Acordei sem o Gabriel do lado, mas com as janelas do quarto abertas, dando uma vista linda lá pra fora. Me espreguicei e olhei pra minha mão, gente, eu to noiva???? Juro que to sem acreditar até agora, achei que era um sonho e que eu ia acordar no nosso quarto, com o despertador tocando pra mais um dia de luta. Levantei e fui caçando minhas roupas, não achei e coloquei só a calcinha e a camiseta dele, fui pro banheiro, fiz minhas higienes, prendi o cabelo e fui lá pra fora, encontrando ele tirando várias coisas de café da manhã de uma cestinha.
- Caramba, tu organizou tudo mesmo, né? - ri e ele me olhou.
- Um homem planejado é outra coisa, né? Respeita. - rimos.
- Já pensou eu falo não? Ia fazer o que com isso tudo?
- Ia tacar você e as coisas no mar e ir embora como se nada tivesse acontecido - eu fiz cara de indignada - Mentira, amor. Ia te jogar no mar e ficar chorando enquanto comia as coisas e enchia a cara com o vinho - nós rimos.
- Você é muito filho da mãe - ele riu e eu me aproximou dele, o abraçando. - Bom dia, noivinho.
- Bom dia, noiva. - segurou meu rosto e me deu um selinho demorado. Sentei ali no sofázinho de novo e senti um pano no meu pé, olhei, era o vestido, ri e peguei ele.
- Tava procurando?
- Estava - nós rimos, ele sentou do meu lado e nós começamos a comer, tinha vários tipos de pão, requeijão, geleia e suco.
- To esperando tu me informar a data ainda, viu bonitinha?
- Ai, verdade - ri - Você que tinha que me informar, sua agenda que é corrida.
- Junho ou Dezembro?
- Junho é o mês do nosso aniversário.
- E do seu também.
- Verdade, né? Aí ia ser bonitinho, porém, só por ver a correria da Gabi pra organizar tudo em três meses, sou a favor de Dezembro. Tirando que é mais calor, né?
- Apesar que chove mais... - nós olhamos meio pensativos por alguns segundos e depois rimos. - Caralho, to planejando meu casamento... O que houve? - rimos.
- Juro, to meio sem acreditar ainda. Até ontem meu anel tava vazado, agora tem um diamante nele, o que é isto?
- Eu reparei também, te falar que assim achei bem mais bonito, sabia?
- Ai, cê gostou? Eu também achei que deu um charme.
- Sim amiga, sua mão ficou linda - eu ri.
- Besta demais você. Mas sério, dezembro então? - estiquei a mão pra ele.
- Dezembro, noivinha - me deu a mão e nós fizemos um toque. Terminamos de comer e confesso que minha vontade era ficar aqui nesse barco o dia todo e só voltar na hora de ir embora, mas o horário do aluguel nos impedia, assim como a falta de comida. Arrumamos tudo, vesti meu vestido, devolvi sua blusa e voltamos para o porto. Fomos pra casa e como sempre, deitamos na cama pra resolver nossa vida. Fiquei mexendo no celular, vendo algum lugar pra irmos.
- Olha amor, aqui tem praia de nudismo, a gente podia ir.
- Nem fudendo. Vários tarados lá te olhando, ia ficar puto.
- Ah e as mulheres nem iam ficar te olhando, né? Com essa sua terceira perna aí - ele gargalhou e me tacou a almofada.
- Vai se ferrar, garota - eu ri e taquei de volta.
- Você para de me agredir, tá? Sua cachorra. Vou falar pros nossos filhos isso - rimos.
- Eles bem vão saber que você é mentirosa, porque o papai aqui é só amor - riu.
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Talismã || Gabriel Barbosa.
Fiksi PenggemarQuando a intimidade chega, ir embora é uma opção. Permanecer, também. Escolher ficar é para quem entendeu que a verdadeira magia não está no destino, aliás, não há destino; só existe eu e você.O resto é poesia para o nosso amor. Pra nossa dor. Pra n...