23.

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Gabriela.

Depois que a Iza foi embora, nós fomos comemorar em uma balada lá na Zona Sul, aproveitar que amanhã entro só depois do almoço no trabalho. Falar que eu nunca vi tanta bebida em uma mesa só em tão pouco tempo. Já estava todo mundo muito doido e hoje tinha motivo, campeão caralho. 

Estava morrendo de saudade de ver jogo no estádio e a Iza tinha razão, nada melhor que arquibancada. Que energia gostosa, não tem comparação. Fiquei observando os meninos ficando loucos aos poucos. Vim com o Rodrigo, Rodinei, Thuler e Vitinho. Rodrigo estava na mão do palhaço já, eu mais ria do que cuidava dele. Inclusive, o bonito ficou grudado comigo a noite inteira. E eu? Estava bem gostando. Gostava dele de verdade, agora entendi o que a Iza sentiu naquela época. Coisa rápida mas intensa demais. Tão intensa que nem lutar contra isso, eu queria.

- Eeeh Rodrigão, casou mesmo ein? - Rodi soltou, nos fazendo rir. - Mas ta certo, não sai de perto mesmo não, que aqui ta cheio de gavião. E ó, se liga com ela ein, se não você vai ver. Gabizinha é parceira. - Era outro que ja estava mais pra lá, do que pra cá.

- Relaxa negão, aqui é só sucesso - riu, eles deram um toque lá e tropeçaram, só não caíram porque seguraram em mim.

- Porra, vai cair nós três, não pendura - Ri e balancei meus ombros pra eles tirarem a mão.

- Tequilinha? - Vitinho disse.

- Agora! Pra fechar a noite. - Rodinei disse.

- Vamo Gabi? - Vitinho perguntou.

- Essa eu passo.

- Tequila me queima... Mas vamos - Rodrigo disse e eu ri. - Só mais essa e a gente vai embora, tá? Juro. - eu ri, nós fomos até o bar e eu acabei tomando também, depois de uns quinze minutos, nós nos depedimos do pessoal, pegamos um taxi e fomos pra minha casa. Juro que eu fui o caminho todo rindo, parecíamos dois trouxas. Chegamos em casa e assim que entramosno quarto ele se jogou na cama.

- Vem deitar comigo Gabiii! Vem, deitar agarradinha com seu amor. Vamos começar nossa festa particular.

- Consegue nem andar direito, quem dirá outras coisas.

- Ta me chamando de fraco?? - disse indignado, eu ri e dei de ombros - Ta bom então... continuo gostando de você mesmo assim.

- Ah, continua?-  ri  do jeito todo embolado que ele estava falando, bêbado é sincero sempre né? Então vamos aproveitar.

- Sim. Gabi... Gabi, você gosta de mim? De verdade?

- Ah... to aprendendo a gostar né? - mente mais, viu filha? Cara deve estar tremendo até.

- Por que ainda tá aprendendo? Você não me acha apaixonante? - gargalhei

- Apaixonante?

- Bonita né a palavra? Apaixonante... você é apaixonante sabia?

- Aé? Por que? - parei de fazer o que estava fazendo e olhei pra ele, que estava de olho fechado esparramado na cama.

- Ah sei lá direito, mas você é, eu to apaixonado por você Gabi. É sério, eu gosto muito de você, você que me odeia, falando em odiar, odeio quando esses ... esses vagabundos chega perto de você quando a gente sai.

- Se acostuma que eu sou bonita, ein? - disse gargalhando, tirei minha roupa, peguei meu pijama e fui pro banheiro, tomei um banho rápido com ele tagarelando lá no quarto. Saí já de pijama, ele estava quieto, apaguei a luz, liguei o ar condicionado e deitei.

- Por que deitou longe de mim? Chega mais perto...

- Achei que você tava dormindo - ri - De que jeito? Você esta ocupando todo o lugar da cama.

Talismã || Gabriel Barbosa.Onde histórias criam vida. Descubra agora