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Gabriel: Izabela, se eu chegar aí e você estiver de pijama ainda, tu vai de pijama mesmo. - eu ri.

Iza: Eu to pronta já, homem! Só vou tomar café, posso? Você nem saiu do treino ainda, certeza - levantei da cama rápidamente, indo pro banheiro.

Gabriel: Acabei de entrar no carro, quero só ver.

Iza: Ta bom, amada. Agora tchau que não pode dirigir falando no telefone, beijo, viu? - ele riu

Gabriel: Debochada. Tchau, garota - eu desliguei e ri. Hoje era sábado, dia da consulta. Gabriel tinha treino de manhã e depois ia passar aqui pra gente ir pra lá. Acordei com ele, tomei café mas depois não aguentei, a cama me chamou e o que era pra ser só mais alguns minutos mexendo no celular deitada, se tornou em um sono de duas horas. Se ele não tivesse me ligado, ia estar dormindo até agora tranquilamente. Tomei banho, coloquei um vestido, primeiro que, pra variar, estava um calor da porra, segundo que era mais fácil de tirar. Arrumei o quarto e assim que cheguei na sala, vi ele mexendo no celular.

- Oi minha vida, bom dia - ele me olhou com cara de tédio.

- Aii to pronta já. - me imitou - Com esse cheiro de quem acabou de sair do banho? - eu gargalhei e sentei no colo dele.

- Eu passei bastante sabonete, ué - ele riu.

- Você é muito cara de pau, meu deus - nós rimos e eu selei nossos lábios. - A gente tem quanto tempo?

- Uma hora e meia.

- Ala, da pra tomar uma vitamina ainda.

- Porra, isso aí eu também quero. - Eu ri, fiz uma vitamina de banana, maçã e aveia, nós tomamos, escovamos os dentes, eu passei um rímel só pra dar um charme e nós saimos, indo pra clínica. Gabriel estava mais animado que eu, não que eu não estivesse, mas ele estava no auge da animação. A gente tinha decidido que iamos esconder a gravidez até onde desse, não por ele, mas por mim mesmo, pra não me expor tanto. Até agora, só quem sabia era a Gabi, Rodrigo, Camila e Arrasca e pros tios, iamos contar hoje a noite, depois do exame.

- Oi... te liguei deve ta ocupadinha, tudo bem to com outro contatinho - cantou animado, me olhando.

- Vai lá com ela então - ele riu. - A animação do homem.

- Lógico, amor. To indo ver o filho que se encontra no ventre da mulher da minha vida, tem noção disso?

- Tenho, eu sou a mulher - ele riu.

- To feliz pra caralho, puta merda - fiquei o olhando e fiz carinho em sua nuca.

- Tenho muita sorte de ter você...- ele sorriu, segurou minha mão e a beijou.

- Concordo - eu ri.

- Só tem uma pessoa no mundo que tem mais sorte.

- Quem?

- Você né, obviamente. - ele riu.

- Ridicula.

- Olha aí como seu pai me trata, filho.

- Não me envenena contra meu filho não, ein - rimos. Logo chegamos na clínica e eu fui na recepção.

- Ué, Iza. Tem horário com a Patrícia hoje? Ela não me falou nada... - a Luiza disse, ela era uma senhorinha, gordinha, fofinha, que trabalhava aqui há anos.

- Não Lu, eu vou passar com a Karen dessa vez...

- Ah ta. Com a Karen, Karen, hmmm cadê a agenda dela? - ficou ali olhando a tela do computador - Calma... com a Doutora Karen? - eu ri.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora