32.

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Acordei com 0 barulho gostoso dos pássaros, juntamente com o do chuveiro e com a perna mais cansada que tudo da trilha. Ta, não só da trilha, mas isso não importa. Sentei na cama, fui pro banheiro, escovei os dentes e comecei a preparar nosso café. Ele saiu, com a toalha enrolada na cintura, eu o medi.

- Bom dia, amor.

- Bota bom nisso - disse, o medindo, ele riu tímido e me abraçou por trás.

- Nem vi você acordando.

- Faz um tempinho já, fui no banheiro e tudo. Tu tava cantando seu amante Matuê, por isso não viu - ele riu.

- Explicado. - eu revirei os olhos, ele riu e beijou meu ombro. Me ajudou a colocar as coisas na mesa, sentamos ali e começamos a comer.

- Vamos pra onde hoje? - perguntou.

- Eu ouvi falar que tem uma cachoeira linda aqui perto, vamos?

- Bora, tu que manda - eu ri, nós tomamos café, tomei um banho, coloquei um biquini laranja, um shorts jeans e saí do banheiro, vendo ele só de bermuda mexendo no celular. Obrigado Jesus pela benção concedida, porque olha, vou te contar, gostoso demais. Ele me olhou e me mediu.

- Nossa, Deus te abençoe ein? Tu namora? Prazer, Gabriel.

- Namoro. E meu homem é ciumento viu? Se eu fosse você não ficava de gracinha não - ele gargalhou.

- Vamos, garota - eu ri, peguei minhas coisas e nós saímos. Tudo o que estava fazendo de frio ontem, estava fazendo de calor hoje. A cachoeira não era tão longe. Era linda, bem diferente da de ontem. O rio era enorme, bem largo, com a agua verdinha, enquanto a cachoeira tinha uma queda de sei lá quantos metrôs. A parte da queda era a mais cheia, então ficamos um pouco mais distantes.

- Bora?

- Não sei, acho que vou ficar tomando sol um pouco, to com trauma da água gelada de ontem - disse, tirando o shorts, assim que o dobrei e coloquei perto do meu tênis, ele me pegou no colo e pulou comigo no rio.

- Filho da mãe!! - disse, assim que me recuperei, ele riu - Eu estava me preparando psicologicamente ainda.

- Camarão que dorme a onda leva, se pensar muito, desiste - eu ri e dei um soquinho no ombro dele.

- Peste.

- Também te amo.

- Ridículo - ele riu e se aproximou de mim, segurando minha cintura.

- Linda! - me deu um selinho - Maravilhosa! - deu outro. - Tua bunda é a mais gostosa do mundo - me deu mais um, apertando minha bunda, eu ri.

- Fala mais - ele riu.

- Não, já enchi muito a sua bola hoje. - eu ri, segurei em seu ombro e o afundei. - Cretina - disse, assim que voltou, eu ri e sai nadando, me achando o próprio César Cielo. Ele veio nadando atrás de mim, mas logo não o vi mais.

- Gab? - disse, parando de nadar, assim que olhei para os lados, senti ele puxando meu pé, e afoguei de novo. Ficamos nessa brincadeira tal qual duas crianças, até eu inventar de querer andar de stand-up. Tinha um cara dando aula ali na margem do rio, eu já tinha me aventurado algumas vezes, com a Gabi. Mas o Gabriel coitado, era uma negação, eu mais ria do que ficava em pé.

- Vai, agora vou girar ein. - ele disse, depois de finalmente conseguir ficar em pé e remar até o meio do rio.

- Rema ai quietinho, minha vida. Já foi um sufoco só pra gente vir até aqui.

- Sai Izabela, to caindo por culpa sua que fica me jogando olho gordo - eu ri - Vou desbravar 7 mares já já, fica vendo.

- Então vai mozão, gira aí. - ele hesitou um pouco.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora