21.

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- Amiga do céu, ele é um amor - Gabi soltou.

- Amiga, como assim vocês não transaram? - Perguntei, indignada.

- Ai, Izabela. Eu me confundi, tá? Acordei na cama do garoto, achei que tivesse dado ué - Gargalhei.

- Ai Gabriela, eu te amo, juro. - ela riu - Mas ta, e aí? Como foi o jantar?

- Ai... foi tudo - Sorri - Vou admitir que julguei ele pra porra antes de conhecer. Nós conversamos sobre tudo, nossa infância, nossos pais, família, relacionamentos. Ele me contou da ex dele, eu contei do Gui... Sei lá, me senti confortável pra falar sobre isso tudo, sabe? Ai, sei lá, foi ótimo.

- E ficaram, finalmente, sóbrios dessa vez? - ela riu.

- Ficamos, Izabela, ficamos. - Ri.

- Eu e o Gabriel também nos acertamos. 

- Cara, tu é a pessoa mais imprevisível que conheço - Rimos.

- Eu já estava meio pensativa quanto ao o que vocês falaram no almoço, mas de noite ele apareceu lá em casa, com um buque, não teve como negar no mínimo uma conversa.

- Se falar que foi de flor amarela, já vou procurar vestido de madrinha no Pinterest agora.

- Menina... foi. - Ela riu - E aí ele me explicou que não tinha nada com a outra lá, conversamos sobre as minhas inseguranças e nos acertamos... Vamos ver no que dá.

- Meu casal ta vivíssimo, porra - Ri e ficamos conversando. Ia sentir saudade dos nossos almoços quando ela voltasse pro escritório dela. A bichinha estava boba que só ela, sentia saudade de ve-la assim e to torcendo do fundo do meu coração para que o Rodrigo não a magoe, minha menina não merece.

(...)

21.04 - 10:00.

- Meu coração é regador de flor, te regando amor, cê vai me amar. - Cantarolei, enquanto limpava a casa. Estava animada em um nível hoje que pra me tirar do sério, a pessoa teria que estar muito na vontade. 

Já se passou um mês desde aquela treta toda e agora as coisas nunca estiveram tão calmas. A Gabi e o Rodrigo tinham engatado um romancezinho fofo, enquanto eu e Gabriel estávamos nos aproximando cada dia mais. Estava conhecendo um outro lado dele, totalmente sensível, que tinha começado a conhecer lá na época de Santos, mas não completamente porque não deu tempo, e juro que vou me apegando a cada detalhe aos poucos. Como ele morre de vergonha da forma que eu o olho quando está sem camisa, ou quando eu falo algo inesperado, dando um sorrisinho tímido maravilhoso. O fato dele coçar a barba quando está nervoso ou pensativo, como ele canta desafinadinho no banho, o quão frágil ele fica após um jogo ruim. Sei lá, tenho 22 anos e nunca vivi uma experiência dessa, acho que já esta na hora de me permitir passar por isso. 

O outro motivo da minha animação é que hoje é dia da final do Campeonato Carioca e como bela fanática, estou surtando. Já estava praticamente ganho, estávamos na vantagem, Vasco tinha que fazer 3 gols para conseguir reverter o resultado.

Gabigold

bom dia, coisa linda.

te falar...

vai chegar um negócio aí, ta em casa, né?

sei que você não é fã dessas coisas, então não me bate

Iza

KKKKKKKK

ai, lá vem

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora