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- Iiiih nem vem. Quero tomar banho em paz - disse, vendo ele entrar no banheiro comigo.

- E comigo cê não tem não? Meu ponto de paz disse que sou o caos da vida dela, rapaziada. Vê se pode isso - se aproximou de mim.

- É isso mesmo, estresse da minha vida - ele riu, segurou na minha cintura e me colocou sentada na pia.

- Cê jura, pretinha? Tem certeza? Vai me magoar assim, ein - eu ri.

- Certeza absoluta - ele puxou meu cabelo e eu dei um gemido baixo, cretino.

- Não puxa meu cabelo não, ein - dei um tapinha na cara dele de leve, que sorriu malicioso e me puxou pra um beijo cheio de segundas intenções, entrelacei minhas pernas em volta da sua cintura e o puxei pra mais perto, ele apertou minha cintura e puxou meu lábio inferior, descendo os beijos até meu pescoço. Eu suspirei e deixei minha cabeça cair pra trás, mas logo voltei e o empurrei de leve.

- Pronto, agora deixa eu tomar meu banho. - ele riu, eu desci da pia e fui o empurrando pra fora, com a maior dificuldade do mundo, já que ele estava fazendo corpo mole.

- Nossa amor, me rejeitando. Você não me deseja mais? Tem outro, é isso, né? Pode falar. - eu gargalhei.

- Pelo contrário, meu amor. Te desejo muito e exatamente por isso que não da pra tomar banho com você agora, não consigo me concentrar - ele riu, eu consegui o colocar pra fora e assim que ele virou pra falar alguma coisa, fechei a porta.

- Olha que cretina - disse pro lado de fora, eu ri. - Não demora, amor. - tirei a roupa e tomei um banho gostoso, estava um friozinho agora a noite e um banho quente era tudo o que eu queria. Saí, passei meus cremes e fui pro quarto, vendo Gabriel na cama mexendo no celular.

- Para de falar com tua amante e vai lá tomar banho. - ele virou a tela do celular pra mim, mostrando o Free Fire e eu revirei os olhos.

- Preferia que fosse amante - ele riu.

- Só terminar essa partida aqui e já vou... - coloquei minha roupa intima, coloquei a calça e assim que vesti a blusa, ele bateu na cama.

- Perdi, caralho... - bloqueou o celular e eu ri.

- Patinho demais. - ele me olhou feio, tirou o tênis, a camiseta, jogou na minha cara e foi pro banheiro - Nojentooo! - ouvi a risada dele lá de dentro, continuei a me arrumar, ele saiu, se arrumou também e nós partimos pra casa da tia. Eu estava ansiosa pra saber a reação deles, estava ansiosa pra tudo, na real. Escolher a primeira roupinha, fazer o quartinho, ai. Que sensação louca, é tudo muito assustador, mas maravilhoso ao mesmo tempo.

- Que quietinha... - eu sorri e o olhei.

- To pensando aqui...

- Iiih, em quem? - nós rimos.

- No meu sugar... vou falar que o filho é dele, a gente vai ganhar a maior grana, amor. - ele gargalhou.

- Bem pensado, parceira de golpe. Fala que é do velho, espero que ele já tenha um negócio do coração de tanta felicidade e parta dessa pra uma melhor. Quero mais você com ele não.

- Hmmm que amante ciumento.

- É uma ciumeeeera atrás da outra, ter que dividir seu corpo e a sua boca. Ta bom que eu aceitei por um instante a verdade é que amante, não quer ser amante - eu gargalhei. - Vou bem arrumar uma coroa também.

- Pra que? O velho já nos banca amor, na real, tua sugar mommy sou eu, quer outra pra que?

- Ah não, quero uma mais madura. Uns 40, sabe? Aquelas coroas inteironas, nossa, meu sonho.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora