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Semanas depois...

Depois daquela quarta, eu demorei umas duas semanas pra recuperar minha voz. Aquele combo viagem de dois dias, comemoração, praia e comemoração de novo, acabou com o que eu chamava de voz. Mas me recuperei e que venha o próximo titulo, estou prontissima.

 Nessas semanas, aconteceu o jogo do Mundial, esse de fato eu não consegui ir, mas meu coração estava todinho lá. Não levamos, mas o orgulho que eu fiquei desses meninos foi surreal. Jogaram muito bem contra um dos maiores times do mundo e isso já foi uma baita motivo pra eu chorar que nem uma cabrita o jogo todo. Meus moleques são foda e não tem quem diga o contrário.  Tanto que Gabriel, pela primeira vez pós derrota, chegou mais feliz que nunca, só por ter chegado até lá. Óbvio que todos nós queríamos esse titulo, mas tudo o que conquistamos esse ano, valeu e muito. Inclusive, nós dois estávamos melhores do que nunca, com nossas briguinhas por implicância como sempre, mas nada que não se resolvesse algumas horas depois. A proposta dele foi real, até começamos a ver alguns apartamentos mas ficamos com preguiça e decidimos que eu ia mudar para o dele mesmo e já era. Inclusive, foi acordado que ele fica! Flamengo conseguiu fazer uma proposta convincente e ele ta com contrato assinado até 2021. Nem preciso falar que depois disso, foi mais uma comemoração, né? Tanto com os moleques, mas principalmente pra nós. Agora podemos, com certeza, planejar um futuro pra nós, só nosso.

- Ta tramando o que, garoto? - disse, no caminho da casa dele, que insistiu porque insistiu pra que a gente fosse pra lá, ao invés da minha casa.

- Nada, amor. Juro, dessa vez não é nada. Só quero passar um tempo com você lá em casa. - o olhei desconfiada.

- Barbosa, Barbosa - ele riu e beijou minha mão.

- Pô, nós vamos ficar 3 dias longe, Izinha. Preciso aproveitar o tempo que resta com a minha mulher. - Estávamos a alguns dias do natal, eu e Gabi iamos lá pra Santos com a Tia Helena, passar na casa do Tio Carlos, mas no ano novo íamos passar com o pessoal lá em Arraial do Cabo.

- É, isso é verdade. Em compensação, depois do ano novo não vamos desgrudar mais, tu vai enjoar.

- Nem fudendo - riu - Mais fácil tu enjoar de mim, porque o que eu mais quero é acordar todo dia com esse sorrisão ai.

- Hmm, cheio de surpresa, sendo romantico, to até estranhando - eu ri e ele me deu um empurrãozinho, nós chegamos no apartamento dele.

- O que você quer almoçar? - perguntou.

- Yakisoba - ele ficou me olhando.

- O que você quer almoçar que eu sei fazer? - eu ri.

- Faz o que você quiser, meu amor.

- Bife, arroz e batata frita.

- E salada.

- Isso, minha garota - fizemos um toquinho.

- Vem, deixa eu te ajudar - disse, prendendo o cabelo. Começamos a fazer o almoço, enquanto eu fazia o arroz, ele fritava o bife e a batata. Temperei a salada e nós almoçamos, depois lavei a louça enquanto ele esperava pra secar, fiquei cantando Miss Independent do Ne-Yo baixinho, olhei pra ele, que me olhava com um sorrisinho.

- O que? - ri.

- Você, mano... - riu - Parece uma deusa, sei lá, não acostumei ainda.

- Para, garoto - ri.

- É sério, pô. Não sei se agora vou me acostumar a acordar todo dia do lado de um monumento desses, acordar tendo ataque cardiaco já.

- Acordar pra ir beber água de madrugada e ver o monumento fazendo xixi de porta aberta, quem não quer? - ele gargalhou.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora