, meu dengo. - Virei, acariciando seu rosto, enquanto ele ria.
- Pode ser, e acho que isso me faz babar mais por você ainda. - Acariciou meu rosto e me beijou, e confesso que tava morrendo de vontade do beijo dele de novo.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora