58.

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Acordei sem o Gabriel do lado, mas com as janelas do quarto abertas, dando uma vista linda lá pra fora. Me espreguicei e olhei pra minha mão, gente, eu to noiva???? Juro que to sem acreditar até agora, achei que era um sonho e que eu ia acordar no nosso quarto, com o despertador tocando pra mais um dia de luta. Levantei e fui caçando minhas roupas, não achei e coloquei só a calcinha e a camiseta dele, fui pro banheiro, fiz minhas higienes, prendi o cabelo e fui lá pra fora, encontrando ele tirando várias coisas de café da manhã de uma cestinha.

- Caramba, tu organizou tudo mesmo, né? - ri e ele me olhou.

- Um homem planejado é outra coisa, né? Respeita. - rimos.

- Já pensou eu falo não? Ia fazer o que com isso tudo?

- Ia tacar você e as coisas no mar e ir embora como se nada tivesse acontecido - eu fiz cara de indignada - Mentira, amor. Ia te jogar no mar e ficar chorando enquanto comia as coisas e enchia a cara com o vinho - nós rimos.

- Você é muito filho da mãe - ele riu e eu me aproximou dele, o abraçando. - Bom dia, noivinho.

- Bom dia, noiva. - segurou meu rosto e me deu um selinho demorado. Sentei ali no sofázinho de novo e senti um pano no meu pé, olhei, era o vestido, ri e peguei ele.

- Tava procurando?

- Estava - nós rimos, ele sentou do meu lado e nós começamos a comer, tinha vários tipos de pão, requeijão, geleia e suco.

- To esperando tu me informar a data ainda, viu bonitinha?

- Ai, verdade - ri - Você que tinha que me informar, sua agenda que é corrida.

- Junho ou Dezembro?

- Junho é o mês do nosso aniversário.

- E do seu também.

- Verdade, né? Aí ia ser bonitinho, porém, só por ver a correria da Gabi pra organizar tudo em três meses, sou a favor de Dezembro. Tirando que é mais calor, né?

- Apesar que chove mais... - nós olhamos meio pensativos por alguns segundos e depois rimos. - Caralho, to planejando meu casamento... O que houve? - rimos.

- Juro, to meio sem acreditar ainda. Até ontem meu anel tava vazado, agora tem um diamante nele, o que é isto?

- Eu reparei também, te falar que assim achei bem mais bonito, sabia?

- Ai, cê gostou? Eu também achei que deu um charme.

- Sim amiga, sua mão ficou linda - eu ri.

- Besta demais você. Mas sério, dezembro então? - estiquei a mão pra ele.

- Dezembro, noivinha - me deu a mão e nós fizemos um toque. Terminamos de comer e confesso que minha vontade era ficar aqui nesse barco o dia todo e só voltar na hora de ir embora, mas o horário do aluguel nos impedia, assim como a falta de comida. Arrumamos tudo, vesti meu vestido, devolvi sua blusa e voltamos para o porto. Fomos pra casa e como sempre, deitamos na cama pra resolver nossa vida. Fiquei mexendo no celular, vendo algum lugar pra irmos.

- Olha amor, aqui tem praia de nudismo, a gente podia ir.

- Nem fudendo. Vários tarados lá te olhando, ia ficar puto.

- Ah e as mulheres nem iam ficar te olhando, né? Com essa sua terceira perna aí - ele gargalhou e me tacou a almofada.

- Vai se ferrar, garota - eu ri e taquei de volta.

- Você para de me agredir, tá? Sua cachorra. Vou falar pros nossos filhos isso - rimos.

- Eles bem vão saber que você é mentirosa, porque o papai aqui é só amor - riu.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora